Com a perceptibilidade própria de um profeta, José de Anchieta, o Apóstolo do Brasil, assim vaticinou o papel de nosso País no concerto das nações sul-americanas: “A terra em que sopra o Sul conhecerá o Teu nome, e ao mundo austral advirão os séculos de ouro, quando as gentes brasílicas absorverem Tua doutrina”.Com efeito, pode-se dizer que o Brasil nasceu à sombra da Cruz e com ela cumprirá a sua missão.
Qual pêndulo que move a engrenagem que marca as horas da História, desde seu nascedouro o Brasil teve de enfrentar lutas, guerras, batalhas de toda ordem para se manter fiel à sua vocação. Ora contra os calvinistas franceses que desejavam implantar aqui a França Antártica, ora contra os holandeses tomados de ódio ao catolicismo, ora opondo-se à resistência de nativos que tentavam formar uma corrente contrária à evangelização.
Fiel ao mandato de Portugal – que apesar de pequenino se destacara como nação propagadora da fé e do império –, Pedro Álvares Cabral, sob a égide da Cruz de Malta, avistou o Monte Pascoal no litoral da Bahia e ali aportou, chamando a terra descoberta de Vera Cruz, e, depois, Terra de Santa Cruz. O Brasil nasce sob o influxo da Cruz e diante dela foi celebrada a primeira Missa.
Os indígenas se avolumavam em torno de grande cruzeiro e do franciscano, e seguiam juntamente com os descobridores os movimentos do rito sagrado da Missa, que renovava de modo incruento o sacrifício da Cruz. A partir de então começaram a chegar evangelizadores para difundir a fé, os bons costumes e a doutrina deixada por Jesus Cristo, povoando a nova terra de cristãos para a Santa Igreja Católica Apostólica Romana.
O objetivo principal dos evangelizadores era fazer dos silvícolas novos cristãos e com isso lhes conceder a maior nobreza que um homem pode receber nesta terra. Batizavam, aproximavam as crianças e os jovens dos sacramentos da confissão e da eucaristia, da assistência frequente à Santa Missa, ensinavam hinos aos índios, que assim alimentavam sua piedade e sua fé, ministravam o catecismo, enfim, pregavam o Evangelho de Jesus Cristo.
Os ministros de Deus se preocupavam em ensinar, formar e educar os indígenas na santa religião, para que pudessem viver bem nesta Terra e depois conquistar o Céu. Recurso de grande importância enquanto instrumento da propagação da fé e da boa doutrina, bem como para saber portar-se com nobreza e distinção no convívio social, foi a representação de pequenas peças de teatros promovidas por Anchieta.
Com tal obra de apostolado, os evangelizadores criavam um ambiente psicológico para que os índios pudessem compreender o esplendor e a grandeza do nome cristão. Além da religião, eles procuravam constituir povoados por onde passavam, a fim de contribuir para a vida social civilizada, mesclando-se portugueses e indígenas pelo laço do matrimônio indissolúvel. Os missionários procuraram extirpar a poligamia, a libertinagem, o infanticídio, o canibalismo, as superstições e os cultos satânicos.
Os autóctones começaram a viver de maneira digna e nobre. Com isso, em todos os lugares foram constituídos igrejas, capelas, basílicas, mosteiros, casas religiosas e conventos, onde todos podiam cultuar o verdadeiro Deus. Pode-se compreender que por tão grandes feitos o Papa Leão XIII, em 1892, na encíclica “Quarto abeunte saeculo” (Transcorrido o quarto século), tenha qualificado de “façanha mais grandiosa que hajam podido ver os tempos”.
Com efeito, as sementes lançadas pelos evangelizadores da religião cristã vicejaram e frutificaram ao impregnar a atmosfera de uma brasilidade sacralizada que só a Igreja Católica podia proporcionar. Ou seja, os brasileiros foram agraciados por um clima de bênção, de bondade, de doçura, de bem-estar, de harmonia, de equilíbrio, de valor, de empreendimento e de esperança, sem lhes faltar vigor e espírito de luta.
Nóbrega e Anchieta foram os expoentes da verdadeira evangelização que fez do Brasil a maior nação católica do mundo. Há muita felicidade em ser brasileiro e muito bem-estar entre os que aqui escolheram para residir e viver. Anchieta e Nóbrega estão nas antípodas da ‘nova evangelização’ empreendida pelo Conselho Indigenista Missionário-CIMI, que não faz senão descaracterizar a identidade e o temperamento nacionais.
