Luzes de Cristandade persistem na “Cidade Luz”

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Quem, nunca, em algum momento da vida, não ouviu falar de Paris?

Quem nunca desejou conhecer Paris, a “Cidade Luz da Cristandade”, que em meio àquelas luzes de Esplendor, de Grandeza e de Nobreza continuamente convidava os homens de séculos passados e mesmo de nosso século para o mais alto, para o mais nobre, para o mais sublime da esfera temporal?

1Por que são tantos os que desejam conhecer Paris, que se apresenta aos olhos do homem de hoje com aquelas construções luxuosas que se levantam no horizonte da grande Avenue des Champs-Élysées (imagem ao lado), fazendo contraste com o modo miserabilista de viver de nossos dias, tão difundido por certas correntes comuno- ecologistas ou então “progressistas” da esquerda católica?

Por que são tantos os que desejam conhecer Paris, que  aos olhos de muitos  pode parecer antiquada, com aquelas catedrais góticas, com aqueles palácios e construções religiosas que evocam um passado em que um Deus transcendente – o Deus pessoal, o Deus da teologia católica, o Deus de São Tomás de Aquino, de São Pedro e  dos Papas que o sucedera, eterno, criador do Céu e da Terra – era a razão de ser e o centro de todos os atos do homem medieval?

Diante de Paris: três tipos Humanos

Simplificando podemos dizer que são três os tipos humanos levados a visitar Paris:

O primeiro tipo humano é constituido por aquelas pessoas que, aproveitando as férias de fim de ano e motivadas por comentários que ouviram de seus parentes, amigos ou vizinhos sobre Paris, dizendo ser uma cidade repleta de bons restaurantes, museus para visitar, construções modernas, enfim, um lugar onde a comodidade e o bem-estar da vida material sobressai sobre o espiritual, vão visita-lá.

Quando chegam em Paris…que supresa!

Percebem que Paris não é só restaurantes, museus e construções modernas. Não! Paris se apresenta a eles com todo o seu charme, com todo o seu encanto, com aquele    “bonne affaire” de um bom parisiense.

Estes, diante desse quadro, podem se deixar elevar pelas maravilhas de Paris ou deixar-se levar, como seus vizinhos disseram,por aquele mundo construído sobre a Paris real, um mundo onde a culinária francesa foi substituída pelos McDonald’s, os palácios do Ancien Régime por edifícios modernos sem expressão, a arte da conversa, tão cara aos franceses, substituída pelo ilusório do mundo Hollywoodiano, com grandes salas de cinema espalhadas por toda cidade. Que, também estas, vão sendo tragadas pela televisão e pela internet.

De tudo isso nos vêm à mente as palavras de Nosso Senhor:

“Conheço as suas obras, sei que você não é frio nem quente. Melhor seria que você fosse frio ou quente! Assim, porque você é morno, nem frio nem quente, estou a ponto de vomitá-lo da minha boca.”[1]

O segundo tipo humano é o da “quarta revolução”[2],ou seja, os hippies, punks e assemelhados, que vai a Paris não para se deslumbrar e admirar o que é  admirável em Paris, mas sim, vai a Paris para se embeber do lado ruim de Paris, embeber-se da decadência em que agora se encontra Paris.

Estando em Paris, ele procura o prazer, a imoralidade e o ateísmo,  representados por meio de Shows de Rock, casas de músicas, boates e pecados de toda ordem.

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Santa Joana D’Arc

Mas, no fim da noite, saindo do submundo de Paris vê diante de si a pureza de uma Santa Jona D’Arc, representada num monumento na rue de Rivoli(imagem ao lado) quando o sol, nos seus últimos lampejos se projeta sobre seu busto, majestosamente montada num grande cavalo; ou então passando em frente a Sainte-Chapelle ( imagem 2 )  localizada na Île de la Cité, ( imagem 3),  repleta de vitrais que parecem produzidos por mãos de anjos, ai bate em sua alma um desejo do maravilhoso.

Talvez possa corresponder, pelo mesmos por alguns minutos, à graça que Deus  lhe dá para poder se converter. Outros ainda, olhando para tais maravilhas, as odeia; e se alguma ordem que resta neste mundo não o impedisse de destruir tais monumentos, ele o faria, porque escolheu um caminho completamente oposto àquilo que vê.

O terceiro tipo humano é o do católico inocente,conforme o definiu Plinio Corrêa de Oliveira[3]. Este não vai a Paris só porque  alguém lhe diz que Paris é assim ou daquele jeito…ele não havia a Paris para afundar nos prazeres.

Pelo contrário, ele vai a Paris para de alguma forma ver com os olhos de uma alma inocente aquilo que a Fé lhe diz através dos ensinamentos da Santa Igreja Católica

Apostólica e Romana, representados de uma forma simbólica na Catedral de Notre-Dame, ( imagem 3 ) uma “Igreja de uma beleza perfeita, alegria do mundo inteiro.”[4]

Ele se encanta, ele admira, contemplando – conscientemente ou não – a ordem temporal na sua saraclidade. E, admirando, grau em grau ele cresce no amor de Deus e de sua Criação.

Paris: Nobreza, Grandeza e Esplendor

Paris, a Paris católica, a Paris dos sublimes, das catedrais, dos ambientes que se exprimem mais pelos imponderáveis do que pelas coisas palpáveis, entretanto tão esplêndidas, essa Paris, é a Paris da Nobreza, da Grandeza e do Esplendor que existiu na Cristandade medieval, e cujos restos subsistem apesar de tudo.

É esta Cristandade medieval que ainda atrai os turistas de todo orbe e é esta Paris que os seguidores de Plínio Corrêa de Oliveira existentes na França, confiantes na vitória de Maria, que tudo pode reconstruir para que nesta Terra se realize aquilo que se reza no Pai-Nosso: “Venha a nós o vosso Reino, seja feita a vossa Vontade, assim na Terra como no Céu.”

 

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Imagem 1
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Imagem 2
Notre-Dame de Paris and Île de la Cité at dusk
Imagem 3

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[1] Apocalipse 3:15,16

[2] Para melhor entender  no que consiste a “QUARTA REVOLUÇÃO”  indicamos a obra mestra de Plinio Corrêa de Oliveira – Revolução e Contra-Revolução. (http://www.pliniocorreadeoliveira.info/RCR.pdf )

[3] O inocente tem uma “ânsia insaciável de subir, subir sempre. Pois em tudo, com ardor, ele está sempre procurando motivos para subir, galgar cada vez mais, rumo ao plus ultra, cada vez mais verdadeiro, mais belo e mais luminoso.” – Livro: A Inocência Primeva e a Contemplação Sacral do Universo. ( Plinio Corrêa de Oliveira )

[4] Plinio Corrêa de Oliveira, palestra para sócios e cooperadores da TFP: http://www.pliniocorreadeoliveira.info/DIS_A%20Catedral%20de%20Notre%20Dame_%C3%A1udio.htm#.V2R0yo-cHDc

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