A Comissão Pastoral da Terra – CPT elaborou um censo acolhido entusiasticamente pelo comuno-progressismo do mundo inteiro e no Vaticano em particular: o “Atlas de Conflitos na Amazônia”.
Trata-se de números sobre vítimas de conflitos agrários no Brasil. Segundo a CPT, seriam 93.800 famílias envolvidas em 977 conflitos violentos pela terra apenas na região amazônica.
O Atlas volta ao ritornelo: fazer reforma agrária a nível nacional e punir os culpados da violência que obviamente não têm nada a ver com a CPT, livre de toda culpa.
Darlene Braga, representante da CPT carrega a demagogia: “as comunidades são massacradas, abusadas, oprimidas, despojadas de seus territórios; os habitantes estão proibidos de caçar, pescar, construir casas e canoas, perdem a soberania de seu território”.
Dom Leonardo Steiner, secretário geral da CNBB sublinha que a pesquisa poderá “acordar as pessoas sobre as verdades profundas da Amazônia”.
O “Atlas” saiu num contexto claramente político contra o governo federal que considerava abrir a Reserva Nacional de Cobre e Associados para a exploração mineira.
Dom Leonardo prometeu levar o “Atlas” ao Papa Francisco, que está muito interessado na Amazônia.
E de fato está, mas por razões que também englobam a luta de classes estimuladas pela CPT, mas que vão muito mais longe.
Porque a subversão na Amazônia e seu eventual desgarramento do Brasil para ser entregue a um ente “místico-ecológico” está adquirindo novas formas.
A oficialização do início desse estranho processo separatista já tem data marcada.
O Papa Francisco marcou uma Assembleia Especial do Sínodo dos Bispos da região Panamazônica para outubro de 2019, segundo informou o jornal vaticano “L’Osservatore Romano”.
A primeira reunião simbólica desse Sínodo aconteceu em Puerto Maldonado, durante a visita do Pontífice ao Peru em janeiro deste ano (2018).
Segundo explicou o Papa Francisco trata-se de uma nova evangelização. Mas não no sentido da pregação dos Evangelhos, mas visando manter os indígenas na sua condição primitiva enquanto órgãos da floresta amazônica.
E a Amazônia essa vale enquanto “pulmão do planeta” do qual depende a existência do todo, disse.
No mito do “pulmão do planeta” ninguém mais acredita nem mesmo os mais radicais ambientalistas.
Mas, aceita a mentirada como dado inconteste, tem que se concluir que todo o globo depende desse pulmão. Sendo assim um poder planetário deve custodiá-lo, e não uma nação, como o Brasil e seus vizinhos.
O secretário geral da Conferência Episcopal Equatoriana, Mons. Rene Coba Galarza, após encontro com o Papa Francisco esclareceu que o pontífice não quer que os indígenas saiam de suas superstições e visões do mundo.
Quem administrará a imensa entidade “místico-ecológica” arrancada de seus respectivos países soberanos com toda a complexidade de problemas próprios dela?
Para a confraria comuno-ambientalista a resposta é uma só: as inefáveis ONGs verdes ideologizadas e irrigadas com dinheiro internacional.
Entre essas pretende sobressair uma “nova Igreja”, a “Igreja Amazônica” que se forjaria no dito Sínodo e cujos ministros, muito diversos dos beneméritos missionários, integrariam uma casta religiosa associada com os militantes das ONGs mais radicais.
O cardeal brasileiro Claudio Hummes, grande amigo do Papa Francisco, foi nomeado presidente da Comissão Episcopal para essa nova Amazônia.
A Comissão vai herdar todas as experiências do CIMI e da CPT, e vai amalgamá-las numa fórmula de revolução mais ousada.
Para isso poderá esgrimir com os sofismas instilados na encíclica Laudato si’ também embebida de Teologia da Libertação e princípios do ocultismo pagão em estranha colusão.
Mais artigos sobre o Sínodo da Amazônia em: https://ipco.org.br/tag/sinodo-pan-amazonico