A esquerda produz a massa. O povo é filho dos Valores Morais

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       O Prof. Plinio Corrêa de Oliveira, autor da Secção “Ambientes, Costumes e Civilizações” (Mensário Catolicismo) se servia do contraste entre duas fotos expressivas da “massa” e do “povo”.   O comunismo, a esquerda, e no caso do Brasil, o PT quis nos impôr a “massificação”. Foi contra essa mentalidade “massa” que o Brasil se levantou nas formidáveis marchas a partir de 2015 as quais desbancaram o PT.

As fotos são de 1959. Compare o leitor com qualquer manifestação das esquerdas, no século XXI, e verá a atualidade da análise: a massificação.  Análise psicológica, fina observação da realidade, objetividade nos comentários.

 

Os rostos, em seus pormenores, variam quase ao infinito; as expressões fisionômicas não. Dir-se-ia que um só desejo, uma só preocupação, um só estado de espírito domina esta multidão. “Domina” é, no caso, uma expressão insuficiente. Trata-se de um “dominar” tão radical, tão escravizador, que essas almas parecem vazias de qualquer outro ideal ou sentimento. Se é que se pode falar de ideal ou de sentimento, quando se analisam almas assim. Fora do instante em que foram fotografados, como vivem estes homens? No que crêem? A quem votam amizade? Têm uma esposa? Brincam com crianças no lar? Amparam um pai velho, uma mãe enferma? Gostam de música, ou de leitura, ou de passeios? Enfim, têm algo na vida em que se comprazem? Pensam por vezes, pelo menos, que esta existência é transitória, e que para além da morte os aguarda a justiça e a misericórdia de Deus?

Se algo disso lhes sucede, parece ser de modo muito fortuito, pois não deixa nestas fisionomias qualquer vestígio. São homens de aço, sem alma nem coração, tão frios, tão impessoais, e melhor diríamos tão inumanos, quanto as máquinas nas quais trabalham, e das quais são meros acessórios. Sua condição comum é a de trabalhar. Mas o trabalho que executam é pagão, opressivo, sem interstícios nem lenitivo. Sua preocupação é trabalhar para viver uma vida em que tudo não é senão trabalho.

Escravos? Sim. Proletários soviéticos num comício… O reino do ódio e do demônio na terra.

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Chinon, Departamento de Indre-et-Loire, na França. Fundo de quadro popular e ameno. Casario modesto, variegado e pitoresco, quadro normal de uma existência afável, íntima e despretensiosa. Existência parcimoniosa de trabalhadores, por certo. Mas trabalhadores cristãos para os quais trabalho não é senão uma condição para viver, e o sentido profundo da vida é o cultivo dos valores do espírito, com vistas para o Céu.

A rua tem a solidão dos amenos lazeres dominicais. Um cortejo nupcial lhe dá um ar festivo, e por assim dizer a ilumina inteira com as castas e desanuviadas alegrias do ambiente de família. No primeiro plano uma pessoa, apoiada a uma bengala e alheia ao cortejo, caminha com o passo difícil dos artríticos. Vê-se que trabalha, por certo, e durante toda a sua vida trabalhou. Mas é acima de tudo uma trabalhadora? É de qualquer forma uma escrava, um acessório da máquina? Não. Parece ser antes de mais nada uma mãe de família, vivendo no lar e para o lar. O trabalho marca sua personalidade e a dignifica, sem contudo a dominar nem excluir dela ou reduzir ao segundo plano valores infinitamente mais altos.

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Dois ambientes populares, duas formas de existência, duas concepções do trabalho. De um lado, o teor de vida calmo e digno, o ambiente modesto mas cheio de temperante louçania, a concepção batizada e afável do trabalho cristão. De outro lado, a vida opressiva e fatigante, o ambiente saturado de egoísmo e de ódio, a concepção materialista, brutal e mecânica do trabalho pagão.

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