O governo russo teria montado um atentado para assassinar o primeiro-ministro de Montenegro, Milo Djukanovic, revelou “The Daily Telegraph”, citando fontes do Foreign Office.
Os dados da investigação foram revelados com detalhes em fevereiro (2017).
Moscou teria excogitado um golpe contra o Parlamento na véspera do ingresso do pequeno país na NATO.
Para o ministro russo de relações exteriores Sergei Lavrov, a culpada pelas tensões é a NATO que, segundo ele, é uma “instituição da Guerra Fria” cujo expansionismo estaria forjando níveis de tensão sem precedentes na Europa nos últimos 30 anos. A Rússia seria inteiramente inocente.
O crime deveria ter sido perpetrado em 16 de outubro de 2016, mas fracassou quando um dos assassinos contratados, o ex policial montenegrino Mirko Velimirovic, se arrependeu e denunciou a trama poucas horas antes de sua efetivação.
Dois agentes da inteligência militar russa, Eduard Shirokov e Vladimir Popov, estão sendo procurados pela Interpol.
Eles teriam recrutado uma rede de nacionalistas sérvios capitaneados por Aleksandar Sindjelic, implicado em operações separatistas na Ucrânia, para executar um maquiavélico e sanguinário crime coletivo. O governo russo teria montado um atentado para assassinar o primeiro-ministro de Montenegro, Milo Djukanovic, revelou “The Daily Telegraph”, citando fontes do Foreign Office.
Os dados da investigação foram revelados com detalhes em fevereiro (2017).
Moscou teria excogitado um golpe contra o Parlamento na véspera do ingresso do pequeno país na NATO.
Para o ministro russo de relações exteriores Sergei Lavrov, a culpada pelas tensões é a NATO que, segundo ele, é uma “instituição da Guerra Fria” cujo expansionismo estaria forjando níveis de tensão sem precedentes na Europa nos últimos 30 anos. A Rússia seria inteiramente inocente.
O crime deveria ter sido perpetrado em 16 de outubro de 2016, mas fracassou quando um dos assassinos contratados, o ex policial montenegrino Mirko Velimirovic, se arrependeu e denunciou a trama poucas horas antes de sua efetivação.
Dois agentes da inteligência militar russa, Eduard Shirokov e Vladimir Popov, estão sendo procurados pela Interpol.
Eles teriam recrutado uma rede de nacionalistas sérvios capitaneados por Aleksandar Sindjelic, implicado em operações separatistas na Ucrânia, para executar um maquiavélico e sanguinário crime coletivo.
Segundo o policial arrependido, o plano consistia em se infiltrarem numa manifestação da oposição, a Frente Democrática, e incitar a multidão a invadir o Parlamento.
Vários nacionalistas sérvios vestidos com uniformes da policia de Montenegro iriam disparar contra o povo exaltado com seus fuzis de assalto.
O mata-mata serviria de paravento e pretexto do crime objetivado: os conspiradores a mando da Rússia tinha a missão de “não só capturar, mas acabar com a vida” do primeiro-ministro pró-ocidental Milo Djukanovic. Assim ficou registrado no depoimento oficial do agente arrependido.
Mias de 20 pessoas foram presas acusadas de terrorismo e “preparação de atos contra a ordem constitucional de Montenegro”.
A intervenção da Rússia nos países da antiga esfera de influência de Moscou com a cumplicidade de simpatizantes putinistas vem se tornando habitual e causa grave preocupação no Ocidente.
O ministro de Defesa montenegrino Predrag Bosković, disse que “não há dúvida alguma” de que o golpe foi montado por oficiais de inteligência da Rússia associados com ativistas nacionalistas locais.
Obviamente o putinismo irrefletido desses nacionalistas favoreceu a trama.
Um dos conspiradores, de nome Nemanja Ristic, fora pouco antes fotografado em pé junto ao ministro do exterior russo Sergei Lavrov em visita à Sérvia.
Moscou vinha tentando intimidar o Montenegro para abandonar o plano de ingresso na NATO.
Também o Kremlin vinha investindo milhões de libras esterlinas para financiar a vitória eleitoral de um partido nacionalista pró-russo que faz apologia das posições de Moscou contra um suposto complô mundialista globalista ocidental, capitalista e pro-americano.
O primeiro ministro Milo Djukanovic acabou sendo substituído por Filip Vujanovic, do mesmo partido. Mas o golpe demonstra “a mudança substancial do Kremlin visando interferir nos países da Europa” que se inclinam para a democracia, explicou o ministro de Defesa britânico Michael Fallon.
Montenegro tem apenas 600.000 habitantes e obteve a independência da Sérvia em 2006, candidatando-se logo para ingressar na NATO e na União Europeia e obter assim um guarda-chuva protetor em face da vingativa política de Vladimir Putin.
O pequeno país possui quase 300 quilômetros de costa no Adriático de alto valor estratégico.
O quebra-cabeça dos Bálcãs voltou a assombrar as relações europeias, patenteando a inescrupulosa atividade dos serviços secretos russos que estão recuperando o protagonismo do tempo da URSS.