Nas grandes manifestações populares que tomaram nossas principais cidades a partir de 2015, as faixas, os cartazes, o ambiente de concórdia e bem-querença dos manifestantes e, ao mesmo tempo, sua determinação de dar um “basta” à degringolada moral e econômica causada ao nosso País pelos 13 anos de governo petista, nos fazem rememorar o que é o Brasil autêntico. Este mesmo Brasil que se manifesta agora na paralisação dos caminhoneiros.
Veremos hoje algumas características da “alma” nacional.
Os dirigentes devem espelhar a alma nacional
“Todo grupo humano produz, por um processo de lenta elaboração psicológica, e quase diríamos de destilação, certos tipos que encarnam especialmente as qualidades e notas características do grupo.
“Poder-se-ia dizer o mesmo de todas as profissões, desde as mais altas às mais modestas, desde as mais antigas às mais modernas. Ora, todo grupo humano sente uma especial inclinação pelos tipos que o exprimem caracteristicamente. É um reflexo muito explicável do amor que o grupo tem aos seus ideais, à sua mentalidade, e a seu próprio modo de ser”. (1)
Essa penetrante analise sociopsicológica revela em profundidade o que nós, brasileiros, rejeitamos do antipetismo e ao mesmo tempo almejamos – de modo subconsciente ou explícito em alguns – dos homens dos quais o Brasil precisa.
Sim, nós procuramos líderes, tipos humanos que realmente nos espelhem. É na medida em que soubermos destilá-los que a grande Nação a que o Brasil é destinado por desígnio da Providência surgirá.
Continua o Prof. Plinio Corrêa de Oliveira:
“Sentindo ao vivo a força da popularidade decorrente deste princípio genérico, reis e chefes de Estado procuraram, em todo o tempo encarnar em si a alma nacional. Todos os Chefes de Estado, em todos os tempos, procuram cercar-se de exterioridade próxima ou remotamente tendentes a espelhar um certo ideal social coletivo, constituindo-se assim alvo do apreço e da simpatia geral.”(2)
O petismo é o oposto do Brasil, da “alma nacional”
Seria uma tarefa muito útil, prestaria um grande serviço à Nação quem se dedicasse a analisar a psicologia do petismo e mostrasse, através dos fatos, que tivemos 13 anos de continua destruição da “alma brasileira”.
1 – Somos naturalmente inclinados à bondade, à compreensão das misérias alheias. – O petismo é odiento e procura atiçar as misérias de uns contra os outros.
2 – Gostamos de viver em harmonia nas diferentes classes sociais. – O petismo prega a luta de classes, o “nós contra eles”.
3 – O Brasil autêntico tem na família um pilar da nacionalidade. – O petismo é abortista, prega a ideologia de gênero, a agenda homossexual.
4 – O Brasil tem uma tradição luso-católica a qual nos levou a desbravar e construir este país-continente. – O petismo é antinacional e bolivariano.
5 – Nosso país tem um sentimento profundo de unidade nacional. – O petismo procura desagregar a nossa Pátria, criando “nações indígenas” ou “nações quilombolas”, incentivando a sua fragmentação.
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Visitantes dos mais diversos quadrantes da Terra, alguns deles penetrantes observadores, comentam que ‘O Brasil é um país do futuro’, como escreveu Stefan Zweig.
Saibamos conhecer a “alma nacional” e exigir que nossos futuros representantes sejam homens à altura de nossa missão no concerto das Nações. Ajude-nos para isso Nossa Senhora Aparecida, Rainha e Padroeira do Brasil.
Ainda há muito a considerar sobre as qualidades com que a Providência dotou o Brasil. Voltaremos ao assunto.
Notas: (1) Plinio Corrêa de Oliveira, Popularidade de hoje e de outrora, Catolicismo abril 1951 – ACC
(2) Idem