No primeiro exemplar da revista Catolicismo, lançado em 1º de janeiro de 1951, o Prof. Plinio Corrêa de Oliveira publicou uma matéria com o título em epígrafe, na qual ele delineia os objetivos desta publicação. A seguir, um trecho da mesma.
Cumpre desfraldar e firmar em todos os domínios da vida pública e privada o estandarte triunfante da Realeza de Cristo. É este o objetivo com que lançamos hoje Catolicismo. Nossa folha visa contribuir para proporcionar à elite intelectual e às organizações religiosas católicas uma visão sintética dos principais acontecimentos nacionais e mundiais no campo religioso, filosófico, literário, político, social e artístico, completada sempre por uma apreciação feita do ponto de vista da doutrina católica.
Por esta forma, contamos proporcionar à intelectualidade um meio seguro e cômodo de analisar o desenvolvimento da grande tragédia contemporânea — à qual está ligado o Brasil como membro da comunidade das nações cristãs do Ocidente — do único ponto de vista que realmente interessa: na imensa confusão em que vivemos, estamos nos afastando de Jesus Cristo, ou estamos retornando a Ele? Quais as ideologias, os partidos, os sistemas, os homens que aproximam o mundo de Jesus Cristo; quais os que d’Ele o afastam?
“A opinião pública é a rainha do mundo”, escrevia Voltaire. Em nossos dias, esta afirmativa se torna cada vez mais verdadeira. Formar a opinião tem sido o objetivo constante de todas as forças ocultas ou não, que vêm tentando desde o século XVIII, ou quiçá desde o século XVI, a conquista do mundo.
Devemos lutar para evitar o monopólio da opinião por estas forças, instituindo uma imprensa genuinamente nossa, através da qual proclamamos os fatos e os princípios que tantas vezes são negados, ocultados, subestimados, nos ambientes formados pelo espírito laicista, liberal e naturalista e profundamente maçonizado de nossos dias.
Por certo, não faltam mentalidades lúcidas e vigorosas, que por si mesmas possam analisar à luz dos princípios católicos o evoluir da crise contemporânea. Mas essas mentalidades […] são minoria. E mesmo para elas seria insano o trabalho de informação e de análise que um tal estudo exigiria para ser completo.
Catolicismo visa incumbir-se deste trabalho. Acompanhando os fatos pela leitura direta dos jornais e revistas mais interessantes do Brasil e do Exterior, analisamo-los com o concurso de intelectuais católicos em evidência nos maiores centros do País. […]
Seria supérfluo dizer que objetivos tão elevados não são compatíveis com a competição dos interesses privados, das ambições pessoais, do espírito de clã que infelizmente ainda marca tão a fundo a vida política do Brasil. Assim jamais haverá lugar em nossas colunas para considerações direta ou indiretamente tendentes a nos levar a um terreno em que não podemos nem queremos ingressar.
Para ler a íntegra deste artigo:
http://catolicismo.com.br/Acervo/Num/0001/P04-05.html