O que significa esse título escrito de modo incorreto? Ignorância crassa do autor deste artigo? E como passou pela revisão? Sem querer defender o autor, nem os revisores, o problema, no entanto, é outro. E grave!
Um livro circula pelas escolas, com aquiescência do Ministério da Educação e Cultura (MEC), ensinando às crianças que é certo falar de modo errado. Querer que as pessoas se expressem corretamente seria “preconceito”.
“‘Por uma Vida Melhor’, de autoria de Heloísa Ramos, afirma que o uso da língua popular — ainda que com seus erros gramaticais — é válido na tentativa de estabelecer comunicação. O livro lembra que, caso deixem de usar a norma culta, os alunos podem sofrer ‘preconceito linguístico’. ‘Fique atento porque, dependendo da situação, você corre o risco de ser vítima de preconceito linguístico. Muita gente diz o que se deve e o que não se deve falar e escrever, tomando as regras estabelecidas para a norma culta como padrão de correção de todas as formas linguísticas.’
“Uma comissão formada por professores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) aprovou o livro, que chegou a 484.195 alunos de todo o País. Defende que a forma de falar não precisa necessariamente seguir a norma culta. ‘Você pode estar se perguntando: Mas eu posso falar os livro? Claro que pode’, diz um trecho. […] Em nota divulgada pelo MEC, a autora defendeu que a ideia de ‘correto e incorreto no uso da língua deve ser substituída pela ideia de uso da língua adequado e inadequado’”.(1)
“Para a autora, Heloisa Cerri Ramos, em entrevista, as críticas refletiriam uma ‘posição conservadora’. Não se deveria discriminar quem fala errado”.(2) Como se o caso fosse de discriminação e não de educação e ensino!
“Com precisão, a escritora Ana Maria Machado exemplifica: ‘Seria como aceitar que dois mais dois são cinco’. […] Eis o resultado da celebração da ignorância, que, junto com a banalização do malfeito, vai se confirmando como uma das piores heranças do modo PT de governar”.(3)
Admitir que é certo falar errado “dá a medida da falta de rigor do processo de escolha, que ‘desperdiça dinheiro público com material que emburrece, em vez de instruir’, como diz a procuradora da República Janice Ascari. […] Um grupo de membros do Ministério Público, liderado pela procuradora, anunciou que processará o MEC por ‘crime contra a educação’”.(4) A Defensoria Pública da União no Distrito Federal entrou com ação pedindo o recolhimento da obra.
Em pesquisa realizada com vários estudantes no Rio, a doméstica Maria Erlaine Mendes da Silva, 22 anos, diz que prefere ser corrigida na sala de aula a sair por aí “falando errado. Não tenho vergonha de ser corrigida. É obrigação do professor ensinar o certo”. Para “uma coordenadora de curso supletivo na rede estadual: ‘A sensação que tenho é a de que querem sempre nivelar o aluno da escola pública por baixo’”.(5)
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Ante alguém que se exprime em português de forma errada, não se trata em absoluto de ter preconceito contra ele, mas sim de ajudá-lo a falar corretamente. Para isso existe a escola. A aversão à norma culta como polo para o qual deve convergir necessariamente o ensino é irmã da aversão às regras de educação no trato entre as pessoas; como também da aversão a toda norma moral no vestir e no coibir os instintos e as paixões desregrados.
Por detrás da aceitação do erro gramatical como modo normal de falar está uma mentalidade anárquica, para a qual todas as regras são más e toda ordem, uma camisa de força. É o guizo da cascavel das convulsões anárquico-comunistas de maio de 1968 que se faz ouvir.
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Notas:
1. “Agência Estado”, 17-5-11.
2. “O Estado de S. Paulo”, 17-5-11.
3. Idem, ibidem, Coluna de Dora Kramer.
4. Idem, 18-5-11.
5. “Último Segundo”, 18-5-11.
