O jornal O Estado de S. Paulo, no dia 25 de Março, publicou a seguinte notícia:
“Censos nacionais dos últimos cem anos mostram que a religião está ameaçada em nove países. Os habitantes da Austrália, Áustria, Canadá, República Checa, Finlândia, Irlanda, Holanda, Nova Zelândia e Suiça, estão cada vez mais longe de qualquer fé. O status econômico dos avessos à religião explicaria sua influência sobre os demais no longo prazo.”C
O que torna essa notícia especialmente apocalíptica é o fato de nela figurarem dois países com sólidas tradições católicas – a Áustria e a Irlanda.
O que se deveria esperar, o lógico, o normal, seria que os episcopados dessas nações se apressassem em desmentir tão insólita informação. Mas tal não aconteceu, ao menos por enquanto. E por qual razão?
A resposta é simplérrima. Acontece que os senhores bispos estão preocupadíssimos, alarmadíssimos, com as ameaças ambientais – a pureza da àgua, por exemplo. Com essa disposição de espírito e com essa fonte de preocupações, compreende-se facilmente seu desinteresse pela pureza dos costumes e pela perda da fé em suas dioceses.
Essa notícia nos remete às lamentações de Nossa Senhora em Fátima (Portugal, 1917) e em Akhita (Japão, 1973): “Se os homens não deixarem de pecar, de ofender a Nosso Senhor Jesus Cristo, virão sobre a Terra castigos terríveis”
O Dr. Lindenberg resume com clareza e objetividade o resultado desastroso do Concílio Vaticano II: a secularização e a caminhada progressiva, aparentemente irreversível, da Igreja e do que resta da civilização cristã ocidental em direção ao abismo. Oremos e unamo-nos, enquanto ainda há uma possibilidade de reverter tal crise, pois os homens de fé e determinação, ainda que dispersos, são muitos, incontáveis, e à medida que seus líderes marcham e avançam, como é exemplo o próprio Dr. Lindenberg, sucessor inconteste do Dr. Plinio Corrêa e Oliveira, as legiões daqueles vão sendo atraídas e engrossando suas fileiras.
Por mais terrível que seja uma hecatombe termonuclear, como o asseverava o Dr. Plinio Corrêa de Oliveira em seu livro “Acordo com o regime comunista – Para a Igreja: esperança ou autodemolição?”, ainda muito mais terrível, infinitamente mais, é a perda da Fé. Pois nossos corpos cedo ou tarde perecerão, mas as nossas almas têm um destino eterno. Nossos pastores deveriam estremecer de um santo temor diante da responsabilidade que recai sobre eles quanto ao destino eterno dos fiéis entregues ao seu cuidado, pois no juízo que também cada um deles prestará a Deus, serão inquiridos não sobre a salubridade da água, mas sobre a salvação eterna de seu rebanho.
Uma vez mais, o dr. Lindenberg nos brinda com seus comentários simultaneamente elegantes e afiados, no melhor estilo Plínio Corrêa de Oliveira, não por acaso seu primo.
Mas permitam-me perguntar aos meus amigos do IPCO, já no tocante à palestra do prof. Ives Gandra Martins sobre o PNDH-3, se ela ficará disponível, logo após o evento, para download.
Acabei de proceder ao ato de inscrição, pensando que a pudesse assistir pela internet, mas desisti tão logo soube que meu nome constaria numa lista na entrada do Colégio de São Bento, onde realizar-se-á o evento.
Desde já, muito obrigado pela atenção.
O “simplérrimo” tem por detrás o maior desastre que possa existir na face da terra: a perda da Fé.