Intromissão da ONU no Senado brasileiro

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    Símbolo da ONU entremeado com foice e marteloEm 1973, Plinio Corrêa de Oliveira escrevia um expressivo artigo para a Folha de S. Paulo, intitulado “Inútil e Contraproducente”. Ele se referia à ONU.

    De lá para cá a ONU continuou inútil, mas no que se refere a ser contraproducente, sua nocividade ainda aumentou.

    Um exemplo recente disso temos na indevida e absurda tentativa de intromissão desse organismo no Senado Brasileiro.

    Em 27 de junho deste ano, a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado aprovou uma proposta de emenda à Constituição (PEC) originária da Câmara, estabelecendo “a expropriação de propriedade rural e urbana onde for constatada a exploração de trabalhadores em condições análogas ao trabalho escravo”, sem qualquer indenização. A proposta ainda deve ser aprovada pelo plenário do Senado e, se houver emendas, voltar à Câmara.

    À primeira vista, a proposta parece simpática e até necessária. Quem quer o restabelecimento da escravidão no Brasil? Ninguém.

    Entretanto, nesse caso, uma é a teoria e outra é a prática. A acusação de manter trabalho escravo tem sido utilizada como arma contra a propriedade privada pelo MST, CPT e inimigos do agronegócio em geral. Usam qualquer pretexto para brandir essa acusação contra os proprietários. Simples irregularidades são qualificadas sumariamente como trabalho escravo, como falta de carteira assinada (sendo que grande parte do trabalho no Brasil é informal), atraso no pagamento de salário, condições precárias de higiene e coisas do gênero. Todas elas, situações sanáveis.

    Tendo em vista essa perseguição, ao aprovar a citada PEC, a CCJ teve pelo menos o pudor de pedir ao presidente do Senado que institua uma comissão especial a fim de definir o que seja o tal trabalho escravo, para evitar, ou ao menos dificultar, as arbitrariedades que vêm sendo perpetradas no Brasil a esse pretexto.

    *        *        *

    Sapo-ONUEis que a ONU resolveu intrometer-se no assunto, afirmando os absurdos mais disparatados. Para esse inútil órgão mundial, o Brasil estaria sujeito a um terrível regime de escravidão e, assim sendo, o Senado precisaria aprovar com urgência a tal PEC, mesmo sem definir o que seja escravidão.

    A asnice de querer criminalizar um ato não definido só se explica pelo ódio marxista à propriedade privada e aos proprietários.

    Notícia publicada na coluna de Jamil Chade, no “Estado de S. Paulo” (25-9-13), informa que a ONU “cobra o presidente do Senado, Renan Calheiros, que vote uma emenda à Constituição que endurece as punições contra a escravidão. A entidade enviou a cada um dos senadores brasileiros uma carta apelando para que o tema entre na agenda do Senado”.

    “A escravidão não pode nem estar presente e nem continuar para as pessoas no Brasil” – escreveu a relatora da ONU para o combate à escravidão, a armênia Gulnara Shahinian. Para ela, a PEC ajudaria a “restabelecer justiça e dignidade a muitos no Brasil que foram vítimas da escravidão”.

    Mas Gulnara não quer saber de definir nada: “Estou preocupada com o fato de que a discussão sobre a redefinição do conceito de escravidão possa desnecessariamente frear a adoção da Emenda Constitucional PEC 57A, tão esperada por muitos homens, mulheres e crianças, trabalhando como escravos na agricultura.”

    De onde tirou ela que há tanta gente trabalhando como escravo no Brasil? Imaginação doentia ou preconceito marxista? Quer ainda medidas policialescas: “Tenho enfatizado a necessidade para uma maior aplicação da lei e fortalecer as ações da Polícia Federal.”

    Pôr a Polícia no encalço de algo que não está definido, e que, portanto, não se sabe o que é! Nenhuma preocupação com os direitos humanos dos proprietários!

    Esperemos que os senadores tenham o devido senso de honra e de justiça para rejeitar essa intervenção da ONU na soberania de um dos poderes da República.