Ter cultura torna-se precoceituoso… Absurdo!!!Manter o povo ignorante,sem saber falar,ler,interpretar o que se lê,o que se ouve,os acontecimentos,etc…é mais fácil para dominar…Esta é a filosofia…Anarquismo até no idioma…
Ora, o que deveria constituir uma Ciência Exata, com raras excessoes às regras, está se tornando um ensinamento apenas empírico em sua mais baixa consubstanciação! Fazendo experiências, senhor MEC? O que será que vai dar? Eu, por mim, vivendo nesta Torre de Babel já instalada, espero muito uma divisão deste país em muitos países. Que fiquem por lá esses analfabetos para que possamos ter nosso próprio MEC!
Essa ideologia nojenta não tem limites. Chega ao ponto de recomendar a nós, letrados, que falemos aos analfabetos os mesmos dizeres deles, para “estabelecer a comunicação”.
Imagine-se um “Nós quer”.
ATENÇÃO, ESQUERDISTAS DE PLANTÃO: eu NÃO direi “nós quer”, nem a um matuto. NUNCA, NUNCA, NUNCA, JAMAIS!
1º) Eu NÃO irei SUBESTIMAR o matuto. Ele não fala “nós queremos”, mas ele ENTENDE essa construção, que eu certamente usarei. Logo, eis a real e melhor comunicação: sem menosprezar o interlocutor.
2º) Eu NÃO irei HUMILHAR o matuto. Ele SABE que eu, letrado, não falo “nós quer” e, portanto, se eu disser isso, ele certamente pensará que eu estou debochando dele.
Uma sugestão ao PT: mande a pessoa dizer “os livro” em uma – “preconceituosa” – ENTREVISTA DE EMPREGO, para ver o que acontece…
“Por detrás da aceitação do erro gramatical como modo normal de falar está uma mentalidade anárquica, para a qual todas as regras são más e toda ordem, uma camisa de força. É o guizo da cascavel das convulsões anárquico-comunistas de maio de 1968 que se faz ouvir.”
Dá arrepios assistir isso que ocorre nesse país ! Pelo amor de Deus, isso tem que parar ! Uma intervenção urge ! veja o pior ainda do que a destruição da língua portuguesa, que é a apologia ao crime (apologia ao MST), promoção do incesto, da pedofilia, da prostituição na coleção ‘didática’ criminosa VIVER, APRENDER, distrivuída pelo MEC- eu quero ver o Minitério Público pondo abaixo o MEC e essa maldita coleção! Bem se vê a EFICIÊNCIA do MARXISMO CULTURAL, o mega-projeto da mentira que vem assolando a humanidade, que deve ser combatido com rigor e severidade – árdua tarefa. VAMOS DIVULGAR o que é MARXISMO CULTURAL, qdo eu soube foi pelo Pe. Paulo Ricardo, fiquei liberta da mentira, algo que nunca vou esquecer, o dia em que eu soube desse mega-projeto diabólico criminoso que é o marxismo cultural ! muitas mais pessoas precisam saber !!! e combater !!!
ESA AUTOURA DEVI TE FUGIDU DA ISCOLA MEMO. INTAU VAMU ANDÁ DE CARO VEIO QUE É TUDU INGUAL E NOIS TÁ CERTU.
O que não faz a falta de leituras! Boas leituras. Alguém já disse:” quem não sabe ler, mal fala, mal ouve, mal vê”. Um erro ortografico identifica a ignorancia de quem escreveu. Logo, isso é pré-conceito, pois a pessoa não pré-viu que deveria ter estudado melhor como se escreve tal palavra. Afinal, para que temos dicionários?
A autora do famigerado livro talvez não tenha sido feliz nos exemplos. Por outro lado, os críticos esquecem que uma língua é essencialmente variação: o que parece correto no Brasil, provoca risos em Portugal; frases correntes na Bahia são incompreensíveis no Rio Grande do Sul – e vice-versa. Se eu usar um português muito erudito ao falar com meus parentes incultos, não serei compreendido e passarei por pedante. Muito do que a gramática tradicional prescreve já foi abolido pelo uso das pessoas cultas; por exemplo, a mesóclise, ou o vetusto preceito de não começar período com pronome oblíquo.
Pobre Napoleão Mendes de Almeida, pobre Machado de Assis eles são segundo a Heloísa Ramos passíveis de serem taxados de preconceituosos. Falar corretamente ou esforçar-se para ser correto é ser preconceituoso, só faltava essa.