A revolução energética que se iniciou nos EUA com a exploração em grande escala dos recursos do xisto afeta os grandes produtores e exportadores de petróleo e gás, os investimentos industriais e transfere recursos do mercado brasileiro ao americano, interpelando os formuladores da política brasileira – observou “O Estado de S.Paulo”.
O gás de xisto custa nos EUA um quinto do gás encontrado no Brasil, cujas indústrias – de cerâmica, vidro e petroquímica, por exemplo – dependem muito do gás, perdendo competitividade, adiando sua expansão ou apontando investimentos para fora do País.
A Agência Nacional do Petróleo (ANP) decidiu sair da estagnação e incluir a exploração do xisto no próximo leilão de blocos de gás, previsto para os dias 30 e 31 de outubro.
A licitação deverá incluir as Bacias do Parecis (MT), do Parnaíba (entre Maranhão e Piauí), do Recôncavo (BA), do Paraná (entre PR e MS) e do São Francisco (entre MG e BA).
A ideia é usar a técnica americana de fraturação das rochas de xisto, uma blasfêmia para o ambientalismo tupiniquim, bem instalado em cargos públicos, ONGs e sacristias.
Os EUA poderão vir a se tornar independentes, ou quase tanto, do petróleo importado, além de grandes produtores e exportadores, para manifesto desconforto da Rússia.
As reservas brasileiras conhecidas, estimadas em 6,4 trilhões de metros cúbicos, estão em décimo lugar na classificação internacional. Não está tão mal para começar.
A China detém as maiores reservas (36,1 trilhões de metros cúbicos), seguida pelos Estados Unidos (24,4 trilhões) e pela Argentina (21,9 trilhões).
As atividades em terra podem deixar em segundo plano os dispendiosos e propagandísticos projetos de procurar a independência energética abaixo do fundo do mar.
A exploração do pré-sal é promissora, mas tem custos faraônicos e não há segurança nos prazos. Em poucas palavras, muito ruído e perspectivas remotas.
Se a propaganda política em torno do pré-sal rendeu para o PT, ela não foi suficiente para evitar o soçobro da Petrobrás, hoje grande importadora de combustíveis.
O custo para o País do golpe marqueteiro lulista poderá significar a perda ou o adiamento de bilhões de dólares em investimentos.
“Uma fatia importante do setor está com o forno desligado. Estamos perdendo competitividade. O risco é a produção nacional ser substituída pela importada”, declarou ao mesmo jornal Antonio Carlos Kieling, osuperintendente daAssociação Nacional dos Fabricantes de Cerâmica para Revestimentos(Anfacer).
Segundo Kieling, as importações do setor estouraram 9.000% em sete anos, para US$ 220 milhões ao ano, já que 25% dos custos vêm do gás. A perda de competitividade é a mesma em vários setores, mas atinge com maior peso a indústria química e petroquímica. Empresas como Braskem, Unigel e Dow Chemical paralisaram investimentos de bilhões de dólares.
A multinacional de vidros AGC investiu numa fábrica de R$ 800 milhões, a ser inaugurada neste ano em Guaratinguetá (SP) para a produção de vidro plano, espelhos e vidro automotivo. “De lá para cá, o preço do gás dobrou, mudou totalmente o cenário e a rentabilidade”, disse o CEO da AGC Vidros do Brasil, Davide Cappellino.
A decisão de dobrar a capacidade, com mais R$ 800 milhões, foi suspensa por tempo indeterminado. Unidades da multinacional nos Estados Unidos, Emirados Árabes, Arábia Saudita e Egito, onde o preço do gás é 20% do cobrado no Brasil, ganharam preferência para a aplicação desses recursos.
A multinacional Cebrace planejou até R$ 1 bilhão para fazer do Brasil uma plataforma de exportação de vidros para a América Latina. Mas estancou novos investimentos e olha para países como Argentina e Colômbia. Hoje, o setor importa 35% do vidro plano, ante 10% de 2007.
O preço do gás americano fica entre US$ 2,5 e US$ 3 por milhão/BTUs. No Brasil o preço vai para entre US$ 12 e US$ 16, 500% mais caro. Na Europa, ronda entre US$ 8 e US$ 10.
“Todo mundo que tem produção no Brasil está reclamando conosco”, diz uma fonte do governo, segundo o jornal paulista.
Quem manda o povo acreditar na lábia dos socialistas? Eis ai uma das consequências. Vejamos no que vai dar. Eles não vão querer perder o espaço conquistado.Rezo para que o povo brasileiro se converta em quanto é tempo, pedindo perdão a Deus. Para que a ganânci de poucos que subiram no poder, não continue a prejudicar tantas pessoas.
Paz e bem. Salve Maria!
Josias,
Josias, tem certeza do que está escrevendo? Não é você que tem que estudar um pouco para fazer qualquer comentário sobre esta matéria? Pode dizer-me se você come a comida crua ou cozinha sem fogo? De onde pensa que vem o gás de cozinha, de que modo é feito o cimento, o azulejo, a cerâmica? Sabe que você respirando está poluindo o ar?
Parabéns. Espero que os membros do IPCO bebam água contaminada para ver como é bom. Falta de estudo pode matar.