A invasão da Ucrânia à luz das profecias e de Revolução e Contra-Revolução

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A invasão da Ucrânia à luz das profecias e de Revolução e Contra-Revolução

Vinicius D. de Souza

Belo Horizonte — O Núcleo do Instituto Plinio Corrêa de Oliveira da capital mineira promoveu, como de costume, no terceiro domingo de maio mais uma conferência de formação para seus amigos e simpatizantes.

Formação contra-revolucionária: invasão da Ucrânia a luz de profecias e análise sob o prisma de Revolução e Contrarrevolução

Conhecido analista de política internacional, o Sr Luis Dufaur foi convidado a expor sobre a invasão da Ucrânia tratando dos fatos atuais, suas repercussões na opinião pública e à luz da profecia de Fátima e das previsões do Prof. Plinio Corrêa de Oliveira.

Essa programação, sempre precedida da assistência à Santa Missa tridentina às 8,00 horas, depois da qual os participantes se dirigem à Sede social do Instituto, onde graças à colaboração de todos é servido um lanche, ocasião para animadas conversas.

Fora das rotas batidas

Longe das abordagens convencionais sobre o tema, a conferência de Luis Dufaur focalizou um breve histórico da Ucrânia, sua conversão iniciada no século X, e a sua evangelização perturbada primeiramente pelo Cisma do Oriente e a Revolução Bolchevista no século XX.

A Rússia, como fica claramente expresso na Mensagem de Fátima, tem um importante papel a desempenhar. Nossa Senhora advertiu que se o mundo não fizesse penitência a Rússia seria o flagelo da humanidade, como aliás estamos vendo na atual guerra. Mas Ela abriu uma esperança dizendo: virei pedir a consagração da Rússia ao meu Imaculado Coração.

E, Nossa Senhora acrescenta, que somente daí adviria a paz.

Batismo da Rússia

“Até o ano de 988, o mundo eslavo de origem étnica viking incluía, numa imensidade territorial sem muita organização, as futuras Ucrânia, Rússia, Bielorrússia e partes de outros países.

A primazia cabia a Kiev onde a princesa Santa Olga (945 a 969) foi a primeira soberana cristã de origem eslava.

Seu neto, São Vladimir, o Grande, reinou de 980 até 1015 com os títulos de Grão-duque de Kiev e de todas as Rússias: combateu a bebedeira, trabalhou pela conversão dos seus súditos, edificou numerosas igrejas.

Cisma diabólico e Santo “Uniatismo”

O demônio não suportou ver o nascimento do mundo eslavo católico. Miguel I Cerulário, patriarca de Constantinopla, provocou o grande cisma do Oriente em 1054 e arrastou, como novo Lúcifer, legiões de bispos e fiéis à perdição.

Mas, os papas São Gregório VII, Honório III, Gregório IX e Inocêncio IV enviaram legados aos príncipes de Kiev culminando com a unidade à Roma refeita em 1255.

No Concílio de Florença (1431-1445), conhecido como de Basileia, Dom Isidoro, Metropolita de Kiev e de Moscou, cardeal da Santa Igreja Romana, em nome de todos os povos de sua língua jurou conservar santa e inviolável a unidade na fé de Roma, ratificando a promessa de 1255.

Os czares cismáticos de Moscou não gostaram que os bispos dependessem de Roma e fundaram um artificial Patriarcado de Moscou que não durou muito. O arcebispo São Josafá resistiu a esta intromissão do poder temporal na Igreja e foi perseguido e martirizado. Está enterrado na Basílica de São Pedro em Roma e é reconhecido como fundador do rito greco-católico ucraniano que hoje está no centro dos acontecimentos.

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A missão da Ucrânia

“Por meio de vós, meus ucranianos, eu espero converter o Oriente”, proferiu o Papa Urbano VIII, na beatificação de São Josafá, em 1643.

O mundo eslavo, a partir da Revolução bolchevista de 1917, entrou em novo túnel escuro, ao revés dos planos da divina Providência revelados por Nossa Senhora em Fátima no mesmo ano. São 70 anos de escravização comunista e ateísta.

A Igreja dita Ortodoxa, presidida pelo atual Patriarcado de Moscou criado pelo poder soviético, foi o instrumento eficaz para amortecer e submeter os russos ao regime comunista. Os greco-católicos foram os únicos que resistiram ao marxismo sofrendo heroicamente muitos martírios.

Quando a Ucrânia se tornou independente em 1991 por volta de 300.000 greco-católicos saíram das ‘catacumbas’, mas hoje na Ucrânia já somam entre 6 e 8 milhões, sem contar as numerosas comunidades no exterior, como no Brasil por exemplo. Muitos cismáticos compreenderam que os únicos resistentes ao comunismo são os católicos e então voltaram ao redil de Cristo.

A brutal invasão da Ucrânia, pelas tropas de Putin, foi motivada em boa parte por esta conversão crescente ao catolicismo que deu novo alento às profecias de Fátima. A vigorosa reação dos ucranianos acompanhada por inequívocos sinais celestes foi posta em foco pelo Sr Luis Dufaur.

O palestrante lembrou palavras do Prof. Plinio Corrêa de Oliveira quando indagado sobre a efetivação das promessas de Fátima: “Onde vejo uma possibilidade mais saliente de conversão é na Ucrânia pisoteada, onde os católicos resistem com heroicidade, e cismáticos começam a se converter”.

A Providência parece querer servir-se dessa guerra de invasão para purificar a Ucrânia e quiçá levar à conversão da Rússia, considerando as profundas afinidades étnicas, culturais e históricas entre ambos povos.

As profecias de Nossa Senhora em Fatima estão muito mais no cerne desta guerra do que quaisquer outras considerações políticas, militares ou econômicas. Este é o aspecto que mais devemos procurar discernir no noticiário dos eventos do conflito.

Segundo o conferencista, a TFP italiana está distribuindo dezenas de milhares de Medalhas Milagrosas na Ucrânia, muitas das quais estão sendo costuradas por religiosas nos coletes antibalas dos soldados e voluntários. Rezemos pela conversão da Rússia, pela missão providencial do mundo eslavo, pelo triunfo do Imaculado Coração de Maria prometido em Fátima.

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