A pequena Georgia, berço de Stalin, enfrenta corajosamente a Putin

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    Georgian servicemen stand in formation during an opening ceremony of the Georgia-NATO joint training and evaluation center at the Krtsanisi settlement outside Tbilisi, Georgia, August 27, 2015. NATO said a new training center opened in Georgia on Thursday would help the former Soviet republic to move closer to membership in the military alliance, a prospect sharply opposed by neighboring Russia. REUTERS/Irakli Gedenidze
    Soldados georgianos na inauguração de centro de treinos da OTAN em Tbilisi, Georgia – REUTERS/Irakli Gedenidze

    Em todas as fronteiras com a Europa, o regime de Moscou sopra fatores de animosidade e belicosidade sob os mais variados argumentos. No Cáucaso, a ministra da Defesa da Geórgia, Tinatin Khidasheli, defendeu que seu país resiste à Rússia numa luta pela defesa da civilização.

    A Georgia está acelerando seu processo de ingresso na OTAN, fato que enfurece Moscou. Para o Kremlin essa adesão prepara um novo conflito armado. Por isso acha que pode intensificar as campanhas de intimidação, os sequestros e as incursões aéreas, alertou o ministro georgiano.

    Segundo ele a Rússia não quer que a Geórgia se consolide como país democrático, próspero e pró-ocidental exatamente junto a fronteiras esquecidas mas permeáveis.

    Em entrevista para o jornal britânico The Telegraph, Tinatin Khidasheli defendeu que a Rússia deveria ser banida da Copa de 2018 por sua vontade de engolir os países vizinhos visando reparar a desarticulação da URSS.

    Desde a guerra inconclusa de 2008, Moscou mantém ocupados os territórios georgianos de Ossétia do Sul e da Abkhazia. No meio de 2015, soldados russos moveram os postos fronteiriços provisórios para se apropriar de um oleoduto georgiano.

    Acresce que a pequena Georgia ocupa um grande lugar no imaginário do comunismo soviético, pois na pequena localidade georgiana de Gori nasceu o ditador soviético Josef Stalin.

    A Georgia denuncia voos de helicópteros russos sobre Gori violando a soberania aérea do país. Também camponeses e catadores de cogumelos da região fronteiriça estão sendo sequestrados por soldados russos com crescente frequência.

    Soldados de Estados Unidos participan en ejercicios conjuntos con soldados de Georgia en la base militar de Vaziani, fuera de Tbilisi, Georgia, el domingo 17 de mayo de 2015. (Foto AP/Shakh Aivazov)
    Soldados americanos participam de exercícios conjuntos com georgianos na base militar de Vaziani, Georgia (Foto AP/Shakh Aivazov)

    “Nós estamos tentando guardar a calma e não reagir. A ideia é que eles estão nos provocando para nos envolver num conflito e ter uma escusa para manipular a opinião pública doméstica e internacional contra a Geórgia”, acrescentou a ministra de Defesa georgina.

    A Georgia está num processo de integração na OTAN que a população aprovou num referendum. Mas esse processo não só irrita Moscou.

    Representantes de países membros da Aliança Atlântica também estão incomodados e até nervosos como o presidente socialista da França François Hollande.

    Essas oposições no Ocidente inspiram ceticismo em alguns, mas a Geórgia está determinada a ir adiante contra sem olhar para as cumplicidades pro-putinescas.

    A Georgia engajou 11.000 soldados em operações da OTAN no Afeganistão. Recentemente o secretario geral da OTAN, Jens Stoltenberg, the Nato visitou o país para inaugurar um centro de treinamento conjunto.

    Stoltenberg elogiou os avanços na modernização das tropas georginas que até poucos anos usavam vetustos equipamentos russos e tinham uma organização burocrática e esmagadora herdada da era soviética.

    Para o Ministro de Relações Exteriores russo, a expansão da OTAN no Cáucaso é um “fator de desestabilização da segurança na região”. Ele se mostrou arrogante mas inseguro.

    OTAN inaugura centro de treino na Georgia. A Rússia diz ser uma provocação:

    Exércitos georgiano e americano fazem treinos conjuntos na república caucasiana:

    Geórgia acusa Rússia de isolar Ossétia do Sul

    “Ação agressiva” da Rússia motiva a maior movimentação militar da OTAN após a Guerra Fria

    1 COMENTÁRIO

    1. Se a Rússia nada pudesse, a Otan tudo poderia. E a tirania do lacaiato saxônico da Casa Branca, sede mundial dos varletes judeus, não teria limites.

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