    13 COMENTÁRIOS

    1. Alguém disse (perdão não me recordo quem, li no Readers Digest) que nos EEUU que “repartir o prejuízo com a sociedade é ação social, repartir os lucros é socialismo bolchevista”. Pois bem, aqui no Brasil ocorre coisa parecida, todos querem intervenção estatal para curar mazelas, entretanto quando a intervenção é no domínio econômico há uma chiadeira imensa.
      Esqueça o governo, faça sua parte, abandone o “planejamento fiscal”, que faz com que a sua tributação caia para 22 % da renda, una-se ao grosso da população que arca com quase 49 % de tributos em relação à sua renda. Aí você pode chiar de verdade.
      Ou então vá sonegar impostos longe da “republiqueta”.

    2. As nações mais ricas, diga-se as custas das que possuem riquezas, querem por um freio na economia brasileira sobre o pretexto de trabalho escravo na agricultura e depois passar as terras produtivas para os grandes produtores de alimentos e insumos mundiais. Dando ao povo brasileiro mais um atestado de otários, e nossos políticos trocando o ouro verde de nosso país por migalhas.

    3. As nações querem por um freio na economia brasileira sobre o pretexto de trabalho escravo na agricultura e depois passar as terras produtivas para os grandes produtores de alimentos e insumos mundiais. Dando ao povo brasileiro mais um atestado de otários, e nossos políticos trocando o ouro verde de nosso país por migalhas.

    4. É óbvio que daqui foi o pedido de:” manda uma pressão pra cá para dar uma força pro governo” É tudo farinha do mesmo saco. O que é a ONU, senão um órgão corrupto manipulado pelos EUA.

    5. COMENTÁRIO. 07- 11 -2013 A sabia intuição analitica deste erudito; já em 1973 não deixava dúvidas acerca das actividades das NU, Nesta data sobe o controlo absoluto do bloco soviético e seus satélites de esquerda. A ONU, através do seu Secretário Geral Kurt Waldheim que pela sua actividades na cooperação do Holocausto mas desconhecidas do ocidente, era desta forma um refém da KGB, que através dele; as NU davam sempre ênfase ao seu ideológico antidemocrático, que ainda hoje e com muito mais pressão, exerce sobre todo o povo que tem por principio o respeito pelo seu próximo. As NU á muito que não são um organismo ao serviço das democracias mas ao serviço de todo aquele que não respeita os direitos humanos. A América, de hoje tal como a Europa ocidental são democracias que já se esqueceram dos valores que as libertou da opressão nazista e passaram a colaborar com a união das esquerdas mundiais. Cujo objectivo nos encaminha para um abismo com dimensões muito superiores ás do nazismo. Bem ajam os povos que destas garras ainda se possam libertar.

    6. Srs.,

      Cabe uma pergunta:
      -“Ainda temos um SENADO??? Ainda temos um CONGRESSO???”

      No meu modesto entender, temos casas políticas repletas de “velhacos”
      corruptos, (tidos) parlamentares sem moral, sem ética, totalmente
      descompromissados com a nação e voltados somente para seus podres interesses pessoais. Todos os dias são divulgados novos escândalos
      desvios de dinheiro, etc. O que menos interessa à essa corja é o país
      e a população. Raríssimos aqueles que defendem posições ideológicas!!
      Entendo que a preocupação dos nossos irmãos yankees é justamente com
      essa política esquerdista que está sendo implantada no país, fazendo
      com que os Estados Unidos da América do Norte, percam o seu maior
      aliado na América do Sul. DEVEREMOS REFLETIR TUDO ISSO NA HORA DE UTILIZARMOS O TÍTULO DE ELEITOR NO PRÓXIMO ANO. NÃO FAÇAMOS DELE PAPEL HIGIÊNICO.
      PAZ E BEM À TODOS.

    7. Um dos assuntos que volta e meia retornam ao noticiário é o trabalho escravo. Afinal o que é trabalho escravo? Se existe alguma situação de escravidão no Brasil, para o bem da verdade deve ser verificada e tornada evidente a todos. Se não existe, hipótese com maior probabilidade de se dar, então o que existe é uma intenção explícita do governo constituído de produzir um mal estar público, dado que as afirmações de existência de escravidão partem dos órgãos ou autoridades governamentais ou dos seus manteúdos. O que se percebe em ações concretas dos poderes da república, no trato com a sociedade, nas últimas décadas com maior clareza, é a instituição de grupos sem deveres específicos e com direitos difusos ou às vezes claros, sobre o bem comum e que os distinguem de modo especial do resto da sociedade. Olhemos para os quilombolas, afrodescendentes, índios, pardos e negros. É preciso distinguir um brasileiro negro de um negro brasileiro. O primeiro é um indivíduo nascido no Brasil, de pais brasileiros ou mesmo não, que possui as características da raça negra. Possui, pode-se dizer assim, a essência de brasileiro e particularidade de negro. O segundo é um indivíduo da raça negra nascido no Brasil. Entre os dois pode-se cavar um abismo. O mesmo vale para as demais denominações citadas e outras que a burocracia estatal criar. Constatado que essas construções étnicas se fazem em confronto com um outro não claramente definido, sobre os quais o grupo construído possui direitos, criam-se assim raças brasileiras que se oporão a um certo status quo a ser definido e destruído numa revolução ou guerra civil. A sociedade brasileira está sendo conduzida à destruição antes de atingir seu apogeu. Porque as divisões sociais anunciam o fim da sociedade.

