Lei do aborto entra em vigor na Espanha

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Apesar de esforços de movimentos Pro-Vida, Aborto se instala na Espanha.

Polêmico, novo texto introduz no país majoritariamente católico direito à interrupção voluntária da gravidez. Legislação é contestada, no entanto, na Corte Constitucional, que pode decidir suspendê-la de forma temporária.

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

A nova e polêmica lei que descriminaliza o aborto na Espanha entrou em vigor ontem, apesar de a Corte Constitucional ainda analisar se irá suspender sua aplicação.

A legislação, aprovada em fevereiro pelo Parlamento, estabelece pela primeira vez no país o direito à interrupção voluntária da gravidez.

Agora, as mulheres podem abortar livremente até a 14ª semana de gestação -e até a 22ª em caso de “riscos para a saúde” da mãe ou “graves anomalias do feto”.

Também permite que jovens de 16 e 17 anos interrompam a gravidez sem a permissão dos pais, embora eles precisem ser informados da realização do procedimento.

A lei anterior, de 1985, permitia o aborto apenas em caso de estupro, má-formação do feto ou de perigo para a saúde mental e física da mãe.

Em entrevista a uma emissora de rádio, a ministra da Igualdade, Bibiana Aido, comemorou a legislação. “É uma lei mais segura, fornecendo proteção legal tanto para mulheres quanto para profissionais de saúde.”

O aborto sempre foi largamente praticado na Espanha. As mulheres podiam alegar angústia mental para submeter-se ao procedimento.

Grande parte dos mais de 100 mil abortos realizados por ano no país eram classificados dessa forma.

Ao formalizar uma prática já existente, a nova lei do aborto -mais recente item da agenda liberal do governo socialista de José Luis Rodríguez Zapatero- é vista como uma aproximação do país majoritariamente católico com seus mais seculares vizinhos europeus.

5 COMENTÁRIOS

  1. A história da Espanha guarda um fato extraordinário da intervenção divina por meio de Nossa Senhora em Covadonga, último reduto de católicos resistentes à invasão muçulmana. Eram tão poucos, mas confiantes no auxílio divino e ela veio. Eles não só resistiram como avançaram e expulsaram os muçulmanos da Espanha. Uma Reconquista que durou 900 anos! Temos a promessa de Nossa Senhora em Fátima: “Por fim, o meu Imaculado Coração Triunfará!”

  2. Angústia mental… se assim for, quando eu estava há um ano procurando emprego eu poderia alegar angústia mental e assassinar os canditados que eram chamados antes de mim.

    Uma mulher que pensa assim, se já é mãe, deveria perder a guarda de seus filhos, pois a maternidade/paternidade implica em constante renúncia, um nariz entupido de seu filho já é motivo de agonia para qualquer pai/mãe.

    Heil, Hitler! Vamos buscar a sociedade dos filhos perfeitos, temporal e geneticamente programados, que não choram, não ficam doentes, não fazem xixi, não tem fome…

    Deus tenha misericórdia das pessoas que apóiam esse crime hediondo.

  3. A ministra da Igualdade, Bibiana Aido, comemorou a legislação. “É uma lei mais segura, fornecendo proteção legal tanto para mulheres quanto para profissionais de saúde.” O sinismo não poderia apresentar-se de modo mais sem vergonha: segurança para a “mãe” assassina e o médico carrasco? E o feto não necessita de seguro? Se “angustia mental” é motivo legítimo para se praticar um crime por que não usar desse mesmo argumento para praticar a eutanásia? Ou livrar-se de outros tipos de angustias?

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