Igualitarismo socialista
A propósito do igualitarismo socialista, cabe citar textualmente trecho do trabalho do Prof. Plinio Corrêa de Oliveira condenando o projeto autogestionário do Partido Socialista francês:
“Os princípios econômicos vigentes do Ocidente, mesmo quando tenham dado ocasião a abusos, emanam da própria natureza humana. Eles podem caracterizar-se, resumidamente, pela afirmação de legitimidade da propriedade individual, bem como da iniciativa e do lucro privados.
“Os socialistas se propõem, no entanto, implantar outro sistema econômico, orientando para outras finalidades e a partir de outros incentivos.
A idéia do que eles qualificam de lucro só para (alguns) deve substituir-se progressivamente pelo critério da utilidade social, determinada pela vontade soberana do povo.
Ou seja, os socialistas, como os comunistas, afirmam que o indivíduo existe para a sociedade, e deve produzir diretamente, não para seu próprio bem, mas para o da coletividade a que pertence.
“Com isto, o melhor estímulo do trabalho cessa, a produção decai forçosamente, a indolência e a miséria se generalizam por toda a sociedade. Com efeito, cada homem procura pela luz da razão como também por um movimento instintivo contínuo, possante e fecundo, prover antes de tudo as suas necessidades pessoais e às de sua família”.
Prossegue Plinio Corrêa de Oliveira: “Quando se trata da própria conservação, a inteligência humana mais facilmente luta contra suas limitações, e cresce tanto em agudeza como em agilidade.
A vontade vence com mais facilidade a preguiça e enfrenta com maior vigor os obstáculos e as lutas. Em suma, o trabalhador atinge o nível de produtividade quantitativa e qualitativamente correspondente as reais necessidades e conveniências sociais.
“É a partir desse impulso inicial – túmido de legítimo amor de si e dos seus – que o homem projeta as ondulações mais largas do amor ao próximo, as quais devem abarcar, em última etapa, todo o corpo social. E assim, sua atividade, longe de beneficiar apenas o seu pequeno grupo familiar, toma amplitude proporcionada à sociedade.
“O socialismo, abolindo este primeiro estímulo natural e poderoso do trabalho, e instaurando, pelo contrário, um regime salarial cada vez mais igualitário, no qual os mais capazes não vêem compensados proporcionalmente seu maior serviço, instila o desânimo em todo trabalhador. Assim, todo o jorro da força de trabalho nacional se torna baixo, fraco, insuficiente, como acontece de modo tão evidente na Rússia e nos países satélites…”
“Importa acentuar aqui a força do estímulo da desigualdade e o efeito depressivo da igualdade geral, bem como das desigualdades microscópicas.
Numa sociedade igualitária, é inevitável que o ganho do trabalhador tenha um teto, igual para todos, ou tetos muito pouco desiguais. Quanto nela seja pequeno essa desigualdade, torna-se patente se a compararmos as desigualdades de tetos do regime socioeconômico em vigor no Ocidente.
“Convém ponderar que, pela própria natureza das coisas, a capacidade de trabalho varia imensamente de homem para homem, e que a produtividade global do trabalho de uma nação supõe o pleno estímulo de todas as capacidades, notadamente a dos supercapazes”.
“No regime socioeconômico em vigor no Ocidente, os horizontes para as legítimas ambições dos supercapazes são indefinidos. Postos eles a caminho, estimulam de proche en proche toda a hierarquia das capacidades necessariamente menores, as quais têm também, diante de si, possibilidades de êxito proporcionadas.
Limitando o surto dos supercapazes ou dos capazes, o ímpeto de produção do trabalho diminui. Aliás, onde os supercapazes efetuam um trabalho menor do que suas forças, os capazes são, por sua vez, desestimulados, e todo o nível de produção baixa.
“O igualitarismo conduz, assim, e necessariamente, a uma produção inferior à soma das capacidades de trabalho de um país. E tanto menor quanto esse igualitarismo for mais radical”.
Só queria dispor um artigo do sr. Aristóteles Drummond, em que o grande jornalista oferece sugestões preciosas para a implantação de um autêntico regime de livre empresa no Brasil.