Na verdade, tal evangelização não evangeliza, pois seus “missionários” fazem parte de um movimento revolucionário católico-progressista incrustado no seio da Igreja, o qual não visa mais converter, e sim incrementar a luta de classe, violar os mandamentos “não roubarás” e “não cobiçarás as coisas alheias”; numa palavra, visa apenas esborrifar gases venenosos do ateísmo marxista. Não seguem a filosofia de Jesus Cristo, mas a de Marx.
Em seu célebre livro Tribalismo Indígena, ideal comuno-missionário para o Brasil do Século XXI [capa ao lado], Plinio Corrêa de Oliveira denuncia o desvirtuamento e a meta da nova evangelização, ao afirmar que “em nossos dias, uma poderosa corrente missionária […] visa precisamente o contrário: proclama o estado dos silvícolas como a própria perfeição da vida humana, opõe-se à integração dos silvícolas na civilização, afirma o caráter secundário – quando não a inutilidade – da catequese, e não poupa crítica à ação dos grandes missionários de outrora, nem mesmo a de Nóbrega e Anchieta, os quais o Brasil todo venera”.
E prossegue o atilado e combativo líder católico: “Do fundo de nossas selvas, esses neomissionários lançam apelos em prol da luta de classes, que desejam ver corroendo, até às entranhas o Brasil civilizado. O estudo do pensamento dessa corrente neomissiológica é indispensável para quem queira conhecer a grande crise da Igreja no Brasil e compreender de que maneira essa crise tende a contagiar o país, transformando-se, de crise da Igreja, em crise do Brasil”.
Dom Tomas Balduíno, que foi bispo de Goiás e presidente do CIMI, chegou a apregoar: “A convicção profunda dos missionários ligados à Igreja é que estes povos (e eu estou pensando, por exemplo, nos povos indígenas) são os verdadeiros evangelizadores do mundo. Nós, os missionários, não vamos a eles como quem leva uma doutrina ou uma evangelização que o Cristo nos trouxe e confiou, e que nós revestimos com ritos civilizados e cultos”.
Prossegue Dom Balduíno: “Vamos a eles sabendo que o Cristo já nos antecedeu no meio deles, e que lá estão as ‘sementes do Verbo’. Temos a convicção de que eles vivem o Evangelho da Boa-Aventurança. E de que por isso se impõe a nós uma conversão às suas culturas, sabedores de que a Boa Nova do Evangelho se encarna em qualquer cultura”.
Que o leitor tire as suas próprias conclusões…
Vejam quem é um indígena autêntico, sem cair na gangue comunista do PT:
http://esta-acontecendo.blogspot.com.br/2015/10/combate-pobreza-supera-todas-as-metas.html
Pouco abaixo, do começo desse blog (esta-acontecendo…), num vídeo da coluna da esquerda de quem olha ao vídeo do computador, um indígena de cocar, falando num programa de tv.
Prezado Sérgio,
Gostaria de saber o que é ICAR. Alguma associação católica?
Grato, desde já, pela resposta.
Santos
Os protestantes não tem cacife para evangelizar em lugares hostis. Eles não sobrevivem sem protestar, e por causa disso dependem da ICAR. Quando encontram um ambiente pacificado pela Igreja, daí fica fácil aplicar sua doutrina diferenciada. Eles não entendem que a Igreja é a Esposa única de Cristo. Assim como o homem só pode ter uma esposa até que a morte os separe, também Deus não pode ser adúltero ou tendo outras esposas (igrejas) . As outras denominações cristãs também são representadas na Bíblia como mulher, mas vieram depois da fundação da Igreja Católica, Deus só pode ter uma e a legítima é sempre a primeira. Nossa Igreja já tem 2000 anos. Deus é fiel a sua Igreja e sempre a socorreu nos momentos mais difíceis da história. Não é a idade avançada desta que vai desqualificar sua missão e o amor de Deus. A cristandade é como um vínculo de esposos e filhos fiéis uns aos outros.
Como nós vemos nos relatos acima, os missionários católicos, Nobrega e Anchieta, lutaram muito para a catequese dos índios, e trouxeram para o nosso Brasil 100% do cristianismo católico.
Ao fim de todas essas lutas, o protestentismo se infiltrou para levar ao seu meio aqueles que já estavam catequisados. Isto prova que os fatos ainda hoje se repetem, com inúmeros falsos pastores, procurando retirar da ICAR os fieis que no nosso meio se encontram. Os poucos esclarecidos são ludibriados e levados a dar grandes quantidades de dinheiro para sustentar falsos pastores.
Eles, como sempre, só pegam o bonde andando após a catequese católica.
Essa é bem a verdade de nossos tempos! Devemos refletir!