A mania das “cotas”

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Devido à “cota guerrilha”, terroristas das FARC tomam posse no Congresso colombiano. Um deles, para enganar, em vez do fuzil, segura uma rosa… Quem acredita?

“Cá e lá, a mesma esquerda há!”— escrevia o Prof. Plinio Corrêa de Oliveira em 1968, na “Folha de S. Paulo”, a propósito da invasão boçal e despótica da Checoslováquia por tropas da URSS. E mostrava que a esquerda brasileira, incluindo a esquerda dita católica, tinha a mesma agenda dos comunistas russos.

Na Colômbia, narcoguerrilheiros das FARC ascendem ao Parlamento por decreto; no Brasil, membros do movimento LGBT se tornam universitários por decreto: Cá e lá, a mesma agenda de esquerda há!

A história do PT, com seus 13 anos no Poder — parece que pretendia ficar pelo menos 30 — só veio confirmar que o plano da esquerda no Brasil era a instalação de uma ditadura bolivariana. Prova? As recentes e constantes declarações do PT a favor do regime de opressão de Nicolás Maduro na Venezuela e de Daniel Ortega na Nicarágua: opressão, perseguição, fome, mortes, nada impede a esquerda petista de reafirmar seu apoio àqueles ditadores de esquerda.

A “cota-guerrilha” no Parlamento colombiano

Reproduzindo despacho da AFP, o site da UOL1noticia que os “ex-guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, dissolvidas, ocuparam os assentos reservados [leia-se: cotas-guerrilha] conforme acordado no pacto entre o governo Santos e as FARC, que dividiu profundamente o país”.

Lembramos, de passagem, que no plebiscito realizado no dia 2 de outubro de 2016 a maioria dos colombianos disse um rotundo NÃO a esse pacto. Este resultado deixou o presidente Juan Manuel Santos desconcertado, e a festa que ele mandara organizar num grande hotel de Bogotá para comemorar a vitória foi por água abaixo. Certamente também não houve qualquer comemoração na Casa Santa Marta, pois o Papa Francisco desempenhou um papel proeminente para a vitória do SIM, chegando a condicionar sua programada visita à Colômbia a esse fator.

Mais as coisas não pararam aí. Uma recente batida policial em Bogotá prendeu um dos guerrilheiros beneficiários da cota-guerrilha para o Parlamento. Trata-se de Jesús Santrich [foto ao lado], um dos principais líderes das FARC, preso por tráfico pesado de drogas (cerca de 10 toneladas) e impedido por isso de tomar posse. Os Estados Unidos pediram a sua extradição, mas antes que isso acontecesse, membros da Hierarquia católica Colômbia não acolheram em uma casa de saúde mantida pela Igreja Católica na Colômbia, preocupados com a sua saúde…

Também o número dois da guerrilha, Iván Márquez, ex-chefe negociador em Cuba, não tomou posse. Ele assim agiu devido à “desfiguração” do Acordo de Paz e em solidariedade ao guerrilheiro traficante Jesús Santrich.

A cota LGBT na Universidade da Bahia

lobby do movimento homossexual no Brasil tem suas estratégias próprias: pressão nas Câmaras Legislativas, sobretudo através de deputados e senadores petistas, apoios na mídia de esquerda, e agora o decreto-cota da UNEB.

Segundo informa o site G12, a Universidade Estadual da Bahia (UNEB),em decisão tomada pelo seu Conselho Universitário, terá a partir do ano que vem um sistema de cotas para transexuais, travestis, transgêneros, quilombolas, ciganos e portadores de deficiência, transtorno do espectro autista e altas habilidades. Isso começará a ter efeito a partir de 2019 em todos os processos de graduação e de pós-graduação da universidade.

Além de prever a concessão de 40% das vagas para negros e 5% para indígenas, a política de cotas em vigência nessa universidade informou que vai assegurar vagas adicionais (“sobre vagas”) para quilombolas, ciganos, transexuais, travestis e transgêneros.

Misturando no mesmo “pacote” de cotas a agenda LGBT e os portadores de deficiência, autistas etc., a decisão do Conselho Universitário da UNEB procura atrair a simpatia dos brasileiros, naturalmente inclinados à compaixão para com os sofredores. Porque o Conselho Universitário da UNEB não teve coragem de incluir cotas só para o LGBT?

Oportuna reação ao Estatuto da Diversidade

 

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Para contrapor-se a essa ofensiva, está em curso no Brasil uma excelente iniciativa do Instituto Plinio Corrêa de Oliveira através da caravana Cruzada pela Família. Em contato direto com o público nas ruas, ela já coletou milhares de assinaturas, e também divulgou a obra do Revmo. Pe. David Francisquini, intitulada Ideologia de Gênero – Saiba como defender sua família dessa nova ameaça.Nos últimos anos, a Ditadura Homossexual vem tentando impor-se de qualquer forma, e nos obrigar — sob as mais duras penas — a aceitar projetos de leis absurdos, decisões judiciais iníquas e decretos ditatoriais que contrariam a Lei de Deus e destroem a família.

Apesar dos boicotes e repetidos ataques. Só na internet a campanha vem obtendo grande sucesso, contabilizando mais de 2.249.000 cartões vermelhos contra o Estatuto da Diversidade.

Uso de palavras-talismã na estratégia da esquerda

Em sua magistral obra Baldeação ideológica inadvertida e diálogo3 [capa ao lado], o Prof. Plinio Corrêa de Oliveira mostra como o emprego de uma palavra bem escolhida pode produzir efeitos surpreendentes na opinião pública. É a palavra-talismã.

Assim, “estatuto da diversidade”, “preconceito”, “discriminação” são palavras-tabu usadas pela mídia de esquerda e pelos condutores da Revolução Cultural para inibir toda reação conservadora e, ao mesmo tempo, criar condições para produzir efeitos surpreendentes.

O que é discriminar? O que é preconceito?

Já por ocasião do “Substitutivo Cabral”, na elaboração da Constituinte de 1988, o Prof. Plinio comentava que “na luta contra os ‘preconceitos’ e as ‘discriminações’, perspectivas do mais ferrenho autoritarismo”4. Os fatos aí estão a confirmar essa previsão.

Os Dez Mandamentos seriam preconceituosos? A Igreja estaria “discriminando” quando ensina que o casamento é entre homem e mulher? E porventura também a Sagrada Escritura “discrimina” ao afirmar que “Deus os criou homem e mulher”?

Concluindo

As cotas para guerrilheiros das FARC se tornarem membros do Parlamento colombiano sem necessidade de votos, e aquelas destinadas pela UNEB ao movimento LGBT, num pacote iníquo misturando autistas com transexuais, mostram que estamos caminhando rumo a um ferrenho autoritarismo.

Ainda é tempo de unir a reação dos brasileiros de bom senso. As formidáveis marchas populares que inundaram nossas principais cidades a partir de 2013 estão a mostrar que somos um País cristão com raízes morais, que somos herdeiros de um grande passado com uma missão histórica a cumprir.

Nossa Senhora Aparecida nos ajude nesta luta contra o ferrenho autoritarismo.

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  1. com.br/ultimas-noticias/afp/2018/07/20/ex-guerrilheiros-das-farc-assumem-mandatos-no-congresso-colombiano.htm
  2. https://g1.globo.com/ba/bahia/noticia/2018/07/23/uneb-tera-cotas-para-trans-ciganos-portadores-de-transtorno-do-espectro-autista-e-pessoas-com-deficiencia.ghtml
  3. https://www.pliniocorreadeoliveira.info/Dialogo_integral.htm
  4. Projeto de Constituição Angustia o País, p. 191, item 8.

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