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LISTA EMPRESARIAL
Aristóteles Drummond
O empresariado – e o investidor incluído – precisa mandar um recado curto e grosso para o novo governo a se instalar em janeiro próximo. Em primeiro lugar, não é possível essa carga fiscal, a maior entre os países em desenvolvimento, muito menos a legislação trabalhista desestimuladora do investimento e do emprego. Algo deve ser feito logo nos primeiros cem dias, seja qual for o eleito.
Revitalizar o mercado de capitais como maneira de fortalecer as empresas, baixar custos financeiros, captar recursos para investimento no aumento ou modernização da produção exige o fim do Imposto de Renda sobre ganhos obtidos em bolsa, dando ao brasileiro a mesma condição do investidor internacional. Mesmo porque o governo sabe que muito do dinheiro que entra na BOVESPA como estrangeiro é de titularidade de nacionais, estimulados a investirem como se estrangeiros fossem. Assim, as empresas poderão promover captações milionárias para garantir o crescimento e até financiar obras de infraestrutura por meio da poupança nacional. A chamada da Petrobrás mostrou que existe mercado para boas ações.
Na questão fiscal, basta aperfeiçoar a arrecadação para diminuir a economia informal, a pirataria, a fraude, aumentando a base e, assim, melhorando o recolhimento e desonerando o empreendedor. Tudo coisa sabida e esperada em um início de governo com vontade política e sem preconceitos ideológicos. Nesta área fiscal, caberia ainda uma anistia ampla, geral e irrestrita, para aumentar o PIB e as reservas que começam a cair e a serem observadas pelos mercados. Estima-se que poderíamos repatriar pelo menos 50 bilhões de dólares, dos 150 que estariam no exterior, apesar da moeda valorizada .
No Judiciário, as coisas têm andado até com certa eficiência neste último ano do governo Lula. Bastaria um prazo para liquidar para valer os processos mais antigos, dar uma solução aos precatórios – como o governador Sérgio Cabral fez no Rio –, fortalecer a sumula vinculante e exigir produtividade a juízes, que teriam prazos para liberarem processos. Aliás, no chamado “engavetamento” está uma das formas de corrupção mais usuais no Judiciário, pois depende do poder de persuasão do litigante mais poderoso e influente. Outra questão pouco transparente e que a sociedade sabe esconder negócios escusos são as liquidações de empresas – bancos, pelo Banco Central, e seguradoras, pela SUSEP – que se arrastam anos e anos, pagando bons salários a liquidantes e honorários generosos a advogados. E até hoje nada é mexido. As varas de falências deveriam sofrer uma auditoria e os juizados terem prazos para colocarem os ativos em hasta pública e não ficarem usando até de automóveis das massas falidas. Tudo depende de vontade política apenas.
Os empresários querem muito pouco dos governos. No fundo, querem condições para trabalharem, empregarem, pagarem impostos e, se possível, ganharem algum dinheiro. Mas sem gastos com burocracia e corrupção. O novo governo pode começar atendendo a estes modestos reclamos.
http://www.aristotelesdrummond.com.br/lista_empresarial.asp
Acima de discussoes de cunho ideologicos, no cerne da matéria em tela, ref.ao agro-negocios a nivel mundial.
A Humanidade nesat segunad deácad do sec.21 necessita cada vez mais de alimentos e AGUA, e tais fontes de produção estão se escasseando devido a destruição evrtiginosa do meio ambiente e de politicas erroneas e pseudo ecologicas em defesa de tais mesmas ideologias de cunho neoliberais e etc..
Assim sendo caso nao haja GESTÃO efetiva,competente e inteligente de tais dois suportes a vida humana a decadencia social se tornara inevitavel e conflituosa com guerras na disouta por espaços geograficos de produção de alimentos (terras agriculturaveis) e de manancias aquiferas do qual o Brasil como nação dita do G20, por seu grande espaço geografico é prodigo no planeta.
No mais o resto pragmaticamente falando é mera e tola vã filosofia, a bem da verdade diante dos fatos reais acima,sem viés de sinistroses ….