Uma previsão do tirano Fidel Castro sobre o seu destino eterno

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    A doutrina moral da Igreja ensina que não se deve desejar a condenação eterna de ninguém, nem sequer dos piores malfeitores. Muito menos a deseja o supremo Juiz, Jesus Cristo: “Porque Deus amou tanto o mundo, que deu seu único Filho, para que todo aquele que creia nele não pereça, mas tenha a vida eterna (São João, 3, 16). É doutrina de fé que até o último momento da vida Deus dá ao homem a possibilidade, através de sua graça, de arrepender-se de seus pecados e salvar sua alma.

    “Quem vai para o inferno?” – perguntou certa vez inesperadamente um jornalista ao Prof. Plinio Corrêa de Oliveira. Ao que o líder católico respondeu, de modo imediato e concludente: “Os que querem ir”.

    Parece que este era o desejo de Fidel Castro, que acaba de comparecer diante do terrível juízo de Deus. Em declaração ao diretor do canal France 2 – com blasfêmia contra o Céu incluída –, o velho tirano previa qual seria o seu destino eterno:

    fidel-castro-0000-300x238“Você sabe, eu irei para o inferno, e sei que o calor ali será insuportável, mas será menos doloroso do que ter esperado tanto esse Céu que nunca cumpriu suas promessas… E depois, chegando lá encontrarei Marx, Engels, Lênin. E encontrarei também você, porque os capitalistas também vão para o inferno. Sobretudo se desejam gozar a vida!” [1].

    Por que Fidel previa a sua condenação? Esta outra declaração dele, na Universidade de Havana, poderia ser a resposta: “Não cairemos no erro histórico de semear o caminho com mártires cristãos, pois bem sabemos que foi o martírio que deu força à Igreja: nós faremos apóstatas, milhares de apóstatas [2].

    Trabalhar para a apostasia dos católicos não é trabalhar para a própria condenação? Quem se entrega a esse propósito não se converte em uma prefigura do Anticristo?

    É possível que o ex-tirano vitalício tenha aludido à sua condenação eterna para zombar-se do entrevistador. Mas seu passado criminoso não autoriza muita brincadeira sobre o tema.  Desde que iniciou sua carreira de agitador comunista na América Central, depois como incendiário no “bogotazo” de 1948, mais tarde tomando o poder em Cuba (com apoios, diga-se de passagem, no Departamento de Estado norte-americano) e implantando sua sangrenta ditadura – da qual quis semear réplicas em toda a América Latina e até na África –, que julgamento todo esse rastro de morte e de miséria terá merecido do Supremo e Eterno Juiz?

    Por isso os elogios fúnebres feitos ao finado tirano soam falso. Vladimir Putin — sobre cuja enigmática personalidade tantos e tantos ocidentais persistem em enganar-se, apesar de ele ter admitido que continua sendo comunista —, exaltou Castro  como  “amigo sincero e confiável” e “distinto homem de Estado”, encarnação dos  “mais altos ideais como político, cidadão e patriota”. A presidente do Chile, Michelle Bachelet, definiu-o como “líder pela dignidade e justiça social em Cuba e América Latina”, esquecida talvez da exportação maciça clandestina de armas russas para seu país, feita por Fidel para facilitar um sangrento autogolpe de Allende em 1973, finalmente debelado. E Lula da Silva, num alarde de cinismo, qualificou o pior ditador da América Latina de lutador contra “as ditaduras” do hemisfério! Uniram suas vozes a esse coro de adulações póstumas que não convencem ninguém, começando por eles próprios, os “camaradas” Maduro, Correa e Ortega.

    Mas esse coro estridente e falso é inútil: a História não o registrará. Como o  disse bem o  parlamentar peruano Carlos Tubino, “o sátrapa Fidel Castro, grande violador dos direitos humanos, escapou da justiça do mundo, mas não da de Deus”  [3]

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    Notas: 

    [1] Entrevista a Jean-Luc Mano, director de informações de France-2, “Paris Match”, 29-10-1994 (destaques nossos).
    [2] Cfr. JUAN CLARK, Cuba: mito y realidad, Edições Saeta, Miami-Caracas, 1a. ed., 1990, pp. 358 y 658.
    [3] http://elcomercio.pe/politica/actualidad/politicos-peruanos-se-pronuncian-sobre-muerte-fidel-castro-noticia-1949274/7

    (*) Fonte: www.tradicionyaccion.org.pe, 27-11-2016. Matéria traduzida do original espanhol por Hélio Dias Viana.

    5 COMENTÁRIOS

    1. Muito bom esse comentário.Quanto a personagens bíblicos como Caim e Judas fica claro a sua
      condenação eterna,pois foram impenitentes até a morte o que parece ser o caso de Fidel.

    2. Comparar Bartolomeu dos Mártires com o tirano e assassino de católicos Fidel?……… João… Nem comento essa blasfêmia consciente ou inconsciente que tu fizeste.

    3. Disiento respetuosamente con el preopinante. Me parece un excelente artículo. En el mismo, no se prejuzga sobre el sentido de la decisión de Nuestro Señor Jesucristo en el juicio particular de Fidel Castro; ésto se aclara expresamente. El contenido de la publicación nos ilustra sobre la maldad del ex-tirano cubano y el abismo de miseria en que cayó; al punto que ya no le importa ir al infierno. Ello es altamente docente. Con el debido respeto, me parece un poquito sentimental la postura del Señor Barbedo Marques

    4. Este tipo de artigos é muito desagradável. É uma coisa que não se deve discutir, porque nós não sabemos nada. Sabe Deus e aquele que acabou de morrer. Não podemos jogar aos dados e advinhar.

      O Beato Bartolomeu dos Mártires, arcebispo de Braga no tempo do Concílio de Trento, onde se notabilizou pelas suas intervenções, era, à luz do povo, um santo. Tinha uma vida admirável.
      Morreu e começou-se a preparar o reconhecimento da sua santidade.
      Entre os livros que tinha publicado, havia um em que Frei Bartolomeu dizia que Judas Escariotes tinha sido condenado ao inferno.
      Quando em Roma se estudava a causa da santificação, apareceu este texto. Suspenderam-se os trabalhos e pediu-se a Braga que esclarecesse o assunto. O esclarecimento foi dado, mas o navio que o levava a Roma afundou e o esclarecimento nunca chegou a Roma. Frei Bartolomeu naõ foi santificado.
      Passados 400 anos, o Cardeal da Causa dos Santos retomou o processo e Frei Bartolomeu dos Mártires foi declarado Beato, primeiro passo para a santificação.

      Embora não se possa fazer comparação, a vida de Judas não teria sido melhor do que a de Fidel. A nós só cabe esperar que Fidel se tivesse arrependido convictamente e tivesse achado graça perante o Senhor. Isto representaria uma vitória para Deus e para todos nós, à luz da Comunhão dos Santos

      • Prezado Sr. João
        como se vive, assim se morre, Dizem as Sagradas Letras. Portanto, concluir, pelas próprias blasfêmias além da conduta de vida, que o ditador cubano perdeu eternamente a sua alma está em acordo com o melhor sentimento cristão. “Talis vita finis ita”.

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