Cancelaram-se voos e diversas atividades, fecharam-se metrôs, estradas e estabelecimentos públicos, mas a March For Life seguiu corajosamente em frente, em defesa do nascituro e da família tradicional. A nevasca de proporções históricas que atingiu Washington — uma das maiores já registradas na região, qualificada como um fenômeno “apocalíptico” — não foi capaz de arrefecer o ânimo dos manifestantes.
Assim, na gélida 6ª. feira (dia 22) da capital norte-americana, essa grandiosa “Marcha pela Vida” desafiou não só a mídia esquerdista, que sugeria o cancelamento do evento, mas também o clima tremendamente hostil.
Com muito êxito e obtendo um crescente número de jovens, a Marcha vem sendo repetida anualmente desde 1973 — ano em que foi aprovada, por decisão da Suprema Corte, a lei do aborto nos Estados Unidos — e seus organizadores prometem que ela continuará até a revogação da “decisão Roe x Wade”, a lei assassina que já permitiu a morte de milhões de bebês em gestação no ventre materno. Essa revogação, os organizadores esperam que ocorra no próximo ano, com a eleição de um presidente inequivocamente anti-abortista.
Muitos pensavam que neste ano, devido às históricas nevascas e às naturais dificuldades de transporte para se chegar a Washington, o evento seria cancelado. Contudo, enquanto abundante caía a neve, dezenas de milhares de manifestantes marchavam. O intenso frio, longe de congelar os ânimos, contribuiu para que eles desfilassem com redobrado entusiasmo, bradando slogans e ostentando faixas em defesa da instituição familiar. Muitos cartazes faziam alusão ao recente escândalo descoberto na Planned Parenthood, uma organização internacional transformada numa macabra indústria que comercializa fetos abortados em suas clínicas. (A respeito, para conhecer mais clique aqui).
Como nos anos anteriores, mais de 100 membros da Sociedade Americana de Defesa da Tradição, Família e Propriedade (TFP) participaram da Marcha. Participação que contribuiu para dotar o evento de um charme grandioso, conferido pelos estandartes auri-rubros e a fanfarra, que tocando hinos americanos auxiliou a aquecer o ânimo dos presentes.
Na ocasião, a TFP americana distribuiu um comunicado intitulado “Combatendo o aborto em seu núcleo: Um apelo à restauração da Ordem”, segundo o qual combater o aborto importa também impedir a expansão de todos os germes destruidores da família e da sociedade em geral, como o divórcio, o controle artificial da natalidade, o “casamento” homossexual, a eutanásia etc. E, assim, lutar pela restauração dos valores morais e culturais da Civilização Cristã, fundada nos princípios da lei natural e dos Dez Mandamentos da Lei de Deus. [O documento pode ser obtido (em inglês) clicando aqui].
Acima, fotos da recente March For Life. Elas me foram encaminhadas por um amigo brasileiro que, tremendo de frio, teve a ventura de participar do evento contra a hedionda “matança de inocentes”. Mas suas fotografias não saíram tremidas… Pelo contrário, ele fez excelentes fotos. No final, assista ao vídeo dessa colossal manifestação que, para variar, a grande mídia brasileira “não viu”…