O criminoso David Catalano, 31, foi condenado pela Justiça italiana. Esta prevê, entretanto uma prisão alternativa. E no mês de novembro último o réu foi enviado ao convento capuchinho de Santa Maria degli Angeli, perto de Enna, na Sicília, para ali servir e viver num regime especial regido pelos frades, informou o jornal britânico The Daily Mail.
Porém, ele não resistiu à austeridade e pobreza dos religiosos capuchinhos, ordem à qual pertenceram muitos santos famosos. E fugiu duas vezes da vida conventual, pedindo para ser confinado num cárcere comum que ele, aliás, já conhecia.
Após uma primeira fuga, havia sido preso de novo pela polícia e reconduzido ao convento.
Mas fugiu de novo seis semanas depois e se apresentou à delegacia pedindo para ser levado de volta à cela que ocupava no cárcere da cidade de Nicósia.
Ele disse aos policiais surpresos: “A prisão é melhor do que ficar numa casa regida por monges”.
Um policial explicou: “Catalano chegou fora de si e disse que não havia jeito de ficar com os frades.
“Ele disse que era duro demais e que queria voltar à prisão pública. Então nos o pegamos e ele agora está detrás das grades pagando o resto da pena”.
“A vida dos monges pode ser muito severa – não há comodidades, eles acordam cedo e vão dormir cedo. Não há luxos e a cassa dos monges funciona com um regime muito severo”, queixou-se o réu.
O mosteiro acolhe há mais de 12 anos cerca de 60 prisioneiros, que nele permanecem até pagarem a pena devida.
Os capuchinhos são um ramo dos Franciscanos que praticam rigorosamente a via do Santo Fundador, especialmente em matéria de pobreza e austeridade de vida.
Apesar de nessa vida monástica a caridade prover às necessidades materiais, o bandido achou o cárcere público mais atraente.
De fato, o homem com todas as suas forças naturais não aguenta levar seriamente a vida de um frade.
É a graça divina que faz com que os religiosos e religiosas possam carregar, e até com alegria espiritual, uma vida de tanta penitência e renúncia material.
E essa graça só age, e de modo maravilhoso, nos mosteiros da Igreja Católica, produzindo os mais altos frutos de santidade, como foi o caso, para dar apenas um exemplo, do santo Padre Pio de Pietrelcina, ele próprio um capuchinho.