O Natal de outrora tinha uma sacralidade que as novas gerações não fazem ideia.
No meu tempo, já nos dias que precediam o Natal, notava-se certo aroma e certa atmosfera natalina que começava a envolver a cidade. Na rua, homens — aqueles que se tinham na conta de importantes — faziam uma fisionomia de quem não percebia tal atmosfera, mas tomavam o cuidado de não contundir o clima característico dessa época.
No centro velho da cidade de São Paulo, algumas casas que vendiam brinquedos expunham na vitrine um presépio e um gramofone que tocava as músicas natalinas.
Quando chegava a noite de Natal, as famílias começavam a se dirigir em grupos para a igreja. Elas caminhavam devagar e em paz, na noite com as ruas vazias. No interior da igreja, uma luz forte iluminava a rua cada vez que se abria a porta. Ouviam-se alguns cânticos de Natal, tocava-se o sino e iniciava a Missa.
Tinha-se a sensação de uma graça que vinha do alto. Era uma graça tal, que enchia a pessoa de duas disposições de espírito, que parecem incompatíveis, mas que convivem maravilhosamente: a noção recolhida, humilde e enlevada do sublime, e a doçura de quem recebe uma misericórdia sem limites.
Talvez de nada da minha infância eu tenha tantas saudades quanto desse aroma e graça de Natal.
Excertos da conferência proferida pelo Prof. Plinio Corrêa de Oliveira em 5 de janeiro de 1989. Sem revisão do autor.
Tem razão o Sr. João Guilherme Barbedo Marques em classificar de horrível nossa época tão laica… e, propõe resistirmos. Por isto, o titular deste comentário torna público sua resistência transformada em oração ao Menino Jesus: – Pela Ordem Temporal
I
Que pensar oh Senhor neste Santo Natal?
Fique pois de lado tudo que louvou não é …
Também até convém termos vigilância tal,
Quais guardiões em defesa da Fé.
II
Abundantes nos sejam as graças natalinas,
que sempre reservais à toda Cristandade .
E, quantas Nações há que parecem ruínas…
Devastadas por leis fruto da laicidade…
III
Tudo vedes, não há, pois que demonstrar,
os fatos aí estão na mídia a atestar.
Aonde, pois chegará tamanha maldade?
IV
Estendei Vossa Mão, salvai a Civilização.
Restaurai tudo já. Eis nossa oração!
Pela Ordem Temporal plena em Sacralidade.
Simplesmente maravilhoso.
E Plinio Correa de Oliveira não chegou a ver, mas talvez já sentisse, o deserto em que vivemos.
Um deserto horrível, mas onde começam a despontar algumas luzes alvissareiras, cada vez em maior número. será que já chegamos ao fim do poço de onde apenas nops podemos elevar?
Só há uma forma de confirmar: RESISTIR! E vós ajudam-nos de forma maravilhosa, a resisitir