Neste início de Semana Santa, um incêndio devastador tomou conta da Catedral de Notre Dame de Paris. Mas suas Torres permaneceram de pé.
As “Torres Gêmeas” da Cristandade foram abaladas por um incêndio devastador, mas, ao contrário das Torres Gêmeas World Trade Center, nos Estados Unidos, permaneceram em pé.
Atravessaram os séculos resistindo ao tempo e às revoluções que procuraram destruí-la. Sobreviveram ao Renascimento, ao Protestantismo, à Revolução Francesa, aos movimentos comunistas e anarquistas.
A “Rainha das catedrais” é uma das jóias mais preciosas da Cristandade, um estandarte de uma época em que os homens se voltaram para Deus e buscaram fazer da Terra uma imagem do Céu.
Em Paris, a cidade das “luzes”, talvez a mais bela das cidades, há uma verdadeira luz que brilha acima de todas as demais. Ela se chama Notre Dame de Paris.
Seus vitrais, suas naves, sua atmosfera, sua penumbra, seus arcos e colunas,cada uma das pedras que formam sua arquitetura, tudo canta a Glória de Deus e a beleza do que foi a Idade Média, tão caluniada por seus detratores que a chamam de “trevas”. As trevas dos que não são capazes de ver a luz. As trevas dos que, se pudessem, incendiariam essa época histórica para que não restassem senão cinzas escuras e mortas.
Neste início da Semana Santa, um incêndio tomou conta da Catedral. Labaredas de fogo tentaram consumir um dos poucos restos da Cristandade que chegaram até esse século de ateísmo, de indiferentismo.
Um castigo que também é uma misericórdia. Um fogo que, enquanto consome, pode também aquecer os corações frios de uma humanidade que se distanciou de Deus e de Sua Mãe Santíssima.
Um fogo que é um chamado à conversão daquela que, outrora, foi a “filha primogênita da Santa Igreja”, a nação de Clóvis, de Carlos Magno, de São Luís Rei, de Santa Joana d’Arc, de Santa Teresinha e de tantos outros santos.
Uma miríade de santos passa em cortejo pela História da França.
As “torres” da modernidade caíram. Muitos dos que “dormiam” o sono da indiferença, acordaram naquela manhã de 11 de setembro de 2001.
Que as “torres” de Notre Dame possam despertar os homens deste século.