Nos últimos dias de novembro, uma simpática, histórica e famosíssima cidade da Itália prepara-se para o Natal. Padova, ou Pádua, na versão aportuguesada. Sim, exatamente: a cidade de Santo Antônio, glorioso discípulo de São Francisco de Assis.
Pádua movimenta-se para cercar de júbilo e de arte o principal acontecimento de toda História: Deus se fez homem e habitou entre nós. Presépios de todos os tamanhos, guirlandas primorosas, luzes, árvores de Natal dentro e fora de casa. As crianças já se aprumam, os corais treinam, as cozinhas – ah, e que cozinhas! – vão preparando os ingredientes.
Ora, há um detalhe a considerar por ali: a presença de muçulmanos. Como reagirão a isso? Não se sentirão ofendidos? Como ficarão as relações entre católicos e muçulmanos na vida de todos os dias?
Pois bem. Vejamos se o leitor acerta o que se sucedeu em Pádua este ano. Das duas versões abaixo, qual a que realmente ocorreu?
Versão 1:
O imã – chefe religioso muçulmano da região – declarou ter ficado indignado com a quantidade de presépios este ano, sobretudo nos colégios. Declarou ao jornal Il Matino de 30 de novembro de 2015 (tradução livre do italiano):
“Trata-se de um acinte público a Maomé, e suscita a fúria de Alá. Os filhos do profeta deveriam reunir-se para exigir das autoridades, primeiro por bem, depois se necessário com o uso da força, a retirada de todas as árvores de Natal, guirlandas e corais públicos cristãos, em particular dos colégios. Se o estado é laico, Alá é forte, e isso não podemos permitir.”
O presidente da região do Vêneto, espantado, afirmou à imprensa preferir um acordo de paz com os muçulmanos, apesar de muito minoritários, e pediu que o bispo desse “um passo atrás em favor da paz”, e evitasse os presépios e sinais públicos de Natal, em especial nos colégios.
O bispo, em penetrantes palavras, declarou que como autoridade eclesiástica na cidade do grande Santo Antônio, mandava todos os padres da diocese celebrarem uma novena de reparação às ofensas cometidas contra o Menino-Jesus, e concedia uma bênção especial a toda família que cooperasse com o esplendor do Natal deste ano. Afirmou que deixar de professar publicamente a fé, máxime em terras de Itália, e especificamente de Pádua, era renunciar ao mais elementar direito dos católicos.
Versão 2:
O bispo de Pádua, Dom Claudio Cipolla, declarou em sermão na catedral: “Demos alguns passos atrás para manter a paz e a amizade: cessemos a celebração de Natal nas escolas. O papa Francisco nos pede continuamente para construir um mundo de paz, sem conflitos”.
O presidente da região do Vêneto defendeu a celebração do Natal, respondendo ao bispo: “A tomada de posição do bispo arrisca dar a impressão de que nós cristãos é que somos os fundamentalistas. Não é assim. Façamos um belo Presépio, sem precisar fazer barulho.”
O imã afirmou: “O corão fala de Jesus, de Maria, de maneira que façam o Natal, árvore, presépio, que conosco não há nenhum problema!”
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O leitor já terá intuído: tristemente, a versão 2 corresponde à realidade (Cfr. Il Matino di Padova, 30/11) Acrescento de passagem que em Monza, também na Itália, um padre decidiu suspender a Missa de comemoração do Natal, numa escola… católica! Para não ofender os muçulmanos…
Pergunto:
1 – Como construir um mundo de paz relegando Nosso Senhor Jesus Cristo, o Príncipe da Paz, para a esfera meramente privada?
2 – Por que razão a iniciativa do “passo atrás” teve que vir do Bispo local e do padre da escola, sem que tenha havido qualquer pretexto para tal?
3 – A que ponto se chegou para que um imã, líder religioso muçulmano, faça uma declaração praticamente autorizando a celebração do Natal em um país católico, enquanto bispos e padres a procuram suprimir?
Como não ver o sinal da autodemolição da Igreja, ainda mais tendo em vista que fatos como esses vão se multiplicando pelo mundo?
Gente, mais uma pérola desse papa e vou começar acreditar na teoria da conspiração de que ele é o anticristo.
Há alguns anos, em outra cidade italiana, Assis, em reunião ecumênica do Papa João Paulo II com líderes de diversas religiões ocorrida na basílica de São Francisco de Assis, a imagem de Nossa Senhora de Fátima foi impedida de entrar e crucifixos foram cobertos a fim de não ofender outras religiões, sob o mesmo pretexto. Infelizmente essa é a triste realidade e por mais dolorosa que seja, não podemos fechar os olhos para a crise que habita os meios católicos, sob o risco de não haver mais quem defenda a Santa Igreja da auto demolição que parte do clero insiste em promover.
É o que eu chamaria de apostolado infernal….
é de morte uma coisa destas
No fim de seu artigo, o Sr. escreve “enquano bispos e padres a procuram suprimir”. Gostaria de saber quais são os outros bispos e padres, além do bispo e do padre que o Sr. cita, que procuram suprimir a celebração do Natal. Muito grato.
Vc esqueceu dos BISPOS E SACERDOTES, no Sínodo Extraordinário dos Bispos sobre a família, defendendo o homossexualismo, comunhão a casais de segunda união, além dos tantos maçônicos… A questão não é citar nomes… Mas saber perceber que muitas autoridades eclesiásticas estão perdendo a fé e a piedade…
Mas não podemos esquecer que “as portas do inferno não prevalecerão sobre a Igreja de Cristo!”. Cada um de nós cabe a responsabilidade de vivermos a fim de sermos um, uma só fé, um só batismo, uma só verdade, Cristo Jesus. Só por Ele seremos salvos, quem o negar ou negar sua Igreja não o será(quem vos ouve, a mim ouve”). Busquemos estarmos na retidão das Verdades ensinadas pela Igreja desde sempre, as Verdades que formaram os Santos e foram dignas da vida dos mártires. Esses que não pastoreia segundo Cristo, são apenas a descendência de Judas. E não coloquemos o papa como anticristo, mesmo que um papa ensine um erro o Espírito Santo caminha tudo a santidade dos fiéis(não q o papa Francisco esteja ensinando erros). Ele não é infalível em se tratando de sua opinião. Rezemos sempre por ele. E sempre nos perguntemos de como estamos diante do amor de Deus, estamos fazendo a nossa parte, sendo Igreja? Cuidado em aceitar tudo e cuidado em fechar o coração a moção do Espírito.
” Quem muito reza será salvo, quem pouco reza está em perigo, quem não reza se condena!” “Quem perseverar até o fim será salvo” “ser trigo em meio a joio” Rezemos, façamos penitência, vivamos a mensagem de Fátima. E deixemos os julgamentos para Deus! Que Ele nos proteja! #Deuscuida
Se alguém cristão propor o fim do “Ramadam”, sua cabeça rola de imediato…
O progressismo saído do Concílio Vaticano II é a morte do espírito católico.
Isto é um ato de rendição ao “politicamente correto”! É como se uma minoria cristã, pedisse o fim do “Ramadam” pelos mesmos motivos alegados pelos muçulmanos!