Ricardo III: o último rei medieval inglês despertou saudades até no III milênio

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O público visita o caixão de Ricardo III na catedral de Leicester

Há 530 anos morria em combate Ricardo III (1452-1485), o último rei da dinastia Plantageneta, da Inglaterra. Ele foi vencido na batalha de Bosworth Field por Henrique Tudor, invasor e candidato à coroa.

Henrique Tudor se tornou o rei Henrique VII e foi o primeiro da dinastia que precipitou o país no protestantismo.

Ricardo III foi o último rei medieval inglês. Reinou de 1483 a 1485 e sua morte marcou o fim das Guerras das Rosas, entre a Casa de Lancaster (representada por uma rosa vermelha) e a Casa de York (representada por uma rosa branca).

O túmulo de Ricardo III estava desaparecido, provavelmente pelo receio de seus seguidores de que pudesse ser profanado pelos Tudor.

Ricardo III, da dinastia Plantageneta, último rei medieval inglês
Ricardo III, da dinastia Plantageneta, último rei medieval inglês

 

Até que em setembro de 2012 sua ossada foi encontrada por arqueólogos sob um estacionamento municipal, causando comoção no país. Seus restos foram enterrados no dia 22 de março de 2015 na catedral de Leicester.

Entre os presentes para render as últimas honras, entre outros, estava o príncipe Richard, duque de Gloucester e primo da rainha Elizabeth II.

Até a rainha Elizabeth escreveu um tributo a Ricardo III, segundo a Folha de S. Paulo (26.03.2015).

Mais de 35 mil pessoas acompanharam em Leicester o cortejo fúnebre do rei.

Cortejo liderado por cavaleiros conduz o caixão de Ricardo III pela cidade de Leicester rumo à catedral.
Cortejo liderado por cavaleiros conduz o caixão de Ricardo III pela cidade de Leicester rumo à catedral.

O carro funerário deixou a universidade local e dirigiu-se à Fenn Lane Farm, na aldeia de Dadlington, o local mais próximo de onde ele morreu (Campo de Bosworth).

Após uma série de homenagens em sua memória, ele foi para seu repouso definitivo na catedral. O passado medieval católico desperta saudades até num país esmagadoramente protestante.

8 COMENTÁRIOS

  1. Humberto,

    Primeiro, que sem a Igreja Católica (1 Timóteo 3,15/ 2 Tessalonicenses 2,15/ 2 Tessalonicenses 3,6) os protestantes não teriam a Bíblia que eles têm hoje. Os 27 livros do NT, que os protestantes aceitam e adotam normalmente, foram definidos e canonizados pela mesma Igreja Católica que definiu e canonizou os livros do AT. Aceitam, portanto, a autoridade da Igreja para definir os livros do NT, mas não a aceitam quanto à definição dos 46 livros do AT. Os protestantes chamam os deuterocanônicos de “apócrifos”. Mas eles, por sua vez, reconhecem o valor histórico e doutrinário (2 Timóteo 3,16) dos deuterocanônicos (como mostrei abaixo), mas não os consideram como canônicos ou inspirados (?).
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    Essa posição deriva do fato de tais escritos não fazerem parte do cânon hebraico do AT. Mas, ora, os protestantes, ao aceitarem o cânon da Bíblia judaica, estão aceitando a autoridade dos rabinos judeus depois de Cristo, e negando a autoridade dos Apóstolos (S. Lucas 10,16), a quem o próprio Cristo deu autoridade sobre a Igreja. Os judeus não aceitam nem o NT, ora! Os livros da Bíblia estão lá porque a Igreja Católica os selecionou como inspirados. Na verdade, não foi a Igreja Católica que acrescentou livros, e sim o protestantismo quem os retirou. Por que então não questionam a inspiração divina dos demais, se também foram elencados pela Igreja Católica?
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    Os protestantes não acreditavam no que vem da Igreja Católica, porém eles têm os livros da Bíblia compilados pela própria Igreja Católica, excluindo 7 ao próprio bel-prazer da interpretação. Eles renegaram a Igreja Católica, não acreditando em sua doutrina, por isso foram buscá-la com os rabinos que haviam negado Cristo (1 S. João 4,2-3) no Concílio de Jâmnia (que excluiu 7 livros da Bíblia), e que sequer crêem no NT. É o orgulho cismático. E são os protestantes que pregam coisas alheias ao Evangelho e a doutrina de Cristo, não guardam a tradição apostólica, pois sequer receberam-na, cada qual autodenominando-se apóstolo, ou missionário ou pastor.
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    “Eles saíram dentre nós, mas não eram dos nossos. Se tivessem sido dos nossos, ficariam certamente conosco. Mas isto se dá para que se conheça que nem todos são dos nossos (1 S. João 2,19)”. Anátema são os protestantes com as suas doutrinas que levaram ao relativismo e à apostasia, eles que surgiram após 15 séculos de Cristianismo, alegando ser a ortodoxia e a Igreja Primitiva, o que é um ABSURDO sem par! Pelos frutos os conhecemos (Isaías 56,11/ 2 S. Pedro 1,19-21/ 2 S. Pedro 2,1-2/ 2 S. Pedro 3,15-16). Realmente, há que se tomar muito cuidado com o fermento dos protestantes farisaicos. P.S.: A Igreja Católica não é autodenominada, mas é a vontade de Cristo. Credo in Unam, Sanctam, Cathólicam et Apostólicam Ecclésiam (S. Mateus 16,18/ Efésios 4,4-6/ 1 Timóteo 3,15).

