A China emitiu uma ordem às emissoras de rádio e TV para que evitem artistas com “posições politicamente incorretas” e “estilos afeminados”, reafirmando a necessidade de se cultivar uma atmosfera patriótica. A medida, divulgada na quinta-feira, foi vista como mais um cerceamento à expansão da indústria do entretenimento do país, informa o Estado.
Vamos ver se o lobby pró lgbt, instituições cuidadoras da causa anti homofóbica e assemelhados fazem soar os protestos. Ou será que só no Brasil essas atitudes são negacionistas, machistas, homofóbicas?
Continua a noticia informando que o aviso reforça que devem ser interrompidos [programas televisivos] que são montados em torno de “escândalos, riqueza ostensiva e celebridades vulgares da internet”. Algumas estrelas “afeminadas” são imorais e podem prejudicar os valores dos adolescentes, de acordo com artigo de opinião do jornal estatal Guangming Daily, publicado em 27 de agosto.
Só reforçam nossos comentários: onde estão os acusadores de atos homofóbicos ou esses só podem ser condenados em sua cartilha para o Ocidente?
Critérios que o PCCh define
Pelas novas diretrizes, o departamento de publicidade do partido critica algumas celebridades por sua má influência sobre os jovens e por “poluir a atmosfera social”. A Administração Nacional de Rádio e TV da China, órgão de nível ministerial, afirmou que reforçará a regulamentação dos salários das estrelas, além de eliminar conteúdo em programas que considere prejudicial à saúde.
Ao longo dos últimos meses o Partido Comunista da China têm tomado uma série de medidas que afetam a indústria do entretenimento. O governo adotou regras para restringir o tempo que menores de 18 anos podem passar jogando videogames. O teto é de uma hora por dia às sextas-feiras, sábados, domingos e feriados. O órgão regulador da internet disse que está combatendo o que descreveu como uma cultura “caótica” de fãs de celebridades.
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A campanha do PCCh, acrescentamos, não é, sobretudo, contra a indústria do entretenimento; ela é contra o direito individual de determinar quando e quanto eu uso a internet. O cidadão não poderá escolher porque o PCCh, ditatorialmente, determinou 1 hora.
Dirá alguém que afinal de contas, há um abuso de carga de internet no Brasil, e no Ocidente. Que esse é um problema de dependência apontado por psicólogos. Sem dúvida, estamos de acordo. Mas, a solução não está no PCCh determinar prazos; a solução está na formação moral, no controle sobre a própria vontade, em última análise na virtude da Sabedoria a qual me indicará como orientar, por sua vez, as virtudes cardeais.
Solução utópica? Ou preferimos a solução ditatorial do PCCh? Por que não ajudar as famílias a educarem seus filhos nas regras do domínio sobre suas próprias paixões, fantasias?
É um bom desafio às famílias, pelo menos as que prezam os Valores Morais.
Nossa Senhora Aparecida nos livre dos ditatorialismos sejam nazistas ou comunistas. Ou o new look ditatorial que anda fazendo devastações na midia e até no Judiciário.
Fonte: Estado de S. Paulo, sábado, 4 de setembro de 2021 – China promove cruzada contra entretenimento