“Quando a desgraça chega, abre o portal”, diz um provérbio russo. Ou seja, as desgraças nunca vêm sozinhas: uma chama outra. Assim foi no ano de 1975.
Na estrada entre as cidades de Jundiaí e Itatiba, no Estado de São Paulo, um homem está estirado no asfalto. Ali perto, quatro veículos violentamente batidos. Procura-se ajuda para levar a vítima a um hospital. O dono de um carro diz que não deseja manchar seu estofamento com sangue. Outro é mais explícito: este homem vai morrer, não adianta fazer nada.
Tratava-se de Plinio Corrêa de Oliveira. Vítima de um acidente automobilístico, com várias fraturas, é recolhido a um hospital. E dois dias depois começava a seqüência de operações.
Ele está liquidado, diziam seus adversários. E uma revista de grande tiragem chegou mesmo a demonstrar certo regozijo.
Lembro-me de sua fisionomia pouco antes da primeira cirurgia. Deitado de costas em uma cama hospitalar, a barba por fazer, o olhar grave e decidido, parecia um guerreiro medieval.
Pouco tempo depois, os enfermeiros o vêm buscar, numa maca, para levá-lo à sala de operações. Na porta do elevador, vê um jovem discípulo um tanto abatido: — Então, quinta-feira faremos nossa reunião? — Diz, para o animar.
Mais uma cirurgia, e o Prof. Plinio pôde ir para casa, mas — nova provação — o ortopedista prescreve a imobilidade. Uma cama especial, vinda do hospital, parece um instrumento de tortura: no alto, uma espécie de viga, com uma roldana de onde pende um peso, tracionando sua perna mediante um cabo de aço, por 60 dias.
Dirigindo uma campanha no leito de dor
Nesta situação, ele toma conhecimento de uma ofensiva divorcista contra a família brasileira. Há quem julgue que os promotores tenham querido tirar proveito da sua ausência forçada. Pensavam então que teriam o caminho livre.
E se enganaram. Ainda imóvel em sua cama, ele montou uma campanha. Gravou até mesmo a entonação conveniente para os slogans que os jovens bradariam.
Ele poderia ter dito: “Vou cuidar disto quando me restabelecer”. Não! A campanha foi à rua e constituiu um sucesso. Devido à mobilização da opinião pública, a ofensiva antifamília naquela ocasião foi derrotada no Congresso Nacional.
Enfrentando um “estrondo publicitário”
Ainda todo fraturado, sem condições de atender ao telefone nem de fazer as refeições sem ajuda, pelo portal largamente aberto entraram novas desgraças. Iniciou-se em todo território nacional um possante “estrondo publicitário” promovido pela esquerda, visando o fechamento da TFP. Durante oito meses — oito longos meses de convalescença — 1.923 ataques foram publicados na imprensa. Extenso manifesto, intitulado A TFP em legítima defesa, reduziu a pó os argumentos adversários (Crf. Folha de S. Paulo, 21-29-30/5/1975)
Realmente, foram muitos e graves os infortúnios em 1975. Deles, aliás, só estamos narrando a linha geral; há detalhes pungentes. No entanto, algo brilha especialmente nesse acidente e nos acontecimentos que se lhe seguiram.
Naquela situação ninguém estranharia se o Prof. Plinio se aposentasse ou diminuísse seu ardor combativo: estava com 66 anos, em condições precárias de locomoção. Mas não teve um momento de hesitação: retornou à luta, com decisão. E a retomou como um gigante, com requintes de combatividade e acerto.
“É nos grandes perigos que se revela a grande coragem”, diz um provérbio. Foi na hora de mais essa adversidade que se revelou melhor o ânimo, a têmpera, a fibra, a garra de Plinio Corrêa de Oliveira enquanto verdadeiro guerreiro.
Tinha 20 anos de vida pela frente. Para quem sabe ver, com certeza foram os mais belos de sua existência. Pois, além de terem sido os mais frutíferos — pois sua ação se internacionalizou —, foram os mais árduos e aqueles em que ele exerceu mais notavelmente sua inquebrantável combatividade.
Dia 3 de fevereiro de 1975. o relógio marcava 13:15 hs. -O texto não nos reporta o modo como o Sr. Dr. Plínio Corrêa de Oliveira “foi recolhido ao hospital”. Não sei que tipo de veículo o transportou, fiquei sabendo apenas que sua cabeça não tinha apoio adequado, e um menino ofereceu essse apoio.
Nunca se soube quem era esse menino.
Abril daquele ano completaria 1 ano da Declaração de Resistência à aproximação com o comunismo por parte do Vaticano .
A partir deste desastre sua vida passou a ser muito mais ativa. CHEGAVA A DAR DUAS A TRES REUNIÕES POR DIA.
Qualquer pessoa que tenha que dar uma aula, ou fazer uma exposição, sabe muito bem, o quão desgastante é isso, e falar sobre temas que exige muita aplicação intelectual, ainda mais.
Muitos testemunharam.
Que Nossa Senhora o tenha na Sua Glória !
É com entusiasmo no fundo da minha alma, ver como a provação ao leito de morte e das sequelas do acidente, e sua força extraordinária de recuperação e determinação do contra-ataque. Revolução e Contra-Revolução tão clara, Mariana e Pliniana. O Futuro é nosso. Deus vult!
Este artigo de hoje, ressaltando o lado combativo de Dr. Plínio tem estreitíssima relação com o publicado dias atrás, sobre o episódio envolvendo São Luis IX e o Velho da Montanha. É parte da história de dois homens que foram maiores do que a vida.
É de gente com essa fibra, com essa garra, com essa determinação e, tantas coisas mais nessa linha, deq o Brasil, do momento atual, se ressente. Estamos, nós brasileiros, entregues nas mãos de uma trupe ensandecida, de celerados q só tem um objetivo: manter-se no Poder e pronto, o resto – e o Brasil tb – q se explodir. Querem, por querem, destruir aquiloq foi conquistado com muita luta, ao longo de séculos e, o pior e mais grave, éq sem uma linha mestra, sem um planoq vá além da miopia da quadrilha denominada PT. É um penaq hj n~ tenhamos líderes e, sem eles, a coisa desmorona, pois até mesmo as Instituições, representativas noutros tempos, noutras ocasiões, parecem “recolhidas” e preferindo sobreviverem, alheiando-se doq está aí, à mostra.