Uma solução para Jerusalém: a internacionalização da Cidade Santa

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A respeito do post de ontem, intitulado A quem pertence Jerusalém?, recebi de um colega — tarimbado, brilhante e arguto analista político — este e-mail:

“Li seu substancioso artigo na ABIM. Talvez valesse a pena um adendo. ‘Rebus sic stantibus’, creio seria ainda hoje a posição de Dr. Plinio Corrêa de Oliveira”.

Em vista do recente reconhecimento, por parte dos Estados Unidos, de Jerusalém como capital oficial de Israel, vem muito a propósito o referido adendo, que é uma matéria da TFP publicada na revista Catolicismo (Nº 200 – Agosto de 1967). Ei-la:

Chanceler Informa À TFP: Brasil Apoia a internacionalização De Jerusalém

Com data de 11 de junho (de 1967), a Sociedade Brasileira de Defesa da Tradição, Família e Propriedade enviou telegrama ao Presidente Costa e Silva e ao Chanceler Magalhães Pinto, pedindo que o Brasil propusesse urgentemente, a todos os países latino-americanos, dar apoio conjunto à internacionalização de Jerusalém, segundo o desejo de Sua Santidade o Papa Paulo VI. É o seguinte o texto do despacho:

“Peço a Vossa Excelência que o Brasil proponha urgentemente a todas as nações da América Latina darem apoio conjunto à internacionalização de Jerusalém, desejada pelo Santo Padre Paulo VI.

Essa medida, já múltiplas vezes pedida em solenes Documentos do inolvidável Pio XII, constitui merecida homenagem à Cidade Sagrada, que ficará assim resguardada de futuros riscos.

Corresponde às tradições cristãs brasileiras, bem como a nossos foros de mais populosa das nações católicas, assumir essa simpática iniciativa, a qual será entusiasticamente aplaudida por todos os brasileiros.

Na antecipada certeza da favorável acolhida de Vossa Excelência, apresento cordiais e respeitosos cumprimentos.

Plinio Corrêa de Oliveira

Presidente do Conselho Nacional da Sociedade Brasileira de Defesa da Tradição, Família e Propriedade“.

Em resposta, o Ministro do Exterior telegrafou nestes termos, em data de 7 de julho (de 1967), ao Prof. Plinio Corrêa de Oliveira:

“O Senhor Presidente da República encaminhou-me o telegrama pelo qual Vossa Senhoria solicita o apoio do Brasil à internacionalização de Jerusalém. Apraz-me informar a Vossa Senhoria que o Governo brasileiro tem defendido a tese de que Jerusalém deve ser colocada sob regime internacional permanente que propicie garantias especiais aos Lugares Santos, e nesse sentido expressei-me no discurso que pronunciei perante a Assembleia Geral de emergência das Nações Unidas.

Por outro lado, a Delegação brasileira patrocinou, juntamente com outros países latino-americanos, um projeto de resolução que, entre outros pontos, propõe a internacionalização da Cidade Santa, apoiando a posição da Santa Sé. Atenciosos cumprimentos.

José de Magalhães Pinto”.


Fonte: http://catolicismo.com.br/Acervo/Num/0200/P08.html

2 COMENTÁRIOS

  1. De fato, o Brasil deveria se abster de entrar nessas picuinhas internacionais.

    Como bem citou um representante de Israel na ONU: o Brasil é um anão diplomático.

    Somente temos a perder “tomando partido”, no caso CONTRA Israel/EUA.
    tEMOS de ser “neutros”: todas as nações do mundo praticamente, temos relações

  2. Coçar e trair, é só começar. Internacionalize Jerusalém e a próxima a ter o mesmo destino será a Amazônia. Nesse futuro tudo será internacional e não existirão mais fronteiras. E a Nova Jerusalém de São João, será também internacionalizada?

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