Retorno de costumes tradicionais ameniza a vida do lar

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Ilustração do Le Figaro Madame "O triunfo da dona de casa" - É melhor que ir no shopping, não é? - Sim! - Sim! Na mesa: bolos e suco feitos em casa.
Ilustração do Le Figaro-Madame: “O triunfo da dona de casa”
– É melhor que ir no shopping, não é?
– Sim!
– Sim!
Na mesa: bolos e suco feitos em casa.

Como deixar brilhante a prataria com bicarbonato de sódio, preparar um inesquecível mil folhas ou tricotar um cachecol único?

Esses temas voltaram de forma palpitante entre as mulheres do III Milênio na França, amantes das lojas de grife, profissionais graduadas em universidades.

As “novas fadas do lar” derrotaram as “working girls”, que nos anos 80 e 90 teriam morrido de vergonha em manifestar qualquer interesse pelo ambiente doméstico.

Segundo Le Figaro Madame, toda uma geração feminina jovem e bem-sucedida se delicia com as artes domésticas. Os produtos com ar “vintage”, ou de uma outra época, fazem furor no país que chegou a ser a pátria de Maio de 68.

A tendência veio dos EUA, onde o movimento das retro wives (algo como esposas que retrocedem no tempo) está florescendo. O fenômeno foi longamente analisado com preocupação pelo cotado jornal The New York Times, habitualmente púlpito midiático do feminismo mais ao vento.

Numerosos blogs americanos (The Glamourous Housewife, The Vintage Wife…) assumem com uma ponta de provocação a sede de perfeição doméstica, na cozinha e no vestuário.

Velhas feministas e fechados sociólogos de universidade quebram a cabeça para entender o que está acontecendo. Eles anunciaram a libertação da mulher por via do micro-ondas e outras inovações. E agora tudo vira de ponta cabeça.

O retorno triunfal do home-made (feito em casa) começou de fato pela cozinha. Ficou de bom tom nos anos 2000 preparar tudo em casa e com as próprias mãos, das massas às sobremesas, para manter a categoria de dona de casa moderna. Um verdadeiro cúmulo para os surpresos pela tendência…

A Internet, diz a revista francesa, encheu-se de uma legião de ‘cozinheiras petulantes’ como Keda Black, Julie Andrieu, Trish Deseine e Alix Lacloche, que vieram dar um tom de juventude à imagem da mãe dedicada ao forno.

A “folie pâtissière” (“loucura pelos pasteis”) veio coroar o fenômeno, diz Le Figaro Madame, pois “as mãos na farinha é o que há de mais tradi (tradicionalista)” .

Hoje, pode-se assistir a cursos do gênero “mil-folhas passo a passo” sem o menor medo de parecer uma alienada. Diante da banalização do jantar moderno, veio o desejo de passar a um nível superior.

E as novas rainhas do lar, diz a revista, deram o golpe final com o interesse pelo tricô e pela costura, mais duas colunas da sabedoria caseira.

O site We Are Knitters (Nós somos tricoteiras), com seus conjuntos e tutores com segredos para aprender a tricotar e confeccionar cachecóis ou peças sublimes com agulhas de madeira de lei e lãs peruanas, é um exemplo brilhante.

Outras jovens blogueiras convidam a remendar e reformar vestidos, bolsas ou joias pelo puro prazer de fazer “maison”.

Para as velhas feministas, trata-se de uma vil submissão, mas segundo sondagem do Salon Créations & savoir-faire do último mês de novembro, 89 % das francesas acham que fazer uso das próprias mãos serve para “descarregar as tendências negativas”.

A jornalista Valérie de Saint Pierre, autora da reportagem, declara-se totalmente contra a nova tendência. Porém, encerra confessando: “Eu porém, sem dúvida, fiquei fora da moda”.

