Em Bruxelas, incisiva denúncia do “Projeto Zapatero”

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O Duque Paul de Oldenburg, diretor do Bureau de Bruxelas da Federação Pro Europa Christiana, apresenta Ignacio Arsuaga

No dia 8 de fevereiro, em Bruxelas, a Federação Pró-Europa Cristã (FPEC) recebeu em sua sede o presidente e fundador do movimento espanhol Házte Oír (Faça-te ouvir), Ignacio Arsuaga, para apresentação do livro do qual ele é co-autor: “O projeto Zapatero, crônica de um ataque à sociedade“. A obra denuncia com riqueza de detalhes a agenda do atual governo espanhol, cujo objetivo é deformar os costumes, a moral e a tradição da sociedade hispânica.

Hazte Oír é uma associação civil, criada no ano de 2001, que visa promover a participação dos cidadãos na política. Seu fundador diz estar convencido “de que um grupo pequeno de cidadãos refletidos e comprometidos — com a ajuda de Deus — pode mudar o mundo”.

Estavam presentes à conferência cerca de cem pessoas, entre as quais diversos membros da alta e média nobreza, políticos e personalidades da vida cultural européia.
Por exemplo, Jaime Mayor Oreja, ex-ministro do Interior da Espanha (1966-2001) no governo Aznar e atualmente deputado espanhol no Parlamento Europeu.

Após a apresentação do conferencista pelo duque Paul von Oldenburg, diretor do Bureau de Bruxelas da FPEC, Ignacio Arsuaga iniciou sua preleção afirmando que a revolução promovida pelo governo Zapatero “quer destruir a família, desarticular a Igreja Católica e controlar a mente dos menores, restringindo os direitos e liberdades dos cidadãos”.

Disse ainda que seu livro procura levantar o véu que cobre o verdadeiro rosto da agenda de José Luis Rodríguez Zapatero, atual primeiro ministro do governo espanhol, que “exerce o governo da nação apenas como instrumento para implantar sua ideologia”.

Chamou também a atenção para a aparente contradição da esquerda: “com o hábil argumento da liberdade e dos novos direitos, os esquerdistas criticam a família tradicional, mas reivindicam as ‘novas famílias’, condenam o matrimônio, mas promovem ‘matrimônios’ homossexuais, depreciam a paternidade e o pátrio-poder, mas inventam ‘novos progenitores’”.

Jaime Mayor Oreja, ex-ministro do Interior da Espanha e atualmente deputado espanhol no Parlamento Europeu assina o livro de presença

Uma das mais fortes denúncias contidas em O projeto Zapatero é o que os autores denominam “doutrinação” promovida pelo governo espanhol, utilizando a educação no sentido de formar uma nova geração sem padrões de moral ou valores tradicionais. Tal “doutrinação” induz as crianças a começarem a ver o mundo de uma forma distorcida, o que é sério e está em desacordo com a moral cristã.

Como não poderia deixar de ser, a Igreja Católica tornou-se um dos alvos prediletos do governo esquerdista espanhol, pois, “para subverter os tradicionais valores espanhóis, sua cultura e identidade, os esquerdistas necessitavam previamente promover a extinção do papel público e social da Igreja, enterrada numa espécie de moderna catacumba. Mas mesmo sem querer ou intencionar, a Igreja foi se convertendo em bastião da resistência ante as propostas de subversão dos valores e identidade” (Projeto Zapatero, p. 107).

Tudo isso foi exposto com clareza por Ignacio Arsuaga durante sua conferência. Desenvolveu-se depois um debate com interessantes interpelações do público presente. Um senhor espanhol elencou as leis mais revolucionárias aprovadas em seu país, acusando a inércia da direita que, segundo ele, nada fez para impedir tais abusos. O ex-ministro Mayor Oreja pediu a palavra e afirmou que “a culpa dessa situação é da sociedade em geral e mesmo da Igreja, que nada fez para conscientizar a população; tal culpa não é somente da direita espanhola”. Houve aplausos após ambas as intervenções.

Finda a conferência foi servido um cocktail, ocasião para animada conversa durante a qual todos puderam fazer perguntas ao Sr. Ignacio Arsuaga.

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