À contratação dos médicos cubanos, dispensados do exame do Revalida, somou-se o “affaire” do senador boliviano Roger Pinto, cuja introdução no Brasil custou a cabeça do chanceler Antonio Patriota.
Enquanto sobre os primeiros a presidente Dilma declarou no dia 28 em Belo Horizonte que existe “um grande preconceito contra os cubanos”, no caso do segundo, o antigo chanceler censurou a atitude do conselheiro Eduardo Saboia — que trouxe o senador — afirmando que o governo brasileiro “agiu sempre em respeito à soberania boliviana, sem deixar de buscar uma solução negociada”.
Quanto à existência de “um preconceito contra os cubanos” — declaração seguida da informação de que os mesmos talvez possam permanecer depois no Brasil, dependendo da avaliação a ser dada ao seu trabalho, contrariando assim o afirmado pelo advogado-geral da União, Luís Inácio Adams —, a presidente quis com isso sugerir que os brasileiros não desejam tais médicos pelo simples fato de serem cubanos.
Não é verdade. Tal recusa provém, de um lado, do fato de os mesmos não darem prova de conhecimentos suficientes da profissão e serem escravos de um regime opressor, para o qual será destinada a quase totalidade de seus salários, e de outro lado por não se excluir de nenhum modo a possibilidade de que tais médicos venham a desempenhar no Brasil o mesmo papel exercido por seus colegas na Venezuela e na Bolívia, ou seja, de agentes do regime cubano.
Sobre a declaração de Antonio Patriota de que o governo brasileiro “agiu sempre em respeito à soberania boliviana, sem deixar de buscar uma solução negociada”, eu não a contesto, por desconhecer os precedentes do caso.
Mas convém lembrar que o princípio que rege toda e qualquer diplomacia é o da reciprocidade, a qual nem de longe vem sendo observada pelo governo de Evo Morales. Basta recordar sua intolerável atitude em relação à Petrobrás, tomada no mesmo dia em que aquele presidente chegava da Venezuela…
Mas admitindo que em relação ao caso do senador boliviano o governo brasileiro tenha se pautado segundo o declarado acima, no caso de Honduras ele pura e simplesmente hostilizou o governo e o povo hondurenhos ao receber Manuel Zelaya na embaixada do Brasil em Tegucigalpa e ali mantê-lo durante vários meses em aberta confrontação com o governo legitimamente instituído de Roberto Micheletti, o que é contrário à praxe diplomática.
E na mesma ocasião, entrevistado por uma jornalista de “O Globo”, o então chanceler Celso Amorim apoiou Zelaya e disse que a direita não tinha mais vez na América Latina.
A conclusão é clara: os governos petistas tomam o maior cuidado em não melindrar os cubano-bolivarianos seus aliados, mas são truculentos e despóticos quando se trata de governos de tendência oposta.
Quando já havia concluído o presente artigo, leio a notícia de que o governo boliviano pediu ao Brasil a devolução do senador. Do mesmo modo como quatro semanas depois de sancionar a assassina lei do aborto a presidente Dilma declarou que esteve preocupada pelo fato de Eduardo Saboia ter exposto a vida do senador Roger Pinto, não causará surpresa se também agora, esquecida do escandaloso caso do terrorista e assassino italiano Cesare Battisti, cuja extradição foi negada, ela decida devolver Roger Pinto.
Luiz Claudio,
Considero de muito gosto esta colocação com a qual concordo plenamente.
Esse ‘governo’ dispensou os médicos estrangeiros do Revalida por saber que os cubanos iriam passar vergonha no exame. O que esse (des)governo faz questão, a todo custo, é da atuação dos cubanos no interior como agentes doutrinadores do marxismo. São várias as irregularidades neste caso. Cadê as famílias desses ‘médicos’? Imagino que se um deles se ausentar de seu vilarejo, poderá ser presos e entregue à ditadura da Ilha-prisão, como aconteceu com os boxeadores de Cuba nos Jogos Pan-americanos, presos a mando de Lula e entregues a Fidel.
Temos tempo de reparar os erros, nas próximas eleições não votemos mais em partidos comunistas e socialistas, vamos botar a cabeça prá funcionar, vamos pedir a DEUS que nos ilumine, nos dê sabedoria, vamos pensar nas pessoas que precisam de serviços e obrigações do Estado mais do que nós.
O que os locatários do “Poder” e integrantes da “Republiqueta do PT” instalada no Brasil, a duras penas e contas (e que contas!), é a maior demonstração de que o Brasil, País do Brasileiro, que tem orgulho de sê-lo, foi deixado para trás. O que interessa é a mantença no “Poder” e, o pior, pelo simples desfrute do que o “Poder” oferece, garante e propicia a quem dele se serve, usa e abusa. Com o devido respeito, a decisão, de ontem, da Câmara dos Deputados, em não cassando um dos seus integrantes, já condenado e cumprindo prisão, diz muito e muito mesmo. Será que já não era tempo de se mudar o que aí está, havia bom tempo, ainda que “cumprindo-se” o dever da votação?
Lembro sempre de Bertold Brecht quando disse:
“Tristes tempos, quando o óbvio precisa ser dito”.
Desejo apenas que cumpram a “liturgia” CRM, revalidar seus diplomas, terem garantias trabalhistas, avaliar a capacidade de cada um para que não se cometam erros médicos ( e que sejam proibidos de falar sobre ideologia doutrinárias). EX. ontem um médico importado do Uruguai atendeu ao sair do cursinho uma senhora que foi atropelada por uma moto, ele ficou feliz da vida por JA começar a ajudar, cometeu o primeiro erro médico, foi lá tirou ela do chão , levou à calçada , sentou ela no chão, verificou que só tinha escoriações, até aí tudo ok,, não é mesmo? Aí eu pergunto, o atendimento foi correto, te respondo, NÃO, porque se houvesse fraturas, de costela, espinha , ele deveria deixar ela no chão, imobilizada, chamar a ambulância e encaminhar para o hospital para exames mais detalhados, como por exemplo uma chapa de raio X, caso esta senhora tivesse tido alguma lesão na coluna cervical ou fraturas, a atitude deste médico poderia tê-la deixado até mesmo tetraplégica. Os cubanos são mão de obra escrava, é este mais um produto de exportação da “ilha da fantasia” em pleno século XXI, Karl Max deve estar se revirando na tumba.
O PT acabou com o respeito internacional que a nossa diplomacia tinha. Respeito esse que foi construído por pessoas de grande saber e experiencia. Temos agora uma diplomacia comparada a de países onde os regimes autoritários imperam. O Barão do Rio Branco e Rui Barbosa devem estar dando cambalhotas nas tumbas.
Preconceito de “La Cabaña” ?
É por demais preocupante a atitude do nosso governo com relação aos episódios em questão e também a insistência em trazer estes médicos estrangeiros seja de que país for sem que conheçam a língua e sem seres testados nos conhecimentos médicos. mesmo porque todos nós sabemos que não há falta de médicos e sim falta de estrutura para que os médicos atuem.