7 COMENTÁRIOS

  1. Excelente artigo. Finalmente as mulheres estão percebendo que dinheiro e poder não nos fazem felizes. Mas a felicidade de nós mulheres reside em seguir a nossa natureza, de nos tornarmos aquilo que Deus criou.

  2. Acredito que tanto o homem como a mulher tendo saúde física e mental tem condições de trabalharem e não abandonando os filhos em outras residencias, permanecendo em seu lar ,podem e devem progredirem com sucesso e até dar condições a outras pessoas como domésticas em trabalhos remunerados em seu lar. ensinando a ter uma profissão, orientando a progredirem em outras áreas,condições de estudarem .pois as tarefas do lar é como uma empresa ,necessita de organização.e uma Patroa bem sucedida é de considerar as como progresso .Ao menos que não obtendo progresso a volta para cuidar a mãe dos filhos e casa, economicamente é mais aconselhável pois só assim a família não é prejudicada em ter mais despesas>

  3. Concordo com os comentários de Cláudia.
    Afinal, uma obra musical é composta por notas diferentes, tempo e movimentos desiguais, isso constitui a própria melodia.
    A obra da Criação é extremamente complexa, só Deus , Êle mesmo poderia engendrá-la e criá-la´
    A formação completa da alma de uma criança exige a atuação materna, a presença materna, assim como a atuação paterna e sua presença. A ausência de um ou de outro quebra a alma da pobre criança. E vá que se substitua, digo, dentro da moral católica, essa ausência, Nunca será a mesma coisa. Fora da moral católica é a tragédia consumada.
    Conheço casos e mais casos que atestam esse fato.

  4. Não é “submissão” é a inteligência “adormecida” que começou a acordar,não é retrocesso e sim reencontrar valores que faziam as nossas avos se sentirem bem por ser o nexo de união familiar e nós quando pequenos gravávamos em nossas mentes os cheiros e os afagos que tinha nosso lar.
    Félicitations pour tous les femmes !!

  5. Os filhos precisam do acompanhamento doméstico da mãe e o pai como provedor. Mas onde estão os governantes que possam criar leis para segurança da mulher e trabalho digno de remuneração para o homem poder bancar sua família? Quanto as mulheres ricas, que em nome de uma carreira, status e sem precisar de dinheiro vai para o trabalho deixando os filhos diante de uma TV, computador, casa de amiguinhas, etc. Quanta educação eles estão recebendo da TV e internet com sites perigosos… Mas é exatamente isto para a mulher moderna. Trabalhe bastante, fique bastante cansada que seus filhos são do Estado, para fazer a vontade do Estado e sofrerem toda as espécie de depressão (doença moderna). A mulher pode fazer coisas incríveis até dirigir avião. Devemos sim, se preocupar com aquelas, que pela força da sobrevivência, precisam trabalhar fora, ou por ser viúva, ou por separação, engano de toda espécie. Não há preço que se possa pagar a uma mulher que se dedica a educação dos filhos e depois os pais devolvem a sociedade para construir um mundo justo, de família e amor entre as pessoas

  6. Controlar o salário do homem deixando-o insuficiente a ponto de necessitar que a mulher trabalhe fora. Esta é uma das armadilhas preparadas para tirar a mulher do lar, não acompanhar os filhos. Uma mulher que trabalhe fora, mas gosta de culinária, crochê etc, não consegue fazer estas atividades deliciosas por causa do cansaço. Eu mesma, tenho uma toalhinha de crochê que faz cinco anos que estou tentando terminar. O motivo: stress do trabalho e falta de tempo.
    A idéia de que a mulher também é produtiva como o homem fora de casa é verdadeira. O homem também pode cozinhar, costurar, etc…. Mas isto é uma arapuca para destruir a família. É CANSANDO a mulher com trabalho fora de casa que se destrói o lar. Meu pai também já fez muitas feijoadas deliciosas e minha mãe já serrou madeira. Mas no cotidiano cada um ficou na sua posição correta. Tanto homem como mulher tem capacidade para fazer coisas…

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