A PTP – Parceria Trans Pacífico – reunindo 12 países e representando 40% do PIB mundial, incluindo entendimentos em curso para formar uma interdependência econômica entre a Europa e a América do Norte, comprovam a pujança e a liderança dos Estados Unidos no intercambio econômico mundial.
O embaixador Rubens Barbosa acaba de publicar um artigo mostrando o quanto esse acordo deveria “acender uma luz amarela no Brasil, que há 13 anos vem se emaranhando em opções estratégicas equivocadas no comércio exterior e na política externa”. Barbosa acrescenta: “Sob forte influência político-partidária, essas opções se desdobram em políticas que isolaram o Brasil das negociações comerciais globais e estão acarretando um custo para a balança comercial com a queda das exportações e das importações. Os preconceitos antiglobalização e a prioridade SUL-SUL marginalizaram o Brasil dos entendimentos para negociações com países comercialmente relevantes fora da região”.
Noutras palavras, os preconceitos socialistas, terceiro mundistas, bolivarianos, de nosso governo petista o levaram a aliar-se com Cuba, com a Venezuela e com a Argentina formando o Bloco do Mercosul, digno de desfilar no próximo Carnaval com figuras de Fidel, Peron e Castro.
O Governo Dilma corta custos, jura que quer um ajuste fiscal e afirma evitar políticas demagógicas de alto custo no futuro. Dilma promete mais isto, e mais aquilo, menos afastar Marco Aurélio Garcia, arqui- inimigo dos EUA e destaque do Bloco das republiquetas petistas-chavistas da América do Sul. Compreende-se que afinal a esquerda, quando acuada, manifesta uma solidariedade quase digna de elogios. O que não se entende é porque a oposição, incluindo revistas como a Veja, que valentemente apontam os desacertos do atual governo, parecem ignorar o fautor dos descalabros que há anos vem assolando nossa política exterior.
Pobre Itamaraty, até um passado recente reconhecido internacionalmente por sua classe, alto padrão de serviços, liderança cultural e representatividade dos mais elevados valores de nosso país, transformou-se hoje num instrumento de difusão de ideologias que o mundo civilizado considera como resquícios do passado.