Grandeza e bem-estar dos povos

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Beato Padre José de Anchieta
Beato Padre José de Anchieta

Para os missionários “progressistas”, a catequese do grande Anchieta colaborou para a desagregação, marginalização, destruição e morte de nossos silvícolas. Nada de mais errado, pois um missionário tradicional – sobretudo santo como o foi o nosso Beato José de Anchieta – visava trazer os homens para a Igreja e abrir-lhes assim as portas da salvação.

Com efeito, missão vem do vocábulo latino “missio”, de “mitto”, isto é, “eu envio”. O missionário é um enviado da Igreja, em nome de Jesus Cristo, a Quem representa junto a povos não católicos, com o fim de trazê-los para a verdadeira Fé, pois a Lei de Deus é o fundamento da grandeza e do bem-estar dos povos.

Para Plinio Corrêa de Oliveira, cristianizar e civilizar são termos correlatos, pois é impossível cristianizar seriamente sem civilizar, como, reciprocamente, é impossível descristianizar sem desordenar, embrutecer e impelir de volta rumo à barbárie. Ser missionário aqui é, sobretudo, levar o Evangelho aos índios.

O início de nossa história foi marcado pela ação de virtuosos missionários – anelo, aliás, permanente dos reis de Portugal. A figura do grande colonizador e propagador da fé, José de Anchieta – verdadeiro jesuíta dos bons tempos de Santo Inácio – nos enche de entusiasmo. Ele não se trasvestiu de índio nem tirou a batina para percorrer as ermas vastidões do Brasil

Aonde ia, sua personalidade sacerdotal era marcada por esse distintivo nobre e elevado que separava o sagrado do profano, o laicato do clero. Assim, o grande taumaturgo difundiu a mancheias a boa semente da verdadeira fé entre os silvícolas, que eram tanto quanto nós filhos de Deus, e também por eles Jesus Cristo padeceu e morreu.

Há poucos dias estive em Anchieta, Espírito Santo, visitando a ermida do Apóstolo do Brasil, localizada numa espécie de mirante. De lá se pode contemplar um panorama tão deslumbrante que nos remete a altas cogitações, como perscrutar os desígnios de Deus sobre o Brasil que desde o início de sua história foi galardoado com o cristianismo.

No quarto ou cela onde o Anchieta entregou sua alma a Deus, encontra-se para veneração dos peregrinos e visitantes uma preciosa relíquia, um pedaço de seu fêmur. Celebrei a santa Missa diante dela, nas intenções do Brasil e de todos que seguem as trilhas sagradas do nosso apóstolo. Logo após a missa ocorreu um fato não apenas pitoresco, mas também ilustrativo.

Deparei-me de repente com um grupo de crianças acompanhado por professoras que visitavam o local, um reencontro do passado com o presente. Ao me verem de batina, alguns desses meninos correram para me perguntar se eu era o Padre Anchieta. Talvez não soubessem dissociar a minha batina da figura sacral do apóstolo do Brasil…

Oportunamente, quero voltar a tratar do Pe. Anchieta e das lições que ele deixou para a posteridade. Até breve.

2 COMENTÁRIOS

  1. Se um missionário ou um simples padre, consciente de sua responsabilidade da vocação que está investido de zelar pela salvação das almas, se não se dedica com zelo na formação católica,não é um bom padre. Vejo sacerdotes que foram ordenados padres com outras intenções, não se esforçando para o bem das almas. É importante a formação catequética ou do catecismo para jovens e crianças, como nos aconselha São Paulo apóstolo: “Que formosos são os pés de quem evangelizam a paz, dos que anunciam a boa nova! Mas, nem todos obedecem o evangelho. Pois, Isaías pergunta: Senhor, quem crê no que de nós ouviu? Logo a fé vem pela pregação e pregação por ordem de Cristo. E pergunto: Acaso não a ouviram? Sim, certamente, pois, por toda a terra, se difundiu sua pregação e até as extremidades da terra chegaram suas palavras”,(Rom. X, 10-18). São minhas homenagens pela postagem do artigo sobre Anchieta. Parabéns!

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