A anarquia sinodal que incendeia América do Sul

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Igreja da Veracruz incendiada no centro de Santiago de Chile

A América do Sul parece chegar ao ponto final de uma deprimente evolução.

Um como que sopro infernal só encontra fraquíssimos obstáculos para realizar a desordem mais enlouquecedora.

Os homens que conduzem esse processo se assemelham à figura cogitada pelo Beato Palau do maquinista luciferino que acelera a locomotiva rumo ao precipício enquanto os passageiros desesperados clamam parar.

Mas, os condutores do mundo hodierno, de momento, aceleram o comboio para o abismo da contraordem.

Exemplos característicos dessa contraordem são a explosão de anarquia que incendeia as ruas do Chile.

Ou a anti-ordem que vigora na Venezuela e em Cuba e que o lulopetismo gostaria implantar no Brasil.

Explosão anárquica em Santiago do Chile.
Foto: Susana Hidalgo

Os países que caíam no comunismo de tipo soviético padeciam uma ditadura política, social e econômica, essencialmente acatada pelo medo.

Sob a foice e o martelo ainda tinham cultura, arte, restos do que foi sua civilização.

Bastava ver nos museus as maravilhas artísticas de porcelanas e marfins da China, ou as fascinantes basílicas de séculos passados de Moscou.

Mas o novo comunismo que está ateando fogo nas ruas é uma contraordem feita para criar uma decomposição contrária à ordem natural das coisas, e chocar a própria ordem natural.

Ele espandonga toda organização religiosa ou socioeconômica e faz uma contraordem pondo todas as coisas onde não devem estar.

Considere-se os estarrecedores vídeos dos venezuelanos comendo restos diretamente do caminhão de lixo ou bebendo e se lavando com água do esgoto de um prédio do governo.

Desde o Vaticano até o Chile, passando pelo Brasil, a ofensiva é única

Veja-se os manifestantes chilenos saqueando e incendiando as igrejas, e os agentes ‘cocaleiros’ da droga agredindo a polícia para trazer de volta ao “Dr.Coca” premiado em Moscou com título Honoris Causa.

Em lugar da cultura se instala uma contra-cultura. O ponto de chegada auge da Revolução Cultural gramsciana.

Onde tinha uma civilização, como a brasileira por exemplo, se promove uma contra-civilização de tipo indigenista planetária.

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Nessa marcha à destruição da ordem poderão se formar sistemas que serão por natureza instáveis e transitórios.

Não podemos nos iludir. Os doutrinadores do neocomunismo são unânimes num ponto: a contra-ordem é provisória.

Haverá determinado momento em que, amalgamados e amassados pela decomposição anarco-tribalista, os povos estarão em condições de se desagregarem, e o Estado, a sociedade organizada, poderá desaparecer da terra e afundar na mata.

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Será a utopia de um mundo onde desapareceu a lei e se generalizou o despotismo do capricho anárquico ou do sonho acariciado no Sínodo Pan-Amazônico ou num radicalizado Pacto das Catacumbas.

Uma anarquia que eles não concebem como explosão instantânea de um prédio dinamitado, mas como um desfazimento rumo a uma situação cheia de enigmas: a anarquia ecolo-tribalista.

O Estado, as leis e as autoridades se desfazem.

Só ficam pequenos núcleos populacionais, tribos que cá e lá formam agrupamentos unidos por superstições ou cultos comuns.

Não há nem mesmo alianças ou federações, porque nada formaria nada e a terra afundaria num regime tribal o mais parecido com o dos índios apresentado como quase divino, do deus ou deusa Pachamama.

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