Uma boa faxineira que trabalha no Museu de Arte Contemporânea de Bolzano, no norte da Itália, consagrado à aberrante “arte contemporânea”, achou que uma “obra de arte” não era mais que sujeira deixada por festeiros beberrões.
E “caprichou na limpeza”, segundo informou a BBC Brasil.
Ela achou que o trabalho – chamado Onde vamos dançar esta noite? – não passava de uma bagunça deixada numa festa realizada no local na noite anterior. A faxineira “limpou” o local como se deve e jogou fora toda a imundície.
Composta por pontas de cigarro, garrafas vazias e confetes na mais degradante desordem, a “obra” pretexta representar o hedonismo e a corrupção dos anos 1980. Mas na prática é um produto eloquente da corrupção de 2015, com um acréscimo especial.
Mau gosto, corrupção e pecado são realidades deploráveis que sempre existiram neste vale de lágrimas. Mas há uma inversão monstruosa quando se tenta não só justificar esses males, mas proclamá-los como um bem digno de “obra de arte”.
Pratica-se assim um atentado contra a própria estrutura do ser e do pensamento humano.
O museu – conhecido como Museion Bozen-Bolzano – refez a exibição. Os artistas de Milão Goldschmied and Chiariforam os idealizadores desse atentado à ordem do ser.
O Museu pediu desculpas pelo incidente e lamentou que “teve má sorte com a nova faxineira”.
Em fevereiro do ano passado, noticiou ainda a BBC Brasil, verificou-se em Bari, no sul da Itália, outra reação de bom senso, que a agência informativa – melhor diríamos o contrário – qualificou de acidente.
Também uma faxineira jogou fora “trabalhos” que faziam parte de uma instalação da galeria Sala Murat.
Ela tratou a “obra de arte contemporânea” como aquilo que a mesma aparentava ser: lixo. E disse que estava “apenas fazendo seu trabalho”.
Mais de um terá vontade de lhe fazer chegar um aplauso.
A faxineira parece ser a única de bom senso naquele museu das loucuras. Somente para uma mentalidade lixo o que se deve descartar pode se transformar em arte.