O embaixador da China na Zâmbia saiu apressadamente para desmentir insistentes afirmações na imprensa e nas redes sociais segundo as quais a China estaria vendendo carne enlatada de cadáveres humanos em supermercados da África, noticiou o jornal “La Nación” de Buenos Aires.
“É uma acusação totalmente maliciosa e vil. Para nós é completamente inaceitável”, disse o embaixador Yang Youming.
O desmentido não teve muito eco nem aceitação, persistindo a dúvida.
O fato, que levou a um desmentido que mais suja do que limpa, nasceu das declarações de uma empregada oriunda daquele país africano e que trabalha numa fábrica processadora de carne na China.
O depoimento foi feito a um jornal da Zâmbia e o nome da mulher não foi divulgado. Ela alertou a seus compatriotas para não comprarem corned beef enlatado na China.
O corned beef é um tipo de carne bovina cozida e tratada com salmoura, vendida comumente enlatada.
A entrevistada garantiu que as empresas chinesas recolhem cadáveres humanos para misturar sua carne em produtos destinados ao mercado africano.
O jornal citou testemunhos segundo os quais “a prática de incluir carne humana se deve a que a China reserva a carne de melhor qualidade para os mercados de países mais ricos”.
Nas redes sociais circularam fotos que mostrariam “carne humana”. As fotos foram desmentidas por um site dedicado a investigar rumores que circulam na internet.
O vice-ministro da Defesa da Zâmbia, Christopher Mulenga, deplorou o acontecido. A China financia importantes projetos de infraestrutura no país africano.
Mas há muito ressentimento popular, porque os empregados africanos acusam as empresas chinesas de não cuidarem da segurança dos trabalhadores e de pagarem ordenados ínfimos.
Acresce-se que o governo comunista chinês vem sendo responsabilizado nos últimos anos por uma série de atentados contra a segurança alimentar na própria China.
Em 2015, a imprensa chinesa anunciou o confisco de toneladas de carne bovina, suína e avícola destinadas à alimentação humana e que teriam ficado congeladas durante 40 anos.
Houve também denúncias de substituição de carne de cordeiro por carne de rato, bem como de leite contaminado com agrotóxicos.
Em 2014, um jornalista chinês filmou trabalhadores processando carne com ausência total de higiene.
A filmagem aconteceu na planta da Husi Food, de Xangai, uma subsidiária da empresa americana OSI Group. Os funcionários apareciam recolhendo pedaços do chão e se queixando que cheiravam a podre.
A fábrica era uma das provedoras da rede McDonald’s, que tem mais de 2.000 lojas na China.
De fato, as autoridades de Xangai acharam na fábrica milhares de produtos vencidos que foram reempacotados com novas datas de vencimento.
Por esto urge la solidaridad en seguridad y libre comercio del Pacifico contra expansionismo Maoista.