A falsa direita é uma direita falsa, ou seja, ela tem roupagem atraente para os bons e conteúdo de esquerda.
Historicamente, nazismo e fascismo personificam a falsa direita. Com uma aparência anticomunista realizaram a outra face da medalha bolchevista: totalitários, centralizadores, igualitários, perseguidores da Religião.
O Tratado de Latrão, entre o reino da Itália e o Vaticano (1929) e a Concordata entre Alemanha e Santa Sé (1933) foram lances de propaganda a fim de que Mussolini e Hitler alcançassem apoio a seus objetivos junto aos católicos italianos e alemães. Não só junto a esses, acrescento. A propaganda fascista tirou grande proveito do Tratado de Latrão. Hitler, por sua vez ganhou força para seus projetos centralizadores na Alemanha. O Tratado e a Concordata foram brutalmente violados pelo fascismo e pelo nazismo. O que levou o papa Pio XI a escrever contra o fascismo a Encíclica Non Abbiamo Bisogno (1931) e Mit Brenneder Sorge (1937) contra o nazismo.
Não adianta, não altera a História essa esquerda ultrapassada, usar os slogans falidos, associando a atual reação conservadora brasileira ao nazifascismo! Fingem não saber que Stalin e Hitler firmaram o Pacto Ribbentrop-Molotov – pacto de não agressão, em agosto de 1939.
A Áustria já tinha sido invadida, ocupada e anexada brutalmente por Hitler (1938) no conhecido Anchluss. Ainda em 1938, vem a anexação dos Sudetos (região composta por alemães estabelecidos na Boêmia, Morávis, Silésia Oriental, onde constituíam a maior parte da população) pela Alemanha nazista. Nesse contexto o pacto teuto-soviético libertava Hitler para futuras invasões na Europa Ocidental. Por que o comunista Stalin mandou então assinar esse Pacto com o seu grande “inimigo” Hitler? Iluda-se quem quiser com o falso anticomunismo de Hitler.
No dia 23 de agosto é assinado o pacto entre o Ministro Exterior soviético Vyacheslav Molotov e o Ministro Exterior nazista Joachim von Ribbentrop, o famoso pacto Molotov-Ribbentrop, foto acima. Encostado junto à parede, o segundo da direita para a esquerda, com seu volumoso bigode e sorriso sinistro, Stalin.
Quando surgem as falsas direitas? Dr. Plinio explica, elas nascem quando há uma forte reação conservadora autêntica; seu fim é desviar as águas.
Nas décadas de 1920 e 1930 “o movimento católico se organizava por toda Europa. Eram legiões de moços que, desgostosos do curso das coisas, abriam os olhos para a Verdade Revelada, e almejavam de todo coração o triunfo da civilização cristã. As obras sociais católicas, a imprensa católica, o rádio católico, a ação política dos católicos triunfavam por toda a parte. Assim, na Alemanha, na Áustria, na Espanha, na Itália, na França, no Brasil, na Holanda, na Bélgica, os êxitos eleitorais dos católicos eram cada vez mais estrondosos. E quanto mais crescia o perigo comunista, tanto mais se acendia o ardor da reação católica.”
“Sempre que o demônio está na iminência de perder uma partida, sua grande arma é a confusão.”
Surgiu, dentro desse quadro, a falsa direita nazifascista:
“Para atender (e desviar) os anseios das massas sedentas de civilização cristã, apareceu na Alemanha um partido logo copiado em outros lugares, que se propunha a implantar um novo mundo cristão.” Lembramos, no início, Hitler queria impor-se como o novo Constantino e iludiu muitos católicos alemães.
“O nazismo se apresentava como movimento místico-heroico, propugnador das tradições da Alemanha cristã e medieval, contra a dissolução demagógica e corruptora da propaganda bolchevista.”
Se apresentava … era a roupagem, a aparência para atrair os bem intencionados.
Para simplificar, o que fez o nazifascismo e suas cópias em outros países? Desviou a reação sadia na Europa e em outras partes do Ocidente e as levou ao desastre.
Será que a astúcia da Serpente desistiu das falsas direitas no século XXI?
O que seria a falsa direita em nossos dias? Vigiai e orai, recomendou Nosso Senhor, no Evangelho.
Fonte: https://www.pliniocorreadeoliveira.info/LEG_450513_AEXPERIENCIADE10ANOSDELUTA.htm