Luis Dufaur
Grandes grifes de New York reeditaram para o verão modelos de 1910, 1949 e 1957.
A casa Eddie Bauer relançou jaquetas de 1950 para pilotos e alpinistas . A L.L. Bean vende, entre outras, roupas para caça modelo 1914.
As grandes casas vasculham seus arquivos, escreveu “The New York Times”, na esperança de reeditar modelos clássicos que atendam às exigências dos consumidores e aumentem as vendas.
“É quando as pessoas estão insatisfeitas com o presente que elas começam a apreciar o passado ou sentir nostalgia dele”, disse Nigel Hollis, analista chefe da firma de pesquisas Millward Brown.
As empresas confirmam que os produtos “vintage” se vendem mais que o projetado, embora os preços desses sejam mais altos.
“Algo importante ocorre no mercado e na mentalidade dos consumidores dos EUA e leva as pessoas a aderir às marcas que remetem ao passado”, disse Neil S. Fiske, executivo-chefe da Eddie Bauer, que lançou artigos “heritage”. “As pessoas querem coisas que tenham longevidade.”
Segundo as grifes, este procedimento já foi tentado anteriormente, mas nunca na atual escala .
A L.L. Bean guarda na velha casa vitoriana do fundador da empresa, em Maine, salas repletas de roupas, botas e catálogos da empresa de um século de existência.
E agora esses modelos voltam à venda.
O presidente da Land’s End, Nick Coe, explica que “os hábitos mudaram seriamente em relação ao consumo desenfreado da década passada. Não se procura necessariamente economizar, mas artigos de valor real.”
Faço uma ponte entre este artigo e o “As três grandes mentiras de Hollywood”. Neste o articulista reproduz a afirmação de que Holywood repassa para o mundo uma noção errada do que é os EUA para justamente deformar na cabeça das pessoas. Aqui neste artigo mostra uma idéia de que os norte-americanos têm uma nostalgia do passado. Eu afrimo que é na realidade uma nostalgia dos VALORES do passado que justamente Hollywood tratou de apagar.