  2. Augusto Paiva,

    Sr Augusto, eu poderia responder às suas alegações, mas esta história está ficando muito longa. Apenas diria que a Bíblia Hebraica não contempla os 7 livros em apreço. Quem foi que retirou o 2º Mandamento da Lei (sobre imagens)? Por outro lado, quem acrescentou doutrinas e dogmas católicos ao ensino simples do Evangelho? Com certeza não foi a Igreja de Cristo. Foi um ramo do cristianismo, autodenominado “universal” (católico), estando por isso incurso em Gálatas 1.8-9.(anátema). Que a misericórdia do Senhor esteja sobre nós.

  3. Humberto,

    ‘‘Toda a Escritura é inspirada por Deus, e útil para ensinar, para repreender, para corrigir e para formar na justiça.’’ (2 Timóteo 3,16)
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    O sr. Humberto diz que os 7 livros são apócrifos e não inspirados por Deus. Ora, quem os protestantes pensam que são para dizer o que é ou não inspirado por Deus, quando na realidade eles não têm nem uma opinião, ou dogma, formado e unânime? A Igreja, coluna e sustentáculo da verdade (1 Timóteo 3,15), é que determinou o Cânon da Bíblia. Lutero, depois de perder um debate para João Eck, censurou 7 livros do Cânon bíblico, e queria inclusive excluir a Epístola de S. Tiago, a qual chamou de palha seca, por ir contra a sua heresia do Sola Fide, e o Apocalipse, por não ser, segundo ele, nem apostólico nem profético (sic), logo o livro do Apocalipse, vê se pode… A Bíblia condena quem acrescentar ou retirar (ou distorcer – Gálatas 1,7-9) qualquer letra da Palavra (Mt 5,18 / Ap 22,18-19). Lutero queria retirar até o Apocalipse! Outrora eu li num blog apologético de um protestante honesto (blog muito bom diga-se de passagem; ele não é um detrator da Igreja Católica, conhecendo muito bem a sua história, porquanto o seu blog visa mais uma apologética contra as diatribes do ateísmo e em defesa da fé) que, apesar dele rejeitar os livros deuterocanônicos, ele também reconhece que eles são muito importantes para, segundo consta em 2 Timóteo 3,16, ensinar, repreender, corrigir e formar justiça [1]. Vide que muitas Bíblias editadas e distribuídas por protestantes atualmente vêm com os livros de Sabedoria e Eclesiástico, e quando até mesmo os protestantes dizem que a Bíblia de Jerusalém é ótima para estudos. Já os gnósticos e ateístas é que falam mal da Igreja por ela não aceitar os livros apócrifos (esses sim) de Maria Madalena, Tomé, Barnabé e tal.
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    [1] J. D. Douglas, Vida Nova, 2006, pgs 64-67: “(…) apesar de não serem aprovados para o ensino público, não obstante têm valor para o estudo e a edificação particulares.” Existem motivos para que os apócrifos estejam na Bíblia? Sim. Quais? Eles possuem, de modo geral, conteúdos de bom caráter doutrinário, histórico e literário, suficientes para edificar grandemente o leitor – para o católico existe, ainda, a questão da autoridade da própria Igreja. Fonte: Blog Entre o malho e a bigorna.

  4. Augusto Paiva,

    Ao Sr Augusto: Cristãos verdadeiros sempre existiram, quer na ICAR (os próprios Reformadores saíram da ICAR), como no Oriente (entre Ortodoxos,entre os egípcios, assírios,etc. etc., bem como entre aqueles que não se submetiam ao papa, que eram perseguidos e tidos como hereges. Foram principalmente estes que conservaram cópias fiéis das Escrituras. Os 7 livros rejeitados não são canônicos, mas apócrifos.

  5. Humberto,

    Deus estava com aqueles católicos e monges copistas (servos de Deus) da Idade Média que salvaram a cultura da Europa e a verdadeira religião contra o barbarismo, como inclusive reconhecem muitos protestantes cultos e honestos que defendem a Bíblia contra as diatribes dos ateístas e pagãos, os inimigos do Cristianismo que afirmam que ela [a Bíblia] foi adulterada e tal. A Bíblia é o livro mais bem documentado, diz-se. Já Lutero retirou 7 livros da Bíblia. A Bíblia dos protestantes (mutiladas e muitas vezes adulteradas) têm 66 livros e mais 6 letras de Lutero. Tomem cuidado com o fermento dos protestantes.
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    “A Igreja Católica proibiu a leitura da Bíblia?”, Apologistas Católicos.
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    “110. A Igreja alguma vez já proibiu a leitura da bíblia?”, Pe. Paulo Ricardo.
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    “A Igreja proibiu a leitura da Bíblia?”, Universo Católico.
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    “A Igreja medieval num dexava nóis lê a Briba”, O Catequista.

  6. Humberto,

    Caro Sr Viana, a Bíblia disponível na Idade Média consistia em traduções em latim. O povo em geral não conhecia o latim, apenas ouvia-o nas missas. Quanto à preservação das Escrituras, o responsável por isso foi o próprio Deus, e a fidelidade de muitos servos de Deus. A Bíblia era uma livro esquecido. E mesmo hoje, só uma pequena parcela de católicos a lê.

  7. Humberto,

    gostaria de saber de onde tirou essa sua afirmação. Do que conheço da História a Igreja nunca proibiu a leitura das Sagradas Escrituras, muito pelo contrário, se não fosse ela, não existiria a Biblia que até mesmo os protestantes adotam hoje.

  8. Sem desmerecer este valoroso rei, quero dizer que coisas boas aconteceram com a Reforma Protestante: cito como a principal o acesso do povo às Sagradas Escrituras, até então proibidas para os leigos, e como segunda coisa importante o reconhecimento de que todos podemos ir a Deus mediante o único caminho, Cristo.

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