Atualmente, encontrar uma boa escola é tarefa difícil para os bons pais. Preocupações como o ambiente que seu filho frequentará, suas possíveis amizades e o conteúdo do ensino são questões que eles sempre se põem. No entanto, dificilmente encontram repostas satisfatórias, pois o estado moderno reserva a si mesmo o direito de doutrinar seus filhos, impondo um conteúdo de ensino sem o aval dos maiores interessados na educação da criança: os próprios pais.
Recentemente foi publicado neste site notícias que falam dessa triste realidade. Livros como o de Marcos Ribeiro, “que ensinam a promiscuidade sexual para crianças” e que “estão sendo adotados pelas escolas sem que os pais tenham sequer conhecimento” (1), foi tema de grande discussão, pois o conteúdo dessa cartilha imoral provocou uma sadia reatividade nos leitores. Além disso, estamos diante de uma tentativa de impor um “kit homossexual” às crianças, a partir de 7 anos!
Mas como o ensino chegou a tal decadência? Por que o tutor moderno da educação – o Estado, que teoricamente deveria zelar pelo bem comum da sociedade – busca destruir a inocência de seus indivíduos mais jovens? Haverá um meio razoável de solucionar esse problema que faz com que muitos brasileiros se sintam culpados por não poder dar a seus filhos uma formação adequada, segundo seu nível social? São perguntas que devem ser tratadas com o maior cuidado.
Inicialmente, pesquisando em um artigo do professor Plinio Corrêa de Oliveira, “descobri” que a Igreja Católica moldou a sociedade medieval e deu um contributo intelectual aos homens cujo proveito até hoje os beneficia:
“Foi a Igreja que combateu o analfabetismo medieval. Os clérigos, por toda parte, semearam as escolas monásticas, onde eram instruídos clérigos e leigos. Por outro lado, as universidades que se fundaram, e que chegaram a reunir milhares de alunos, tiveram quase sempre por origem trabalhos da Igreja e seus professores, na grande maioria eclesiásticos. Os conventos foram centros de cultura, onde se estudava profundamente, estando aí guardadas, sendo consultadas e comentadas, as relíquias intelectuais. Foi neles também que se desenvolveram grandes vultos. Nem se diga que a Idade Média não teve sábios e pensadores notáveis. Ela os teve, e na sua maioria foram clérigos, bastando citar São Tomás de Aquino e São Francisco de Assis. (2)
Essa “descoberta” que me deixou perplexo, pois, pelo o que me lembro, sempre ouvi dos meus professores do ensino médio que a Idade Média foi um período de “trevas”.
O conflito pela educação na França
O ensino foi desenvolvido e aprimorado durante mais de mil anos pela Igreja Católica até estourarem, na França, os sanguinários acontecimentos de 1789. A influência do espírito igualitário e anticlerical da Revolução Francesa visava excluir a Igreja Católica da prática do ensino. A Igreja com isso foi perdendo gradualmente o encargo de ensinar nas escolas, passando a função ao Estado encharcado de ideias revolucionárias.
Alguns anos depois da proclamação da primeira república francesa, Napoleão, espalhando os erros da Revolução Francesa por toda a Europa – e conseqüentemente em suas colônias -, além de não devolver os estabelecimentos de ensino à Igreja, criou um monopólio estatal para o ensino superior e uniformizou a educação pública, colocando-a sob o controle da Universidade Imperial por ele fundada.
Três décadas mais tarde, sob o regime da monárquia liberal de rei Luiz Filipe (1830-1848), houve certa liberalização do ensino com a Lei Guizot que permitiu a abertura de escolas privadas, principalmente católicas, mas deixou ainda sob a tutela da Universidade o ensino secundário e o superior.
Em importante artigo para a revista Catolicismo, José Antônio Ureta escreveu:
“Durante a breve II República (1848-1851) foi aprovada uma Constituição que, embora proclamando “o ensino é livre”, acrescentava que essa liberdade se exercia sob o controle do Estado, não admitindo exceções. O que induziu o deputado católico conde de Montalembert a descrever esse monopólio da universidade pública como um “comunismo intelectual”. (3)
Na prática, porém, a Lei Falloux –– assim denominada de acordo com o nome do ministro monarquista católico que a inspirou –– estabeleceu, a partir do chamado Segundo Império (1851-1870), um modus vivendi entre a escola católica livre e a escola pública, dividindo o ensino primário e secundário entre elas, mas colocando-o sob o controle do Conselho Superior da Instrução Pública, do qual participavam quatro bispos católicos. Tal situação de boa vizinhança perdurou durante todo o período de governo do imperador Napoleão III.
