Durante 17 anos, a esquerda política brasileira estendeu seus tentáculos sobre o eleitorado nacional.
Desde 1994, acompanhamos não só a Presidência da República, mas também a hegemonia política serem disputadas entre duas “legendas”: PT e PSDB.
Algumas vezes vitorioso devido a alianças e ao apoio eclesiástico, o Partido dos Trabalhadores entrava com o disfarce de centro-esquerda na benquerença de certos setores do eleitorado.
Mas como a máscara de centro-esquerda era apenas um disfarce para alçá-lo ao poder, alcançado este o PT logo a deixou de lado e iniciou sua caminhada rumo à “bolivarianização” do Brasil. Esta consistia em uma série de medidas político-sociais e culturais que visavam a uma transformação política no País e à disseminação do marxismo cultural.
Porém, pelo fato da opinião pública brasileira nunca ter aceitado realmente o marxismo, tais medidas lhe causaram uma supersaturação. Esta, por sua vez, foi responsável pelas reações dos brasileiros em questões culturais, como foi tratado no artigo “A esquerda no país das maravilhas” .
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Aproximando-nos das futuras eleições, cabe uma pergunta: continuará a disputa pela hegemonia política entre as duas legendas, PT e PSDB? Continuará o processo de “bolivarianização”? O velho quadro político será ainda pintado com as mesmas cores?
Definitivamente, não.
A chamada “reação conservadora” não abrange somente o campo cultural, mas também o político. De alguns anos para cá, houve uma reviravolta no cenário político brasileiro, onde a direita deixou o seu papel de figurante para abraçar o de protagonista.
Tanto nas redes sociais, blogs, etc., como no contato pessoal com a população, é possível perceber uma sensível e crescente preferência, ou melhor, exigência por candidatos marcadamente de direita.
E mesmo em artigos publicados em grandes veículos midiáticos, como o “Estado de São Paulo”, tal reviravolta é comentada. É o caso de uma matéria publicada no referido jornal em 21 de fevereiro de 2018, na qual Pedro Venceslau e Gilberto Amendola entrevistam o dono da rede Riachuelo, o empresário e ex-deputado federal Flávio Rocha.
O empresário comenta: “Tenho conversado com os candidatos de uma forma geral e constatado uma imensa lacuna, uma lacuna que é a falta do chamado candidato óbvio”
E qual é o perfil do candidato óbvio?
Continua ele: “Nós precisamos de um liberal na economia e um conservador nos costumes. O discurso liberal na economia é a grande solução para consertar o País depois de eleito, mas o que ganha a eleição é o discurso dos costumes, o contraponto ao marxismo cultural.” ¹
Porém, nem todos perceberam essa mudança no paradigma eleitoral. Como é o caso do recém-preso, o ex-presidente da república, Luís Inácio “Lula” da Silva.
Em entrevista à Radio Metrópole de Salvador algumas semanas antes de sua prisão e convicto na sua ilusão de que o povo brasileiro o apoia, Lula suplica: “deixem o povo brasileiro me julgar”.²
O sonho é de tal forma profundo, que ele continua: “É por isso que tem unanimidade hoje para que eu não seja candidato. Porque eu posso, primeiro, ganhar no primeiro turno. Se não ganhar, vou para o segundo turno e ganho no segundo turno.” ³
A este respeito, dúvidas surgem em meu espírito: em qual país vive o petista? Está ele de olhos postos na realidade? Não percebe que o Brasil está farto do socialismo lulopetista? Ou será que dorme e se afunda num profundo sono? Loucura?
Enquanto levanto hipóteses para estes questionamentos e aguardo que os fatos toquem de uma vez por todas o “despertador” do ex-presidente que descansa tranquilamente (?) na sua cela em Curitiba , rezo a Nossa Senhora Aparecida, Rainha e Padroeira do Brasil, pedindo a Ela que livre o Brasil dos maus políticos nas próximas eleições e guie seus passos para um glorioso futuro que o aguarda.
Referencias:
1 Pedro Venceslau e Gilberto Amendola; “ ‘O mercado quer um candidato de direita, não de centro’, diz Flávio Rocha”; em O Estado de São Paulo; 21 Fevereiro 2018
2 Daniel Weterman; “Espero que o STJ deixe o povo me julgar em outubro, diz Lula a rádio”; em O Estado de S.Paulo; 06 Março de 2018
3 Idem.