Malabarismos catastrofistas de ontem… e de hoje

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Contrainformação aquecimentista durante 15 anos é confessada. Afinal o oceano Pacífico foi mais forte que todo o aquecimento global antropogênico, se existiu. Mas não falta vontade de voltar com o mesmo realejo.
Contrainformação aquecimentista durante 15 anos é confessada.
Afinal o oceano Pacífico foi mais forte que todo o aquecimento global antropogênico, se existiu.
Mas não falta vontade de voltar com o mesmo realejo.

Tornou-se lugar comum noticiar que a temperatura do planeta parou de subir nos últimos 15 anos.

E o próprio Quinto Relatório do IPCC — órgão político e não científico — abaixou fortemente as assustadoras previsões anteriores.

Esse tipo de notícias contradiz o bombardeio durante anos de informações segundo as quais a temperatura não parava de aumentar e, aliás, nunca pararia, salvo drásticas mudanças de tipo socialista planetário.

Os mares sepultariam as cidades e os últimos homens morreriam de calor no topo do Everest.

Aos já numerosos desmentidos desses exageros, figura um novo estudo que  diz trazer a explicação para essa contradição ululante.

Segundo ele. um resfriamento periódico das águas equatoriais do Pacífico teria “mascarado” o aquecimento, como se esse tivesse continuado, mas apenas que os equipamentos de medição em todo o planeta não registraram.

Segundo outra pesquisa da Universidade de Reading publicada no início do ano, se as temperaturas continuarem estáveis por mais alguns anos, elas sairão da margem de erro das simulações climáticas que tentam prever o comportamento da Terra sob a alta concentração do CO2.

Alguns estudos sugeriram que o fenômeno teria a ver com a atividade do Sol; outros afirmaram que a presença de mais vapor ou aerossóis na estratosfera estaria freando o aquecimento.

Mas, de acordo com o trabalho de Yu Kosaka e Shiang-Ping Xie, do Instituto Scripps, da Califórnia, publicado na revista Nature, o fenômeno que mais bem explica o hiato dos últimos 15 anos é o resfriamento do Pacífico.

Segundo José Marengo, climatologista do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, o fenômeno é parte de variações periódicas, que envolvem o afloramento de águas frias profundas e dura de 25 a 30 anos.

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