Porém, com a queda do II Império e o advento da III República, correntes políticas anticatólicas tomaram as rédeas do governo francês e puseram em prática uma política educacional marcadamente anticlerical. Jules Ferry, um dos políticos mais influentes do regime, várias vezes ministro da Instrução Pública e até presidente do Conselho de Ministros (em 1880), promoveu reformas drásticas para afastar o mais possível a Igreja da educação. Além de instituir o ensino primário obrigatório, eliminou a Religião das escolas impondo a estrita laicidade do ensino, e retirou aos membros das congregações religiosas a licença de ensinar. Ao mesmo tempo, Ferry estendeu até o secundário o ensino público laico e gratuito para as moças.
O objetivo era formar jovens segundo os princípios revolucionários, seguindo o lema de Jean Macé, condiscípulo de Ferry e fundador da Liga do Ensino: “Aquele que tem as escolas da França, tem a França”.
Porém, visando obter o prestígio necessário para atingir esse resultado, a escola pública rivalizava com a escola privada na qualidade da educação oferecida, procurando realizar a utopia de Jules Ferry de “que os camponeses possam recitar Virgílio enquanto sulcam a terra com o arado”.
José Antônio Ureta ressalta em seu artigo:
“Igualmente, em matéria de formação moral dos alunos, os professores laicos rivalizavam com o vigário no intento de educar cidadãos honrados e trabalhadores. Pode-se afirmar que tal ensino público de qualidade, e seguindo padrões tradicionais de moral, perdurou na França até a Segunda Guerra Mundial.”
Mas, depois disso, “…a instrução pública foi dominada por militantes de esquerda (comunistas e socialistas), tanto pelo imenso poder que exerceram a partir de então nos poderosos sindicatos de professores, quanto por terem infiltrado seus elementos em toda a estrutura administrativa do Ministério da Educação. (3)
Notadamente durante a década de 1960-1970, esses detentores das rédeas da educação pública passaram a ter um segundo objetivo revolucionário: promover a igualdade social.
Para atingir seus objetivos revolucionários de eliminar gradualmente as classes sociais, os ideólogos socialistas – especialmente os seguidores de Pierre Boudieu que afirmava ser a escola uma máquina de reprodução das elites – propuseram programas educativos tendentes a fornecer, a todos os alunos, “igualdade de oportunidades” na educação. Isto compensaria, segundo eles, a desvantagem inicial de instrução de que padecem as crianças provenientes de famílias de condição modesta.
Com a vitória do candidato socialista François Mitterrand, em 1981, houve uma tentativa de nacionalizar o ensino privado. Contudo, o projeto fracassou devido à oposição dos pais de família, que realizaram marcha com mais de 1 milhão de participantes, acarretando o abandono da reforma e a queda do ministro de Educação, Savary.
Proposta para um ensino melhor
Após esse resumo que descreve a história da educação francesa conforme seus acontecimentos políticos, nota-se que a atual educação brasileira é muito parecida com a francesa de 1981. Só que na nossa existe algo ainda pior: além de não falarem mais de moral, honra ou bons costumes, ela incentiva, diretamente ou não, a imoralidade, a desonra e os maus costumes.
Essa inversão de valores, se não fizermos nada contra, formará um sociedade completamente vulgar, igualitária e longe dos ensinamentos cristãos. Face a esse problema, o que fazer?
Encontro três sugestões para esse problema:
1º) Nada mais lógico do que moralizar, conforme à Lei de Deus, o ambiente e os temas de estudo.
2º) Favorecer um respeito hierárquico dos alunos para com os professores (infelizmente, nessa matéria, o difícil é convencer os próprios professores).
3º) Mobilizar o maior número de pais dispostos a combater o ensino marxista que deforma nossa História e as consciências de nossas crianças.
4º) Permitir outras formas de ensino. Por exemplo, o homeschooling.
E o leitor? Propõe algo mais?
