A união do Hamas com a Fatah constituem uma ameaça para quem?

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Adolpho Lindenberg
Presidente do Instituto Plinio Corrêa de Oliveira

 

Muslim Brotherhood
Na medida em que o movimento dos Irmãos Muçulmanos assumem o governo de vários países, vai-se configurando um enorme perigo de uma coligação anti-ocidental e anti-cristã no Oriente Médio.

À primeira vista, dir-se-ia que a ameaça seria para Israel, ante a possibilidade de o Hamas vir a se tornar controlador do acordo com a Fatah. Pois enquanto esta, exercendo o controle sobre da Cisjordânia, simboliza os palestinos dispostos a um acordo honroso com os judeus, o Hamas, responsável pela Faixa de Gaza, aponta para o radicalismo e o fundamentalismo muçulmano. Após tomar violentamente o poder em 2007, o Hamas passou não só a hostilizar de todos os modos possíveis a Israel, como também a se negar a participar de quaisquer tratados de paz propostos pelos norte-americanos.

E o acordo bafejado por ele constitui uma ameaça não só para Israel, mas também para o Ocidente. Isso exatamente porque, à medida que políticos pertencentes ao movimento dos Irmãos Muçulmanos vão assumindo – democraticamente ou por meio de “revoltas contra as ditaduras” – o governo de vários países, vai-se configurando um gigantesco perigo de uma coligação anti-ocidental e anticristã no Oriente Médio.

A simultaneidade desse acordo na Palestina com as revoltas no Egito, na Líbia, no Iêmen, etc. não vêm reforçar tais receios? Certamente sim. E o curioso e sintomático é que precisamente nos países de ditadura fundamentalista as revoltas fracassam. A Síria e o Irã bem o provam.

Haverá proximamente eleições no Egito, com as sondagens de opinião indicando uma ampla vitória dos candidatos dos Irmãos Muçulmanos. Na Turquia, por sua vez, enquanto os líderes religiosos fundamentalistas são continuamente exaltados, está em curso uma verdadeira campanha de desmoralização das forças armadas, guardiãs dos ideais de estado laico defendido por Kamal Ataturk.

É possível que os Estados Unidos estejam preocupados com esse quadro político. Contudo, a impressão que se tem aponta para uma direção diversa. Para muitos norte-americanos, todo governo é bom desde que eleito democraticamente. Se ele é fundamentalista, pregador de “jihad” contra o Ocidente, ameaçador dos vizinhos com bombas atômicas, pouco importa; se o povo o elegeu, tem que ser elogiado, apoiado, reconhecido.

Os que assim pensam esqueceram que Hitler assumiu o poder com mais de 90% dos votos…

4 COMENTÁRIOS

  1. Realmente tudo isso está em constante evidencia. Os muçulmanos fundamentalistas prouram ganhar democraticamente o poder e depois, sob o lema, “um voto, uma vez, toda a vida” jamais querem abandonar o pdoer. Leiam também nas páginas amarelas da Veja, onde a princeza é destaque de capa. Lá cita, por exemplo, que as mulheres muçulmansa pdoem ter todo tipo de formação superior, mas ao final serão donas de casas e futuras mamães apenas. Jamais um país que não respeitas as próprias mulheres respeitarão estranhos. Cita também que no seculo XI a peninsula Iberica era dominada por muçulmanos, mas convivia com cristãos e judeus também. Hoje procuram eliminá-los de qualquer região do mundo e a democracia será o caminho que os levará ao poder definitivamente

  2. O mais sintomático, como afirma Lindeberg, é que as revoltas só acontecem onde não há uma ditadura da Sharia implantada. A denúncia é pertinente e o ocidente continua a dormir e a estender a mão ao que lhe vai degolar: a invasão muçulmana da Europa está aumentando. Os muçulmanos não respeitam nem mesmos as leis civis dos países onde se estabelecem.

  3. Entre tantas considerações corretíssimas do Sr. Lindenberg, destaco:
    “[…] o sintomático, é que nos países onde a a ditadura é praticada pelos fundamentalistas, as revoltas fracassam. A Síria e o Iran bem o provam […]”
    “[…] É possível que os Estados Unidos estejem preocupados com esse quadro político, mas a impressão que se tem aponta para uma direção diversa. Para muitos norte-americanos, desde que o governo seja eleito democraticamente, o governo é bom. Seja ele fundamentalista, pregue ele uma “jihad” contra o Ocidente, ameace os vizinhos com bombas atômicas, não importa, se o povo o elegeu, tem que ser elogiado, apoiado, reconhecido.
    E assim o fazendo estão dando provas de que esqueceram que Hitler assumiu o poder com mais de 90% dos votos…”
    Por essas e outras, torno a recomendar a todos a leitura também da excelente fonte:

    http://olhonajihad.blogspot.com

    E sobre os Estados Unidos, eu não penso que estejam preocupados. Pelo contrário: INFELIZMENTE OS EUA, TANTO POLITICAMENTE (OBAMA E SEUS SEQUAZES) QUANTO FINANCEIRAMENTE (EX.: O MEGAESPECULADOR GEORGE SOROS) ESTÃO IMPLANTANDO A SHARIA ISLÂMICA NO PRÓPRIO PAÍS. TENHO NOJO DE LEMBRAR, MAS OBAMA CHAMA O CORÃO DE “SAGRADO” E AO MESMO TEMPO, ISSO MESMO, IMPEDE QUE OS SOLDADOS RECEBAM BÍBLIAS E FAZ DELAS UM TOTAL DESCARTE, JÁ QUE AS CONSIDERA “LIXO”!!!!!
    SEJA RETIRADO IMEDIATAMENTE DO PODER ESSE BLASFEMO FALSÁRIO, QUE FALSIFICOU GROSSEIRAMENTE EM MUITOS PONTOS O PRÓPRIO CERTIFICADO DE NASCIMENTO!!!

    Confiram:

    http://www.barnhardt.biz

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