Numa pequena localidade da Itália a graça faz germinar, em substituição a um velho culto pagão, uma terna devoção a Nossa Senhora sob o título do Bom Conselho que desceu miraculosamente na cidade de Santuário de Nossa Senhora do Bom Conselho, Genazzano no fim da tarde do dia 25 de abril de 1467.
Sua festa se comemora no dia 26 de abril.
Naquela data, um reino valoroso se encontrava em triste declínio.
Declínio político e militar, por certo, mas também e principalmente declínio religioso.
Os católicos albaneses oferecem ao Islã a resistência ineficaz de um povo tornado tíbio. Com isto, a vitória das hostes de Mafoma resulta inevitável.
Dois homens fiéis à Virgem se sentem perplexos, e vão ao santuário nacional da Albânia, em Albânia a fim de implorar à imagem dEla que ali se venera um bom conselho: o que fazer?
Permanecer na nação dominada pelos turcos, a fim de ali servir à Santíssima Virgem, ou deixar a pátria rumo a plagas em que possam viver sem grave perigo para a fé?
O bom conselho implorado lhes foi concedido sob a forma mais estupenda e inesperada.
A imagem deixa Scútari, e em pós dela partem os nossos dois albaneses.
A confirmar a autenticidade e o acerto deste conselho, a sagrada Efígie baixa maravilhosamente no local de Genazzano.
Daí para diante, a história da Madona transladada de Scútari não foi senão uma sucessão de triunfos.
Quer em Genazzano, quer em outras cidades onde reproduções do quadro albanês foram expostas à veneração dos fiéis, as graças de toda ordem se multiplicaram incontáveis.
E entre elas o atendimento frequente das pessoas que, desejosas de um bom conselho, acorrem à Virgem, implorando a graça de uma luz para sua perplexidade.
Entre essas imagens, importa lembrar a que se encontra na cidade de São Paulo, na imponente Capela do Colégio São Luís, dos RR. PP. Jesuítas, pois o modo pelo qual chegou a nosso País é verdadeiramente digno de especial atenção. (foto ao lado)
(Fonte: Plinio Corrêa de Oliveira, “Catolicismo”, Abril-Maio de 1968)