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Referências:
(1) Daniel F. S. Martins – https://ipco.org.br/noticias/mobilizacao-dos-pais-e-professores-que-querem-defender-o-futuro-moral-dos-filhos-primeiro-passo – acessado em 11 – V -2011
(2) Plinio Correia de Oliveira – http://www.pliniocorreadeoliveira.info/BIO_1936_Pre_Universit%C3%A1rio_14.htm – acessado em 11-V-2011
(3) José Antonio Ureta , Revista Catoliscmo, fevereiro de 2007 – http://www.catolicismo.com.br/materia/materia.cfm?idmat=7A76283C-3048- 560B-1C95B674DB48C141&mes=Fevereiro2007 acessado em 11-V-2011
Fui professor, hoje aposentado. Quando leio sobre tudo isso, e vejo que a coisa está perturbando inclusive as familias, posso sugerir que tudo se inicia em casa, com o pai e a mãe procurando ensinar aos filhos o que acharemde acordo com a verdade e bons costumes. Tudo o que foi dito é válido, mas as escolas se iniciavam dentro dos lares. As primeiras instruções eram dadas pelos pais. Quando dava aulas via que algumas crianças e adolescentes não traziam de casa as tarefas solicitadas. Certamente em casa não havia ambiente adequado aos estudos delas. E no segundo grau dava aula de ensino religioso, mas teria que ter o maior cuidado porque havia na sala alunos evangélicos travados que questionavam as verdades de fé católica. E isso me aborrecia, pois ao tentar esclarecer preferiam suas versões que “aprenderam” com pastores em escolas dominicais. Mas eu tinha minda didática de ensino e conseguia passar a mensagem pelo que sabia verdadeira, pois fui seminarista também.
Mediante a impossibilidade de ensino religioso nas escolas por imposição do sistema politico, sugeri ao Padre local que formassemos catequistas para darem aulas em suas casas. Fariamos uma programação onde pequenos grupos de crianças teriam aulas nas proximidades de suas casas, nas casas das catequistas. Fui catequista em fazendas, quando era Congregado Mariano. Ora nada disso foi dificil para que tem a missão de ensinar, mesmo dentro de seus lares principalmente. Ganha-se a confiança dos filhos que crescem obedientes. Seguem uma rientação biblica como nenhuma outra escola oferece, pois o ensino em casa é dirigido especialmente. Em caso de duvidas ligue para o Padre ou alguém que saiba muito. Para lembrar leiam, por gentileza, Efesios 6 – 1,4. deveres dos filhos e dos pais “FILHOS, OBEDECEI A VOSSOS PAIS, SEGUNDO O SENHOR; PORQUE ISTO É JUSTO. O PRIMEIRO MANDAMENTO ACOMPANHADO DE UMA PROMESSA É: HONRA TEU PAI E TUA MÃE, PARA QUE SEJAS FELIZ E TENHAS LONGA VIDA SOBRE A TERRA. PAIS, NÃO EXASPEREIS VOSSOS FILHOS. PELO CONTRÁRIO, CRIAI-OS NA EDUCAÇÃO E DOUTRINA DO SENHOR.
Observem a palavra “obedecei”, que significa fazer o que é certo, o que é justo; Procurem ter cada um em casa ter a mesma biblia. A minha é da ave maria.
segue uma oração.
ORAÇÃO PARA INICIAR UMA REUNIÃO
SENHOR, NÓS ESTAMOS AQUI REUNIDOS EM TEU NOME, DESEJOSOS DE CONSTRUIR TEU REINO.
QUE O ESPÍRITO SANTO, QUE ENVIASTES AOS NOSSOS CORAÇÕES MANTENHA VIVA TUA PRESENÇA EM NÓS, NOS ENSINE O QUE DEVEMOS REFLETIR E OS PASSOS QUE DEVEMOS DAR, PARA QUE, FORTALECIDOS POR TUA GRAÇA, POSSAMOS REALIZAR TEUS DESÍGNIOS.
SÓ TU, ESPÍRITO SANTO, INSPIRADOR DO NOSSO DISCERNIMENTO, ENSINA-NOS A ESCUTAR OS OUTROS, A NOS DEIXAR ILUMINAR POR TUAS LUZES.
ENSINA-NOS PROPOR E NÃO IMPOR E QUE BUSQUEMOS SEMPRE A VERDADE.
LIVRA-NOS DA CEGUEIRA DE QUEM ACREDITA TER RAZÃO, DOS FAVORITISMOS, DE TODA ACEPÇÃO DE PESSOAS E DA AUTO-SUFICIÊNCIA.
UNA-NOS A TI PARA QUE NUNCA NOS AFASTEMOS DA VERDADE. AMÉM.
