A unidade de tratamento intensivo (UTI), em qualquer hospital, é um local dotado de sistema de monitorização contínua que admite pacientes potencialmente graves ou com descompensação de um ou mais sistemas orgânicos para que, com o suporte e tratamento intensivos, tenham possibilidade de se recuperar. É um local de alta complexidade, reservado e único no ambiente hospitalar, já que se propõe estabelecer monitorização completa e vigilância 24 horas.
A UTI foi criada pela necessidade de oferecer suporte de vida, mediante equipamentos altamente avançados, a pacientes agudamente doentes que possuam chances de sobreviver.
Nesse ambiente a introdução de qualquer fator de risco à vida do paciente deve ser rigorosamente impedido, por tal motivo restringe-se ao máximo o contato de pessoas alheias à unidade.
Vem causando polêmica a notícia de que “uma médica [cujo nome não foi revelado] do Hospital Universitário de Taubaté, a 125 km de São Paulo, foi demitida após ser acusada de entrar na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) com um cachorro. Segundo a diretora técnica do hospital, Maria Auxiliadora Prolungatti César, funcionários e acompanhantes de pacientes relataram que a mulher entrou no quarto reservado para repouso dos médicos, dentro da área da UTI, com uma casinha de cachorro, na qual levava um filhote” [1].
A chefe de enfermagem (do hospital) comentou a uma das testemunhas que “a médica [acusada] estaria ajudando uma amiga de Campos do Jordão (181 km de São Paulo), que cuida de animais de rua, abrigando o cachorro em sua casa” [2].
A médica demitida nega ter introduzido o animal. O caso está sob investigação e qualquer julgamento parece precipitado. Mas, não deixa de levantar novamente a questão do abuso que se faz do trato excessivo dispensado aos animais.
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Notas:
1. “SP: médica é demitida acusada de entrar com cachorro em UTI”, 19/10/2011.
2. “Médica acusada de entrar em UTI com cachorro na bolsa é demitida por justa causa em Taubaté”, 18/10/2011.
Amigos, realmente a noticia se apresenta inconclusiva.
Sem fazer juizo de valor, o fato em si é tão fora de senso que chego até questionar a ocorrencia?
convem aprofundarem mesmo