    8. Caros,

      O Plano Nacional de Direitos Humanos versão 3, deixa mais claro o proposito visando a expropriação do bem particular, pois prevê no caso de invasão, que a justiça somente poderá se manifestar após o invasor apresentar proposta para um conciliador, pode?

    9. Sinceramente, escravidão é o que a ditadura comunista Cubana faz ao apropriar-se de grande parte dos salários dos médicos enviados mundo a fora… Esses médicos são verdadeiros “produtos de exportação”.
      Ao contribuir com essa ação, o governo petista tornou-se co-autor dessa situação vexaminosa.
      A moribunda ilha da ilusão (Cuba) só não ruiu ainda porque governos marxistas como o PT financiam os “camaradas” de lá, pasmem, com o nosso dinheiro.

    10. É aí que está a grande malandragem, que com ou sem incitação da ONU, haveria mesmo de acontecer no Brasil com as esquerdas demoníacas no poder.
      Como dito no texto, eles redefinirão ao bel prazer o que é “trabalho análogo às condições de escravidão”, assim como eles redefiniram o que é corrupção no Brasil.
      Vejam bem o risco que corremos. No caso da corrupção, para eles, o que os PeTralhas fizeram e como está provado na Ação Penal 470 em trâmite no STF, não é corrupção. Ou, como diria LULA à época em que os fato vieram à tona: “Fizemos o que todo mundo faz”. Corrupção é só a dos outros, “a nossa” é incremento de fundos para financiar campanhas para nos consolidar no poder. Corrupção para eles ganhaou um novo sentido, tanto é verdade que, aliaram-se a PAULO MALUF em São Paulo, sem o menor pudor, tendo LULA e Hadad posado para a histórica aliança. Essa é a lógica esquerdopata.
      Da mesma forma, eles estão redefinindo através do PLC 122 o que vem a ser HOMOFOBIA, muito diferente do que a ciência diz. Para eles, até impedir que casais homossexuais se beijem dentro de templos cristãos é considerado homofobia, se bem que, não é correto casais héteros também se beijarem em locais de culto a Deus.

      POR ISSO, é certo que vão fazer de tudo para expropriar quaisquer terras produtivas, que julgarem ser do interesse do maldito comunismo/socialismo.

    11. O que mais falta para Comunizar nosso Brasil?
      Eu tenho mesmo que a este desgoverno, interessa que ninguém mais seja produtor rural. Assim, facilita a tomada das terras devolutas e improdutivas.
      E alguém vai tomar uma providência para barrá-los?

    12. Essa interferência, se o Brasil ainda fosse o Brasil dos brasileiros e, mais que isto, um Estado Democrático de Direito, seria um tremendo absurdo. Mas como, infelizmente, somos hoje uma simples “Republiqueta”, tudo é possível. E o exemplo maior seria o “Acordo” feito entre o Brasil e Cuba, por intermédio do qual, sem a menor preocupação, o Brasil simplesmente transfere o “suado” dinheiro do povo brasileiro para sustentar o falido regime vigente havia anos na Ilha particular dos irmãos “Castros” e onde, segundo a edição de n. 45 da Revista Veja, só existem dois tipos de pessoas: os dirigentes e OS INDIGENTES. Tenho dito.

    13. Vivi a infância na área rural, e sei que muitas dificuldades e precariedades eram suportadas igualmente por patrões e empregados. Ninguém jamais pensou em escravidão! Havia, sim, um abandono quase total por parte do Estado: não conservava as estradas (de terra, claro) nem dava a mínima assistência técnica, como, por exemplo fazer
      curvas de nível para evitar a erosão.

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