Estamos reproduzindo as considerações do Prof. Plinio sobre a missão de Portugal e Espanha com o fim de tornar claro aos brasileiros de escól — que libertaram nossa Terra das garras petistas e do falso Centrão — qual a vocação do Brasil, suas qualidades e os defeitos dos quais precisamos nos corrigir.
O acordar de 2015 levantou uma bandeira: a Contra Revolução
Característica da reação conservadora, a partir de 2015, tem sido a noção mais clara de Revolução (*) mais explícita em uns menos em outros mas ela está sempre presente: ela aflorou e enriqueceu nossa batalha, nosso horizonte anti esquerda. Em outras palavras, ideologia de gênero, aborto, esquerdismo e petismo, invasão de propriedade, MST, histeria climática, ecologia integral, o progressismo dito católico, a TL constituem um só todo: a Revolução.
E no campo oposto se desponta a vocação do Brasil: a Contra Revolução onde a família, a tradição, a propriedade, os valores morais, o conservadorismo, a liturgia tradicional também constituem um bloco único: a Contra Revolução.
A manipulação político-ideológica do coronavírus veio juntar-se ao bloco da Revolução.
Comenta o Prof. Plinio sobre o Brasil, herdeiro de Portugal
“Também nós progredimos, também nós organizamos decorosamente nossa existência. Mas como não pusemos nas riquezas todo o nosso coração, nosso progresso foi menos rápido do que o de outros povos e nada teve de inebriante, sensacional, vertiginoso. Somos decadentes? Ninguém o afirma. Somos atrasados? Todos o dizem. Mas este atraso – daqui a pouco o mostraremos – é para nós uma bênção, e nos abre de par em par as portas do futuro.
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O renascimento dos Valores Morais: o espiritual se antepõe e orienta o material
“Essa justa hierarquia de valores, pela qual o espiritual se antepõe ao material, o eterno ao passageiro, o absoluto ao relativo, o celeste ao terrestre, conduz antes de tudo ao heroísmo.
“Em seguida, a um feitio de espírito em que a teologia é mais do que a filosofia, e esta por sua vez dirige todas as ciências. Este feitio mental gera um feitio de vida em que se procura mais a nobreza do que o luxo, os prazeres sóbrios do comércio dos espíritos e da vida de família, do que os regalos de um conforto escancaradamente físico.
“No modo de ver as vicissitudes da vida, há uma atração para considerar de frente a dor, a luta, a própria morte, como valores dos mais grandiosos que Deus nos tenha dado para fazer frutificar neste vale de lágrimas para a eternidade.
“Daí uma naturalidade ante o perigo, uma força na adversidade, uma serenidade no sofrimento, que desnorteia outros povos. Há, por exemplo, certo otimismo nórdico falso, que procura fechar os olhos à dor e à morte, fazendo silêncio sobre elas, e chega a pintar os cadáveres como se estivessem vivos, para dar até a sepultura a ideia de que a morte não veio… De uma tal trivialidade está longe, bem longe, qualquer coração ibérico ou ibero-americano.
Aí está a razão secreta da fundamental nobreza de alma e do heroísmo profundo da gente ibérica de aquém e além-Oceano.
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Se uma grave ofensa lhe faz ferver o senso da dignidade … quero meu Brasil de volta
(…) “Mas se um grande ideal solicita a dedicação da alma portuguesa (leia-se brasileira, como fizemos em 2015), se uma grave ofensa lhe faz ferver o senso da dignidade, o luso se levanta como um herói. E luta com toda a rijeza indomável da fibra ibérica, enfrenta o perigo, calca aos pés o risco, e aceita a morte com uma sobranceria que a ninguém foi dado exceder.
“Este habitual estado de alma do português, afetivo, sereno, despretensioso, se colore de uma ligeira tinta de melancolia. Uma melancolia muito suave, que tem todas as luzes da resignação cristã, mas uma melancolia que é a nosso ver, o cunho próprio de Portugal. É a melancolia que lhe vem de saber que na terra a alegria perfeita é impossível e estamos nas agruras do exílio. A melancolia de que lhe nasce a poesia, a compaixão e a bondade. A melancolia que dele faz algo de incomensuravelmente superior ao “play-boy” contemporâneo (o artigo é de 1952, atual como estamos vendo).
Traços típicos do brasileiro … que a esquerda abomina
“Melancolia lusa, doçura lusa, encanto luso… tanto faria dizer-se melancolia brasileira, doçura brasileira, encanto brasileiro. Pois são precisamente estes traços, herdados de nossos maiores portugueses, que constituem, com variantes importantes em nosso solo pátrio, os elementos típicos da alma brasileira.
(…) “entretanto preciso lembrar alto e bom som que a nota dominante, largamente dominante, foi, é e terá de ser sempre a tradição lusa. (…) Pois um Brasil que renunciasse ao que tem de herança lusa deixaria de ser Brasil.
Concluindo … “nosso é o futuro”
“Todo edifício que se construir com base na cobiça dos prazeres e dos bens da terra tem de arruinar-se por esta forma. O senso do ideal, do espiritual, do celeste, apagou-se em tantos e tantos povos quase completamente! (…) E, em toda esta tragédia universal, o mundo ibérico, no qual Portugal e Brasil ocupam um lugar de importância inexcedida, conserva para o dia de amanhã riquezas imensas, de alma, de cultura, de bens materiais, que ainda estão intocados. Em uma palavra, nosso é o futuro.”
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O artigo do Prof. Plinio não termina aqui. Ele vai concluir com o papel da “mirra”, do sofrimento, da luta contra nossos defeitos nacionais. Isso fica para outra ocasião.
Estamos caminhando para nosso grande futuro. Diante de nós o dragão vermelho chinês tenta lançar aqui suas garras comunistas cobiçando nosso solo, nossas riquezas e querendo dominar também nossas almas.
Contra os inimigos de ontem, desde a expulsão dos holandeses em Pernambuco, dos franceses no Rio de Janeiro, no Maranhão, no Espírito Santo, contra os inimigos de hoje, petistas e do falso Centrão que visam entregar a Terra de Santa Cruz nas garras do PCCh, saibamos fazer valer nossa honra, nossa soberania, nossa Fé.
Com a Fé no Cristo Redentor e em Nossa Senhora Aparecida “este ainda será um grande País!”
(*) Revolução e Contra Revolução, baixe o pdf gratuitamente
Fonte: https://www.pliniocorreadeoliveira.info/1957_080_CAT_Passado_espl%C3%AAndido.htm