A mídia chinesa e seu patrão – o governo comunista – qualificam com o pior título que conseguiram, os advogados que levam o Direito a sério.
Mas esse insulto das esferas oficiais soa como louvor para os amantes da Lei e da ordem. O título é “advogados irredutíveis”, os quais são oficialmente assemelhados a uma execrável forma de dissidência.
Para ganhar esse título é preciso denunciar com combatividade os abusos do poder e a corrupção no mais alto nível do governo – ou do Partido Comunista, segundo escreveu o jornal parisiense Le Figaro.
Esses ‘contrarrevolucionários’ fedorentos reclamam por uma justiça transparente e cometem o ‘crime’ de defender dissidentes cristãos, políticos, sociais ou culturais que o Partidão – o Partido Comunista Chinês (PCC) – considera inimigos do povo e quer reduzir ao silencio.
A principal federação de advogados da China – filiada ao governo, como toda associação que quer sobreviver –, alertou seus membros contra todo comportamento “impróprio” na Internet (leia-se: algo que danifique a imagem do governo socialista).
A advertência provocou reações indignadas entre os advogados. “A Federação dos Advogados Chineses (ACLA) [análoga à OAB] poderia começar a punir os advogados que tiveram condutas inadequadas online”, de acordo com o Global Times.
Entre as “violações” puníveis figuram “a difusão de comentários inapropriados sobre processos susceptíveis de obstaculizar a Justiça, magoar o sistema judiciário chinês ou minar a reputação dos juízes”, diz o documento da subserviente Federação, citando seus próprios regulamentos.
Essa “advertência” suscitou uma onda de protestos muito vivazes dos advogados. Muitos manifestaram seu desacordo com a linha ideológica dos responsáveis da ACLA.
Eles sublinharam que os comentários nas redes sociais devem ser regulados pela lei e não pela Federação, “cuja missão é defender os direitos dos advogados em lugar de restringi-los”, acrescentou o Global Times.
A “advertência” da ‘OAB chinesa’ chegou num momento em que o governo enrijece o controle da Internet, especialmente das redes sociais, onde numerosos advogados e juristas comentam as causas criminais e fatos diversos de sua profissão.
Com essas ameaças a ‘OAB chinesa’ se alinha com as práticas repressivas do poder.
Nos últimos meses, Vários “advogados irredutíveis” já ficaram atrás das grades, por esse ‘crime’.
A polícia chinesa anunciou a prisão do célebre advogado defensor dos Direitos Humanos, Pu Zhiqiang. As acusações, como é costumeiro, são as mais vagas: “perturbações”, “provocações”, “acesso ilegal a informações pessoais”.
De fato, Pu Zhiqiang foi preso após participar de uma reunião privada para lembrar as vítimas do 25º aniversário do esmagamento militar das manifestações pela democracia na Praça d Paz Celestial (Tiananmen), em 4 de junho de 1989.
Na China, onde os tribunais são instrumentos do Partido, uma prisão oficial equivale a um indiciamento e uma condenação certa.
O renomeado advogado Zhang Sizhi preveniu que Pu Zhiqianq vai receber uma pesada pena. “Seus amigos devem se preparar mentalmente”, avisou. Pois, aos olhos do PCC, Pu Zhiqiang, 49, é um delinquente perigoso.
Pu Zhiqianq advogou para dissidentes como o artista Ai Weiwei e militantes do “Movimento dos Novos Cidadãos”, que pedem aos dirigentes chineses que informem publicamente sobre suas fortunas.
Também agiu contra os campos de trabalho forçado, fato que lhe granjeou grande popularidade, mas um profundo ressentimento nos ambientes socialistas.
Além do mais, ele pediu a cremação de Mao Tsé-Tung, que está embalsamado num mausoléu de Pequim e é objeto de culto público, dizendo que ele “não foi melhor que Hitler”.
Outro advogado defensor dos Direitos Humanos, Xu Zhiyong, foi condenado a quatro anos de cárcere por pedir aos dirigentes socialistas que declarem seus patrimônios. Juntamente com Xu, foi presa e condenada uma dezena de culpados do mesmo “crime”.
No mês de abril, um influente jornal do Partido Comunista acusou os “advogados irredutíveis” de “minar a ordem social e ameaçar a segurança pública”.
O órgão do PCC também os qualificou de “câncer que envenena” a sociedade. Em consequência, a Justiça chinesa iniciou o processo ‘purificador’ para erradicá-los, concluiu Le Figaro.
aldecir medeiros,
Aldecir, concordo com você quando diz que a cubanização do Brasil é iminente. O povo brasileiro ainda está inebriado com a democracia que não sabe usar, dando ouvidos a propagando gramsciniana mostrada na TV. Por essa razão acredito que será muito difícil uma movimenta das forças conservadoras, no sentido de rechaçar essa doutrina perversa do comunismo.
E nosso Brasil caminha a passos largos para esse tipo de regime ,que se diz do povo, e massacra o povo e a igreja catolica com os infiltrados da teoria da
libertçao pregando luta de classes ,acho que ate’nas forças armadas deve ter gente infiltrada o paiś Cubanizando e ninguem se movimenta para conter essa praga que genocidio e miseria dos viem sob seu jugo ,temos que fazer campanha mostrando ao povo a verdadeira façe do COMUNISMO E SOCIALISMO .