A ditadura, a crise econômica e a insegurança na Venezuela fizeram com o que o número de médicos cubanos que abandonaram seu trabalho — escravo — e fugiram para os EUA duplicasse no último ano, atingindo a marca de 700 desertores, noticiou “O Globo” (17.11.2014).
O jornal carioca cita informações da ONG norte-americana Solidariedade Sem Fronteiras (SSF), com sede em Miami, que faz a assessoria de médicos que tentam se regularizar no país.
Do total de 5 mil pessoas acolhidas pela SSF, 2.637 são médicos que conseguiram fugir de Cuba.
Júlio César Alfonso, presidente da SSF, é um deles. Aos 46 anos, vive nos EUA desde 2009, para onde foi como refugiado político.
De acordo com Alfonso, a deserção vem aumentando em todo o mundo — entre setembro de 2013 e o mesmo mês de 2014, cerca de 1.100 médicos enviados por Havana a diversos países deixaram seus miseráveis empregos.
Mas em nenhum lugar a situação é tão ruim como no regime bolivariano-chavista.
“Até 2013, a média anual de deserções na Venezuela, onde atuam cerca de 30 mil médicos cubanos, era de 300.
“Mas a falta de estabilidade financeira, econômica e política, principalmente depois da morte de Chávez, afastou os médicos cubanos do país — disse, em entrevista por telefone ao Globo.
“Nos últimos anos, quase 70 deles morreram na Venezuela. E a deserção vem crescendo também em países como Bolívia, Nicarágua e alguns da África”.
Ficamos aguardando melhores informações sobre o Brasil.
“Ficamos aguardando melhores informações sobre o Brasil”.
Essa última linha é típico de uma situação de guerra.