Audição da música de Wolfgang Amadeo Mozart melhora sensivelmente a atividade cerebral
Publicamos recentemente uma notícia sobre como Gatos “odeiam” heavy metal e “adoram” os compositores clássicos. Agora, pesquisadores da Universidade La Sapienza, de Roma, concluíram que a audição da música de Wolfgang Amadeo Mozart melhora sensivelmente a nossa atividade cerebral, informou o jornal Daily Mail de Londres.
Nas pessoas analisadas durante os exames foi constatado um aumento da atividade das ondas cerebrais relacionadas com a memória, a intelecção e a resolução dos problemas.
Beethoven não obteve o mesmo resultado
Os mesmos testes foram feitos tocando ao mesmo grupo uma música de Beethoven, porém sem resultados. As experiências sugerem que na música de Mozart há algo especial que influencia positivamente o cérebro.
“Esses resultados – explica o estudo – podem ser representativos do fato de a música de Mozart ser capaz de ‘ativar’ circuitos corticais neuronais no cérebro relacionados com a atenção e as funções cognitivas.”
E esclarece que os resultados “não são apenas uma consequência de ouvir música em geral”.
Detalhes da pesquisa
O estudo foi publicado na revista especializada Consciousness and Cognition (volume 35, setembro 2015, páginas 150–155), tendo os pesquisadores utilizado equipamentos EEG (eletroencefalografia) para registrar a atividade elétrica do cérebro dos participantes.
Os responsáveis foram Walter Verrusio, Evaristo Ettorre, Edoardo Vicenzini, Nicola Vanacore, Mauro Cacciafesta e Oriano Mecarelli, de diversos departamentos da universidade romana (“The Mozart Effect: A quantitative EEG study”).
O grupo analisado incluía 10 adultos jovens e saudáveis, com uma média de idade de 33 anos, 10 idosos saudáveis em torno dos 85 anos, e 10 idosos com leves problemas na cognição e uma idade média de 77 anos.
L’allegro con spirito (D Maior K448) de Mozart Vs. Para Elisa de Beethoven
As medições eletroencefalográficas foram feitas respectivamente antes e depois de ouvir o movimento L’allegro con spirito da sonata para dois pianos em D Maior K448 (ouça abaixo) de Mozart e Para Elisa de Beethoven.
Os pesquisadores sugerem que o arranjo musical racional e altamente organizado da sonata pode suscitar um “eco na organização do córtex cerebral” (responsável pelas funções mentais de alto nível).
“Uma das características típicas da música de Mozart é a repetição frequente de uma melodia; isso determina uma virtual carência de elementos surpreendentes que podem afastar a atenção do ouvinte de uma audição racional, em que cada elemento harmônico e melódico tende a fechar num ponto que confirma as expectativas dos ouvintes”, dizem os autores.
Um estudo anterior, publicado em 1993, achou que ouvir a K448 também poderia melhorar as habilidades de raciocínio espacial durante um breve tempo após a audição.
E o Rock and Roll?
Bem, podemos perguntar em que estado fica o cérebro de um fanático de Rock and Roll, nas suas várias modalidades, e o que é que se pode esperar de seu desenvolvimento cerebral. Poderá ser mais uma prova dos danos da cultura de massa.
Mozart visto por Plinio Corrêa de Oliveira
Alguns comentários esparsos do insigne pensador católico, Plinio Corrêa de Oliveira, sobre a música de Mozart:
1 – Há três aspectos louváveis na música de Mozart: a) uma nota aristocrática; um tanto frívola, é verdade, mas indiscutivelmente aristocrática; b) uma certa lógica, que é inerente ao aristocrático de Mozart; c) é preciso reconhecer um terceiro valor naquela música –– certa castidade: a música de Mozart é casta, ao contrário da música de Beethoven, que já é besuntada de sentimentalismo (Palestra em 27-3-1973).
2 – Há certas músicas de Mozart que convidam tanto a não ser corrupto quanto a um estado de espírito que é oposto à corrupção (Palestra em 16-3-1971).
3 – Um minueto de Mozart reflete toda a felicidade daquela calma, daquela tranquilidade, daquela racionalidade, expressas nessa peça musical. Comparem o minueto com a valsa, em que se dançava aos pares, num verdadeiro turbilhão (Palestra em 7-5-1971).
4 – A meu ver, Viena se exprime ainda muito melhor em Mozart do que em Schubert ou em Strauss. Propriamente a Viena anterior à decadência é a Viena de Mozart. E de fato aquela doçura mozartiana – que nós, por causa dos traços franceses de nossa cultura, somos habituados a ver ligados à douceur de vivre francesa – viu a luz em Viena. Mozart é fruto daquela atmosfera que de Viena se irradiava para toda a Áustria. E creio que é bem em Mozart que essa douceur de vivre se faz sentir (Palestra em 10-7-1970).
Vídeo: Música de Mozart melhora a atividade cerebral. L’allegro con spirito da Sonata para dois pianos em D Maior K448
- Wolfgang Amadeus Mozart nasceu em Salzburg a 27 de janeiro de 1756 e faleceu em Viena a 5 de dezembro de 1791. É um dos compositores mais conhecidos no mundo.
É sabido que o compositor, apesar do talento na música, apreciava piadas grotescas e tinha um apetite sexual diferenciado. Nem todos que apreciam as suas músicas conhecem esse fato. Não acredito que o dr. Plínio o soubesse. Tais fatos apenas mais recentemente têm sido objeto de pesquisa. Desmistificar ídolos humanos é necessário para que, como cristãos, foquemos o nosso amor exclusivamente na inabalada, imaculada e santa pessoa de Jesus Cristo
Caso Dr. Plinio soubesse disso, eu suponho o que ele diria: “Imagine até onde chegaria a música se esse homem correspondesse a graça e fosse santo”.
Acho Mozart, Beethoven e outros de igual teor como insuperáveis. São músicos! São artistas que ultrapassam o que poderiamos imaginar de bom.
Mas acho este estudo um pouco parcial, porque foram comparadas as reações ao ouvir dois tipos de música muito distintos.
Para Elisa é maravilhoso, mas é uma música ligeira. Uma música que capta o coração, que nos envolve ew nos atrai, mas que não obriga a termos um raciocínio elevado.
A Sonata para Dois Pianos é, ao contrário, uma música que obriga a um esforço mental superior para a captar e fazê-la entrar em nós.
Os resultados dos eletroencefalogramas de individuos que ouvem uma ou outra destras músicas terá de ser muito diferente
Sublime! Alta cultura tão necessária ao tempo corrente!
É impressionante como o Prof. Plínio Corrêa de Oliveira via tudo isso e não precisava de pesquisas e estudos, como ele mesmo disse: ” Uma coisa é ter vista, outra é ter visão.” Outra ” 2 – Há certas músicas de Mozart que convidam tanto a não ser corrupto quanto a um estado de espírito que é oposto à corrupção (Palestra em 16-3-1971).Que tal se começarmos a tocar músicas de Mozart no Congresso Nacional!, nos carros de som que são levados nas manifestações de rua e porque não, tocar nas Câmaras de Vereadores etc. quando vão votar a ideologia de gênero por exemplo, ou fazer um decreto lei obrigando todos os políticos a ouvir músicas de Mozart, quem sabe acabariamos com a corrupção no Brasil,