ORAÇÃO PARA O FINAL DA REUNIÃO.
SENHOR, NÓS TE DAMOS GRAÇAS POR ESTE ENCONTRO NO QUAL COMPARTILHAMOS NOSSAS ALEGRIAS E ESPERANÇAS, ILUSÕES E DESILUSÕES, PROJETOS E DIFICULDADES.
NÓS TE DAMOS GRAÇAS TAMBÉM POR TUA BONDADE E TUA PRESENÇA ENTRE NÓS.
FAÇA CRESCER ENTRE NÓS O ESPÍRITO FRATERNO, E QUE TENHAMOS UM SÓ CORAÇÃO E UMA SÓ ALMA, E SEJAMOS UMA COMUNIDADE EVANGELIZADORA.
@jairo gouveia
Parabens!!! É isso mesmo!!! QUEM NÃO TEM CAPACIDADE PARA EDUCAR – DENTRO DA LEI DE dEUS – DEVE SER REVELIADO!!!
A meu ver só temos 2 saidas uma seria tira los da escola convencional e grupos de pais montarem a revelia do estado nosso sistema educacional particular e proibir a interferencia deste estado ideologico, pois este estado com estes governantezinhos LAICO E LACAIO tudo com “L” sem patriotismo, só preparam o povo para ser massa de manobra burra para elege los a cada 4 anos sem questionamentos. E a outra seria formarmos uma comissão de pais onde plantariamos na escola grupos de familiares até aposentados, para monitorar oque acontece na escola, e se preciso retira as crianças pois se for para deseducar é melhor não ir a escola.
Estranho muito que pouco se fale sobre a NECESSÁRIA presença da Igreja na educação.
Argumento assim. A formação trata de levar a criança-jovem-adulto à prática do bem, das virtudes (prudência, justiça, temperança e fortaleza) e dos 10 Mandamentos.
Ora, é central na Doutrina que NADA disso é possível SEM os Sacramentos (disponíveis só na Igreja).
Portanto, sem atuação da Igreja os homens não obterão COMPLETA formação, que, aliás, por isso, na verdade, é uma re+formação (redenção).
Lembremo-nos do pecado original, curável apenas no regime cristão bem trabalhado, que começa na família, prossegue na paróquia (1ª Comunhão, Crisma) e na escola (se esta for cristã).
Quando na sociedade havia boa influência da Igreja muita coisa se obteve até indiretamente. Hoje, por efeito da crise pós Vat II, é comum desconhecerem até a simples enumeração dos 10 Mandamentos e a noção das 4 Virtudes básicas. Voltamos em 50 anos à barbárie. Resta um verniz que descasca rapidamente.
Solução. Junto à permissão da Missa extraordinária VOLTAR às práticas católicas de sempre:
catecismo, aquele decorado em perguntas e respostas. Família com terço diário (sem TV). Pais exigindo religião católica na escola, apoiados nisso pelo Bispos. Volta da confissão regular. Padres apoiados, mas acompanhados de perto para que desvios sejam corrigidos a tempo. VOTO CATÓLICO. Essa Nação é nossa. A Igreja sempre respeitou os outros. MAS NADA pode ser contra a Moral Católica que simplesmente são os 10 Mandamentos, obrigatório para TODOS.
Na minha opinião nada impede que as quatro opções se somem. Do que foi exposto nós constatamos o quanto o estado laico é doutrinador e impõe a religião da irreligião. Precisamos mobilizarmos contra esta idéia muito equivocada.
Por ora não tenho sugestão adicional, mas quero destacar principalmente aquela terceira:
“3º) Mobilizar o maior número de pais dispostos a combater o ensino marxista que deforma nossa História e as consciências de nossas crianças.”
De fato, tenho nojo total da “história” recriada, forçada, mentida, despejada pelos marxistas, esta praga que há muitos anos e até hoje tomou o MEC. Eles MENTEM DELIBERADAMENTE sobre a Idade Média, sobre as Cruzadas, sobre a Inquisição, enfim, eles fazem o que lhes é típico: MENTIR, MENTIR, MENTIR, até o ponto de a mentira parecer a realidade.
Quem quiser realmente saber como foi a História, que procure em fontes mais dotadas de isenção. Todo historiador que tenha um mínimo de HONESTIDADE INTELECTUAL sabe muitíssimo bem que a Santa Igreja é a construtora da grande civilização ocidental, a partir da herança judaica (a nossa civilização judaico-Cristã).