A flor do Ipê, uma gota da glória de Deus

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Uma flor magnífica nascida de uma árvore feia: o ipê. É o que se pode pensar de esplendoroso. Eu não sei, caso houvesse ipê na Palestina, se Nosso Senhor não teria utilizado como argumento a flor do ipê, em vez de ter falado do lírio do campo, de tal maneira ela é de um amarelo-dourado éclatant.

Se eu soubesse que as espécies dos ipês desapareceriam e que os últimos ipês seriam os que florescem no cemitério da Consolação [na cidade de São Paulo], eu iria ao cemitério só para ver florescer o último ipê. E desejaria poder dizer que assisti à morte do último ipê.

PRC_Congonhas-Profetas-91Por quê? — Porque é uma espécie extraordinariamente apta a refletir algo da glória de Deus que desaparece. Assim, eu desejaria estar presente nessa hora histórica e tremenda em que Deus retira da ordem do universo um dos raios de sua glória. Esta seria uma hora eminentemente religiosa, à qual o indivíduo religioso deveria dar um grande valor. E eu, no dia em que tivesse assistido à morte do último ipê, mandaria celebrar uma missa. Não por causa do ipê em si, mas em relação ao desígnio de Deus extinguindo no universo criado essa beleza, esse reflexo de sua glória.

Nada do que existe me é alheio e, portanto, diante dos grandes êxitos ou das grandes convulsões da História, nossa alma deve ter uma participação intensa, sob o risco de ela tornar-se uma alma medíocre.

Estou exemplificando com o ipê, mas de quantas outras coisas poderíamos falar! Se eu visse uma flor de ipê caída de uma árvore e, tocada por um vendaval com o risco de se poluir e estragar, eu pegaria essa flor e a colocaria num vasinho de um oratório com a imagem de Nossa Senhora. Seria para oferecer a Ela, mas não só por Ela; seria para recolher essa gota da glória de Deus, a fim de que a flor do ipê não desaparecesse inutilmente e, assim, desse a gloriosa volta rumo ao seu Criador, deitando suas últimas belezas aos pés da Mãe do Criador. Essa é uma posição altamente religiosa. É um modo religioso de viver.

Certa vez, vi uma fotografia lindíssima, inteiramente do meu gosto, de um magnífico ipê dourado. Em minha ótica, será o símbolo do Brasil no Reino de Maria — conforme este foi anunciado em Fátima. Porque é uma árvore simplesmente esplendorosa, que representa bem qual será o futuro deste País a serviço de Nossa Senhora.

(*) Excertos da conferência proferida pelo Prof. Plinio Corrêa de Oliveira em 12 de julho de 1977. Sem revisão do autor.

3 COMENTÁRIOS

  1. Grande Plínio Corrêa de Oliveira. Preservem o Ipê! O Brasil é um país belíssimo e abençoado por Deus, tanto que os descobridores acharam ser o paraíso perdido. Que Deus Abençoe o nosso Brasil e o liberte das forças da Nova Ordem Mundial, engendradas pelo próprio satã. Assim como Jonas se entristeceu por uma mamoneira que secou (e como brasileiros, e amantes do Senhor, nos preocupamos que essa árvore sem igual que é o Ipê, uma gota da Glória de Deus, venha a ser extinta), assim também o Senhor, Criador do céu e da terra, de todas as coisas visíveis e invisíveis, se compadece de nós pecadores. Que Deus tenha compaixão de nós pecadores e do Brasil. Deus seja louvado!
    .
    “O Senhor Deus fez crescer um pé de mamona, que se levantou acima de Jonas, para fazer sombra à sua cabeça e curá-lo de seu mau humor. Jonas alegrou-se grandemente com aquela mamoneira. Mas, no dia seguinte, ao romper da manhã, mandou Deus um verme que roeu a raiz da mamona, e esta secou. Quando o sol se levantou, Deus fez soprar um vento ardente do oriente, e o sol dardejou seus raios sobre a cabeça de Jonas, de forma que o profeta, desfalecido, desejou a morte, dizendo: Prefiro a morte à vida. O Senhor disse a Jonas: (Julgas que) fazes bem em te irritares por causa de uma planta? Jonas respondeu: Sim, tenho razão de me irar até a morte. Tiveste compaixão de um arbusto, replicou-lhe o Senhor, pelo qual nada fizeste, que não fizeste crescer, que nasceu numa noite e numa noite morreu. E então, não hei de ter compaixão da grande cidade de Nínive, onde há mais de cento e vinte mil seres humanos, que não sabem discernir entre a sua mão direita e a sua mão esquerda, e uma inumerável multidão de animais?” (Jonas 4, 6-11)

  2. Ontem, Vi uma menininha de uns 3 aninhos, que apanhava uma florzinha caída na calçada e a levava com extremos de cuidados, enquanto se dirigia para a escola acompanhada pela mãe.
    a impressão que tive é que para aquela criança, só aquela gotinha da glória de Deus importava naquele momento.

  3. GUERRA CIVIL

    “Uma revolução como a de 1930 com Getúlio Dorneles Vargas
    ou um golpe militar como o de 1964 com Humberto de Alencar
    Castelo Branco, não vai resolver o problema da nossa pátria
    amada Brasil mas quem sabe uma guerra civil como a da
    Espanha com Francisco Franco Bahamonde.”

    Goiânia, 21 de Abril de 2015

    Mário Evaristo de Oliveira Filho
    Administrador/Professor
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