As maneiras vão se tornando mais igualitárias, o mobiliário vai se tornando mais igualitário, as pessoas vão se tornando mais igualitárias…
Mas, afinal o que quer dizer igualitário? É um bem ou um mal? Não é alguém com simplicidade e pobreza?
Igualitarismo! Por que falar dele em todo momento? A maioria das pessoas nem sabe exatamente do que se trata. São igualitárias e não o sabem.
Segundo as enciclopédias, é a teoria que sustenta a igualdade absoluta dos homens, ou a atitude daqueles que visam estabelecer a igualdade absoluta em matéria política, social e cívica.
Mas isso é um bem ou um mal? Santo Tomás de Aquino, Doutor máximo da Cristandade, esclarece que a desigualdade é um bem. Analisando as respostas que ele dá, veremos que não apenas afirma que Deus estabeleceu a desigualdade no universo para torná-lo mais perfeito, mas que quanto maior o número de desigualdades, maior a perfeição do universo ou de um determinado conjunto de coisas. É só pensar num jardim, ou buquê, com apenas um tipo de flor… E noutros com as flores mais diversas.
A desigualdade figura como um bem em si na criação. E esse bem em si, existindo também nas obras dos homens, é melhor do que não existir. A desigualdade em si mesma é uma perfeição.
De outro lado, temos igualitarismo, ou seja, o cafajestismo, a vulgaridade, a vileza, a infâmia, a indignidade, a mediocridade, a baixeza. O que nos retém entre uma coisa e a outra? Por que hesitar? Só porque é moda?
Conclusão de Plinio Corrêa de Oliveira: é bom que haja desigualdade, para que haja alguns a quem dar. De onde desaparece exatamente aquilo que é o nervo da Revolução: a ideia de que o homem que precisa é um coitado; de que todo aquele que recebe um favor é um humilhado. Isto é falso. Está na economia da Providência que uns homens recebam de outros.
Arrematando, se vejo uma sociedade muito desigual, afirmo que é bela; cada homem imita a Deus em relação a seus inferiores. A desigualdade é um elemento intrínseco de perfeição da criação. Eis o nervo central dos problemas de nossos dias.