Nossa Senhora Aparecida, protegei a nossa Pátria
Hélio Branbila Diante das ameaças, confiança e açãoHoje, encerro esta série de contribuições para o Site do Instituto Plinio Corrêa de Oliveira . Quero relembrar, à guisa de epílogo, outros espantalhos de caráter ideológico que vêm tirando o sono de nossos empreendedores agropecuaristas: ameaça do MST; ameaça quilombola; ameaça indígena; ameaça dos ambientalistas; ameaça dos índices de produtividade…
Em ano eleitoral, creio que a saída para os produtores será a de pressionar os candidatos a cargos públicos para que assumam compromissos sérios de enfrentar e romper com os gargalos e as ameaças que comprometem o nosso futuro e o futuro de nossos filhos. Caso contrário, não terão o apoio da classe, sobretudo, na hora do voto.
Tudo nos leva a considerar que o principal pilar da estabilidade do Brasil e a segurança nacional passam pelo agronegócio.
Que Deus e Nossa Senhora Aparecida, rainha do Brasil, dêem ao futuro presidente o senso de justiça e de lealdade em relação às virtudes do nosso valoroso e destemido homem do campo.
Vejamos o que diz um homem de exemplar espírito público como o prof. Paulo Brossard:
“Se os acontecimentos do “abril vermelho” foram frontais no confronto não só com o governo, mas com as instituições, simplesmente ignoradas, o que sucedeu agora na genérica condenação ao chamado agronegócio foi evidentemente mais grave e mais frontal quando a organização, de Norte a Sul, em 13 Estados, se pôs em campo aberto arrostando governo e instituições, mais instituições do que governo, que, leniente, não vê ou faz que lhe não diga respeito. A motivação aparente ou declarada é o agronegócio, pois é setor que vem mostrando grandes avanços, passando a um dos três setores mais importantes da economia nacional e assegurando alívio nas trocas externas. E como São Paulo é São Paulo, nada mais importante do que levar o ataque a ele, embora no grande Estado, hoje também voltado para a silvicultura, na indústria está sua maior fortaleza… A escolhida para a afronta foi a sede das empresas Votorantim, ao lado do Teatro Municipal, frente para a Praça Ramos de Azevedo. Tudo escolhido para dar ao ato ilícito o maior efeito nacional e internacional. Com 90 anos de existência e 60 mil empregados, o conglomerado pode ser tido como símbolo da indústria paulista. Nada melhor para a escolha, como mandam os manuais da técnica revolucionária. Para requinte da felonia, o presidente do grupo empresarial vem de completar 80 anos de vida sem embargo de suas responsabilidades empresariais e também é o presidente da Sociedade de Beneficência Portuguesa ou do hospital dessa entidade de alta benemerência. Em uma palavra, era o modelo ideal para que fosse escolhido pelos “sem-terra”, hoje com vários codinomes, embora o elemento humano possa ser o mesmo. A organização nacional e condenada é a Farc brasileira.”
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“Produção agrícola está empacada
Ao longo da minha vida, que já vai se tornando longa, sem sair do Rio Grande, com os meus olhos vi algumas coisas inesquecíveis, a maior enchente do século, a maior seca (sem falar em grandes enchentes e secas intermediárias), bem como a mais prolongada chuvarada de verão; todos esses fenômenos resultaram de decretos da natureza, neles não intervindo a vontade humana.
Segundo dados conhecidos, algumas previsões têm sido feitas, a produção do trigo já finda e a do arroz ainda não iniciada, sofreram prejuízo irreparável, de um bilhão de reais, diz-se, enquanto do milho e da soja prometem resultados benéficos. A natureza distribuiu vantagens e desvantagens, mas os produtores favorecidos não são necessariamente os desvalidos, de modo que pode haver danos irresgatáveis para uns e outros.
Já em termos nacionais, e a despeito dos efeitos diretos e indiretos da crise internacional e de impressionantes enchentes lá e cá, os resultados previstos do agronegócio são lisonjeiros. Fontes idôneas afiançam que a safra nacional de grãos será a segunda maior da história, da ordem de 143 milhões de toneladas.
Tanto mais importante quanto o bom sucesso se deve ao agricultor, e só a ele; guiado por seu faro e competência, refez, mutatis mutandis, a epopeia dos bandeirantes. O imenso trabalho realizado, subindo do Rio Grande do Sul para o oeste de Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso, cruzando mesmo o equinócio e chegando ao extremo norte, dobrando para o Maranhão e descendo ao Tocantins e oeste da Bahia, o agricultor foi incorporando ao fluxo da vida criadora paragens até então dormentes.
Pois agora ele se encontra esgoelado pelo seu próprio êxito; faltam estradas, armazéns, silos, ferrovias e… portos. Tanto o Ministério da Agricultura como a Confederação Nacional da Agricultura noticiam que a fronteira agrícola deixa de produzir três milhões de toneladas. Lembro que depois de ter sido “descoberto” o Mato Grosso e convertido em formidável tesouro, vencendo a lama, tinha de esfolar-se para chegar a Santos, Paranaguá ou São Francisco. Hoje o que é produzido no Maranhão e no Tocantins, cujo caminho era obviamente o Porto de Itaqui, tem de atravessar o Brasil para chegar àqueles portos, porque Itaqui deveria ter aumentada sua capacidade portuária de 2 milhões para 13 milhões de toneladas, mas seu projeto de ampliação anda a passo de tartaruga.
Quem paga é o produtor e quem sofre é a nação. A despeito de tudo isso, e da queda do valor dos produtos exportados, como é notório, e não é desprezível, dez bilhões de dólares em números redondos, o superávit comercial do agronegócio ainda será o principal responsável pela sustentação das nossas contas externas. Sem embargo da alta benemerência do agronegócio, e quem sabe por isso mesmo, não cessa a hostilidade, ora latente, ora descoberta, que lhe votam determinados setores oficiais.
Quem tenha dúvidas recorra ao “Anexo” atrelado ao Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH), que o presidente da República insiste em declarar imutável. Em verdade, o governo federal proclama as maravilhas do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), em que gasta muito verbo e pouca verba, sem enfrentar este problema de tamanha magnitude e urgência.”
Link: http://www.noticiasagricolas.com.br/noticias.php?id=62254
Os trechos acima foram transcritos de sua empolgante coluna de segunda-feira no Zero Hora.
Bom gaúcho que é, o prof. Brossard não se fez de rogado e iniciou o seu combate ao governo Lula, da mesma forma que, em passado não muito distante, deputado estadual no velho Rio Grande, fustigava o perdulário Juscelino Kubitschek e o pró-comunista João Goulart; já senador da República, na década de 1970, denunciava os equívocos do regime militar; anos depois, ministro do STF, escrevia um libelo contra o sr. Fernando Collor de Melo; e, pouco depois, descrevia a “fala macia” do seu Fernando Henrique Cardoso propondo o malfadado instituto da reeleição do presidente da República, por causa do qual tivemos de engulir oito anos do Sociólogo e mais oito anos do Metalúrgico (sem demérito para as duas nobres profissões).
Todas as segundas-feiras podemos acessar o sítio do Zero Hora, para a leitura (profilática e exorcística) do eminente Paulo Brossard de Souza Pinto.