Arábia Saudita: capital Londres

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Nadia Eweida
Para o juiz britânico Stephen Sedley, Nadia Eweida (foto) possui uma “agenda sectária” por não atender ao pedido de sua empresa, recusando-se a remover a pequena cruz que portava no pescoço.

Prática de países muçulmanos como a Arábia Saudita, está se estendendo por todo o Ocidente a proibição de símbolos religiosos cristãos. E de tal modo, que de Porto Alegre a Londres a tendência é erradicá-los, primeiro da vida pública e depois dos próprios indivíduos. A prevalecer tal tendência – que mais se parece uma sinistra palavra-de-ordem –, daqui a pouco se estará exigindo a remoção do Cristo Redentor que abençoa e protege o Brasil, ou da bela cruz que encima a coroa da Rainha Elizabeth.

Podemos imaginar como os muçulmanos – cujo número em diversos países da Europa suplantará dentro de mais alguns anos o de europeus – estão esfregando as mãos de contentamento ao verem ex-cristãos destruírem seus próprios símbolos, enquanto eles punem com pena de morte aqueles que em seus respectivos países ousarem fazer o mesmo, ou muito menos, em relação aos símbolos do Islã.

Há mais. Os líderes muçulmanos vêem que o Ocidente destrói não só seus símbolos, mas até os potenciais portadores e cultores deles pela prática do aborto. E sabem ainda que, na busca infrene de prazeres, os ocidentais não só impedem suas crianças de virem ao mundo, mas querem dele expulsar, por obra da eutanásia, esse ‘estorvo’ chamado velhice. Há correntes ambientalistas mais avançadas que não hesitam sequer em propor um genocídio generalizado para salvar o Planeta!

Mas vamos a Londres

Hilary White, correspondente do LifeSiteNews em Roma, escreve no dia 13 de março último: “Os críticos estão dizendo que pela primeira vez o governo britânico se opôs abertamente à liberdade dos cristãos de expressar em público suas crenças. Num caso que foi levado à Corte Europeia dos Direitos Humanos, o governo do primeiro-ministro David Cameron argumentará que nenhum direito protege os cristãos de portarem a cruz ou o crucifixo no trabalho, porque isso não é um aspecto ‘necessário’ de sua religião”.

Citando o jornal “Sunday Telegraph”, White afirma que ministros do Ministério das Relações Exteriores inglês publicaram uma resposta para o caso, dizendo que os patrões poderão despedir os seus empregados que se recusarem a tirar as cruzes.

Trata-se dos casos de Nadia Eweida e Shirley Chaplin, punidas por usarem símbolos religiosos. Ambas entraram com uma ação junto à Corte Europeia dos Direitos Humanos e estão lutando para estabelecer o direito de portarem a cruz no trabalho sem ameaça de medida disciplinar. Elas argumentam que estão amparadas pelo artigo 9 da Convenção Europeia sobre Direitos Humanos, o qual estipula que qualquer pessoa tem o direito de “manifestar pública ou privadamente sua religião ou crença, em culto, ensino, prática e observância”.

O caso de Eweida faz manchete no Reino Unido desde 2006, quando a Britsh Airways exigiu desta sua funcionária que removesse a pequena cruz que portava no pescoço. Ela se opôs e foi colocada de licença não remunerada. Apresentou, então, queixa por discriminação religiosa na Corte de Apelação. Em 2008, além de não dar provimento, o juiz Stephen Sedley ainda acusou Eweida de possuir uma “agenda sectária”.

Por sua vez, Shirley Chaplin, enfermeira com 31 anos de prática, recebeu de dois hospitais a ordem de não mais usar no pescoço um pequeno crucifixo. Em 2010, utilizando o mesmo argumento do Ministério das Relações Exteriores, o Tribunal do Trabalho disse a ela que não lhe assistia nenhum direito de trabalhar usando a cruz, porque isso não era um “requerimento” de sua fé. Ela respondeu que estava sendo vítima de uma perseguição “politicamente correta” e lembrou que as muçulmanas podiam trabalhar usando véus, sem ameaça de serem despedidas.

O estrondo resultante da decisão da Britsh Airwahys no caso de Eweida levou a empresa a voltar atrás e mudar as regras relativas ao uniforme, de modo a permitir o uso da cruz. Mas a corte considerou que a Britsh não procedera de modo ilegal e discriminatório, acrescentando que, não podendo ser ocultados, os símbolos de outras religiões são aceitáveis. Ou seja, segundo o “alternative judge” da referida corte, símbolos islâmicos, sim; católicos, não!

A correspondente de LifeSiteNews observa que esses dois casos acontecem num momento de grande tensão entre os cristãos e o Estado, cuja legislação igualitária é cada vez mais citada em casos contra cristãos, levando tanto líderes religiosos altamente colocados quanto parlamentares a alertarem para uma crescente tendência contra o cristianismo na vida pública.

8 COMENTÁRIOS

  1. Depois a Europa reclama de ataques terroristas. Querem banir os símbolos Cristãos mas não os muçulmanos. Então, que nao reclamem por ter de suportar o terrorismo e viver sem a caridade cristã.

  2. Os europeus estão totalmente degenerados e apodrecem ao vivo! Os europeus viraram pederastas fazendo paradas gay e os muçulmanos invadem a Europa! Mais uns 20 anos e a Europa vai ser muçulmana! E aí que os muçulmanos vão fazer uma limpeza geral, vão matar os comunistas, democratas, judeus, pederastas, multiculturalistas, globalistas e outros desse naipe, com a sua lei muçulmana chamada de Sharia! A Europa começou a apodrecer logo depois de 1945, com a “cultura” americana judaica holocau$tica!

  3. Caros irmãos … vou fragmentar o que está acontecendo em nosso tempo da seguinte forma:

    S. Metódio (+358) escreveu, acerca desta perseguição: “Chegará o tempo em que os inimigos de Cristo se hão-de vangloriar: ‘Sujeitámos a terra e todos os seus habitantes, e os Cristãos não podem escapar das nossas mãos.’”

    Segundo S. Cesário de Arles (469-543), “haverá uma grande carnificina … os altares e os templos serão destruídos … os pastores da Igreja abandonarão os seus púlpitos, e a própria Igreja será despojada de tudo quanto é temporal.”

    Particularmente significativa é a profecia do Bispo George Michael Wittman (+1833):

    Ai de mim! Vêm aí dias tristes para a Santa Igreja de Jesus Cristo. A Paixão de Jesus será renovada da maneira mais dolorosa na Igreja e no seu Chefe Supremo. Em todas as partes do mundo haverá guerras e revoluções, e correrá muito sangue. Angústias, desastres e pobreza serão grandes por toda a parte, porque as doenças pestilênciais, a carestia e outras desgraças seguir-se-ão umas às outras.

    Mãos violentas serão postas sobre o Chefe Supremo da Igreja Católica: bispos e padres serão perseguidos, e um cisma será provocado, e reinará a confusão por todas as classes. Virão tempos tão preeminentemente maus, que parecerá que os inimigos de Cristo e da Sua Santa Igreja, que Ele fundou com o Seu Sangue, estão prestes a triunfar sobre Ela … As sociedades secretas causarão grande ruína, e exercerão um poder monetário espantoso, e através dele muitos ficarão cegos, e infectados com os erros mais horríveis: todavia, tudo isto de nada lhes valerá … não podem abalar a rocha sobre a qual Cristo fundou a Sua Igreja: ‘Portae inferi non praevalebunt’.

    Beata Anna Catharina Emmerich (1774-1824), freira agostinha alemã que foi estigmatizada, profetizou igualmente a vinda da “falsa Igreja da escuridão“:

    “Vi uma Igreja estranha a ser construída contra todas as regras, como sendo a nova Igreja heterodoxa de Roma. A Igreja está em grande perigo. Estão já a exigir algo dele (do Papa). A doutrina protestante e a dos Gregos cismáticos espalhar-se-ão por toda a parte. A Igreja está a ser minada com grande sagacidade. Vi que muitos pastores deixaram-e levar por idéias perigosas à Igreja. Estavam a construir uma Igreja grande, estranha e extravagante. Toda a gente seria admitida nela para estarem todos unidos e com direitos iguais: Evangélicos, Católicos, seitas de todo o gênero. Assim viria a ser a nova Igreja.”

    A Irmã Emmerich resumiu assim a sua descrição da tribulação da Igreja: “Naqueles dias, a Fé cairá muito baixo, e só se conservará nalguns lugares, nalgumas casas e nalgumas famílias que Deus protegeu dos desastres e das guerras.”

    Que a paz de DEUS nos preserve destes males que se espalham pela terra no século XXI

    A todos uma boa tarde

  4. A ausência Católica é sentida em muitos setores da sociedade. É preciso que estejamos presentes em todos os lugares. Fazermos nossa presença sentida. Contribuir com o nosso testemunho. Ou continuarão tomando decisões à nossa revelia. Muita oração e muito testemunho!!!

  5. Quem ainda pode argumentar que o laicismo de estado redundaria em perseguição aos cristãos que manifestam sua fé através de seus simbolos?

  6. A CRISTOFOBIA TEM UM ÚNICO CAMINHO NO OCIDENTE DE FACTO: IMPLANTAR O ABORTO. ESTA É UMA MANEIRA SÍTIL DE EXTERMINAR COM O CRISTIANISMO. QUE DEUS TENHA MISERICÓRDIA DESTES DEMENTES QUE SE ALIAM AOS NOSSOS INIMIGOS DA FÉ, OS MUÇULMANOS.

  7. Eu dei uma vasculhada nas obras desse tal “juiz” Stephen Sedley – que ainda por cima é “Sir”.
    Ele faz parte de comitês contra a discriminação sexual e de “direitos humanos” internacionais. Até mesmo o próprio site da wikipedia tem uma página dele, onde é afirmado que ele tem sido comunista a vida inteira (“a life-long Communist”). Só daí já dá pra ter uma idéia dos critérios que norterão as decisões deste “camarada de toga”. Como diria o Olavo de Carvalho, um cara que acusa uma mulher que carrega uma pequena cruz ao pescoço de possuir uma “agenda sectária” é pra ser enxotado de seu gabinete à base de pontapés – “sai daqui, vagabundo!”. Isso não é juiz nem aqui, nem em Londres, nem na China; trata-se de um agente vermelho utilizando de seu cargo público para, ele sim, implantar a todo custo e à toda população a sua própria “agenda sectária”.

  8. Entendo que os burocratas acham que decisões absurdas deverão ser acolhidas sem contestação e/ou rebeldia? Ouso a afirmar que estão abusando da sorte

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